sábado, 3 de julho de 2010


Gosto das pessoas.

Não sei me comunicar com elas,
mas gosto de vê-las,
de estar a seu lado,
saber suas tristezas,
suas esperas,
suas vidas.
Às vezes também me dá uma bruta raiva delas,
de sua tristeza,
sua mesquinhez.
Depois penso que não tenho o direito de julgar ninguém,
que cada um pode (e deve) ser o que é,
ninguém tem nada com isso.
Em seguida, minha outra parte sussurra em meus ouvidos
que aí,
justamente aí,
está o grande mal das pessoas:
o fato de serem como são e ninguém poder fazer nada.
Só elas poderiam fazer alguma coisa por si próprias,
mas não fazem porque não se vêem,
não sabem como são.
Ou, se sabem, fecham os olhos e continuam fingindo,
a vida inteira fingindo que não sabem.


Por: C.F

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