quarta-feira, 4 de agosto de 2010

Day 3 — Your parents

Ainda é dia 03 pra mim...não dormi, mesmo tendo passado da meia noite. Mas ainda é valido, estou cumprindo todos os passos certinhos.

Hoje é um dos mais complicados pra mim. Falar sobre meus pais. Nem sei como começo a escrever.
Acho que o mais correto seria dividi-los. Falar primeiro da minha mãe e depois falar do meu pai. Antes que vocês pensem, não, eles não são separados. Mas são pessoas tão distintas pra mim que são poucas palavras que posso usar para identificar o que eles signifcam pra mim.

Então vamos lá:

MINHA MÃE

Minha mãe é a melhor mãe do mundo, eu nunca vou conseguir chegar aos pés dela. Sabe aquela coisa que falamos pra mãe quando estamos com raiva: “quando eu tiver um filho não vou fazer isso que vc faz comigo!!” pois bem, eu não falaria. Sinceramente eu nunca vou conseguir chegar aos pés da minha mãe como mulher, como esposa, como dona de casa, como mãe. Acho que ela foi o maior presente que Deus podia ter me dado, ela tem a fúria de uma escorpiana, mas tem o melhor colo do mundo e as vezes quando chego a noite ela esta sentada no sofá assistindo sua novela e eu adoro sentar no chão e colocar minha cabeça no seu colo pedindo carinho. É ela que me perdoou de tantas coisas que nem eu mesma me perdoei. E o pior disso tudo é que apesar de todos os meus erros ela ainda me ama. Você já decepcionou sua mãe? Eu já e quer saber, não existe dor pior que essa. E por pior que tenha sido o que eu fiz ela me perdoou. E hoje em dia ela me olha com uma ternura tão grande que às vezes me faz chorar. Como é bom de manha sentir o cheirinho do seu café (alias café maneira de dizer pq o único defeito dela é que o café é horrível, ainda bem que o do meu pai compensa...rs). como é bom levantar...beijar seu rosto e dizer MÃE EU TE AMO. Tanto tanto que eu naum vivo sem você. Ela é minha heroína, minha vila, minha menina, minha amiga, minha carrasca, ela é tudo...reune todas as coisas. Se eu começasse a descrever aqui tudo que ela fez por mim eu naum pararia nunca de escrever. As noites passadas em claro cuidando do meu dodói ou me esperando chegar da balada. As ironias quando falo algo e ela concorda só pra eu admitir que estou errada. Tipicamente psicóloga. RS.
Eu só posso dizer aqui o quanto a amo e o quanto me orgulho dela. E espero que eu tenha tempo suficiente em minha vida pra poder dizer isso sempre pra ela.


MEU PAI

Sr. Marcos...nossa...respira e se concentra...minha relação com meu pai é mais profissional (trabalhamos juntos) do que pessoal. No fundo ele quem sofre mais com isso, porque talvez eu já tenha até me acostumado. Não posso me queixar que meu pai não me deu conforto, nunca me faltou nada, e sei que ele trabalha duro pra isso. E eu sou eternamente agradecida. Ele é o típico chefe de família que não transparece carinho nem afeto, mas que é capaz de ficar sem comer para que seus filhos comam. Meu pai é um cara forte, lembro quando minha avó morreu, mãe dele, e eu cheguei toda chorosa no velório e ele estava lá...forte..imponente... do lado do caixão...ele olhou pra mim e pediu pra eu parar de chorar...pra eu ser grande..desde desse dia nunca mais chorei perto dele. Mas ele não foi sempre assim. Lembro quando criança dele me levar pra escola e ficar comigo até eu parar de chorar. Lembro dos domingos de manha quando ele sentava na beira da minha cama e conversávamos sobre a semana. Lembro dos nossos passeios na roça e de bicicleta...inclusive lembro de quando ele me ensinou a andar de bicicleta...ele nunca admitiu que eu aprendesse a andar de rodinhas...ele tirou as rodinhas assim que minha bicicleta chegou e me disse que eu ia aprender caindo...rs...e eu aprendi...depois ele trocou a bicicleta por uma maior...e eu fiquei um ano sem andar porque morria de medo...ele respeitou meu tempo..até que cheguei pra ele e pedi pra darmos uma volta..rs..e ele foi...lembro quando ele me levava pra assistir jogos do futebol no estádio...e como eu aprendi a chingar o juiz com ele...a jogar futebol e a bater nos meninos chatos da escola..lembro das bonecas que me trazia e do cuidado pra deixar em cima da minha cama sem eu perceber que era ele que havia chegado e trazido só pra ver minha cara de surpresa. Mas com o passar do tempo eu cresci, e crescendo meu pai foi se afastando. Talvez porque tivesse medo ou talvez porque quisesse conservar a imagem daquela menininha na cabeça e não da mulher. Eu não entendo. Mas no momento que mais precisei, ele se foi. No começo eu sofria, chorava, passamos um ano sem nos falar, morando na mesma casa. E depois voltamos aos poucos. Mas nada é do mesmo jeito. Eu sei que ele me ama. Sei que quer o melhor pra mim. Mas pra ele eu nunca vou ser boa o suficiente, eu sempre vou ser ruim, menor, não importa o que eu faça. Eu sei que ele me ama, do jeito dele mas ama, eu cheguei a odia-lo, hoje eu gosto dele e sinto demais sua falta. Queria que além de pai ele fosse também meu amigo.


Se eu pudesse falar algo pros dois falaria que tudo que sou hoje, e me esforço pra ser é por vocês. Porque os amo e porque vcs merecem tudo que há de melhor no mundo. Sei que temos nossas diferenças mas eu os amo tanto, mais tanto que eu não suportaria ficar sem vocês. Vocês são meus heróis, meu porto seguro, minhas pessoas especiais. E se eu pudesse pedir algo pra Deus e que eu fosse embora antes de vcs...porque naum suportaria perde-los. Eu me orgulho muito de ser quem sou. Porque sou o reflexo de vocês. A cabeça dura e a frieza do meu pai, com a bondade e a mania de ver o lado bom em tudo da minha mãe. Vocês se completam e com isso me sinto completa também.

Enfim, quero que me perdoem os erros de português queridos leitores pq falar dos meus pais é bem tenso pra minha pessoa...rs...e a música que vai aqui embaixo é uma que ouvia sempre com eles quando era criança e foi por eles que peguei gosto por músicas italianas....

Bem é isso....


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