quarta-feira, 3 de agosto de 2011

Concurseira Solitária


"Quando vocês lerem esse artigo (domingo) eu estarei longe da minha cidade natal e atual. Estarei em Curitiba, far far away, passando o final de semana com meu bem-me-quer. E obviamente não estarei estudando.
E sempre me pergunto, quando vou para lá ou quando ele está por aqui: até quando viveremos nessa ponte aérea e (ou) até quando estudarei sem colher esses frutos, que serão tão benvindos, do meu árduo trabalho?
Imagino que todos vocês se sintam assim. Ao menos às vezes.
A resposta é simples: até a plenitude do tempo.
Até tudo estar pronto. Até o momento, invariavelmente, correto.
Mas quando esse tempo chega?
Não tem como acelerá-lo?
Não tem como adiantar o relógio?
Infelizmente não.
Ou melhor: felizmente não.
Isso porque a plenitude do tempo é aquele em que eu estarei pronta.
Para começar uma nova etapa da minha vida. Para iniciar um novo trabalho, para mudar de cidade, para viver perfeitamente minha vocação (profissional e pessoal). Pronta para mudar.
Pronta para continuar minha pequena missão que é viver, e viver bem. Feliz.
Mais feliz?
Não. Apenas um feliz diferente.
Porque ainda que eu não entenda porque o tempo ainda não chegou, devo viver o atual da mesma maneira feliz. Feliz pela oportunidade de continuar lutando. Feliz por ter um amor com quem sonhar junto. Feliz por poder estudar todos os dias com a mesma honradez de sempre.
E hoje à tarde já sei o que irá acontecer.
Voltarei, novamente, para casa com o coração apertado como sempre.
Mas ainda sim. Ainda que esteja sofrendo por dentro, e novamente me perguntando porque o tempo não chegou, ainda assim estarei feliz.
Porque amanhã é segunda-feira e novamente terei oportunidade de recomeçar. E de viver mais um pouquinho até o tempo certo chegar. E de me preparar, devidamente, para os momentos novos que virão.
Por isso, caríssimos, espero de coração que vocês não esperem muito para serem felizes. A plenitude desse tempo chegará, e a sua plenitude também. As respostas, por mais que a procuremos, muitas vezes não cabem a nós. Então, tudo o que podemos fazer é ir até a cidade do nosso bem-me-quer e sermos felizes. Ou passar um final de semana gostoso, se divertindo com os amigos e parentes. Ou ficar quietinhos, assistindo nossos filmes preferidos e descansando um pouco do peso da semana. Ou ... ou .... ou....
As possibilidades são infinitas e correspondem à nosso estilo de vida mais próprio.
Mas existem.
Só basta que sejam felizes.
Não é mesmo?

ANA PAULA DE OLIVEIRA MAZONI e concurseira por vocação."

Nota de Alice: Achei esse texto no Blog do Concurseiro Solitário e me identifiquei na hora, eu também vivo correndo entre varios lugares pra ver meu bem querer e fico me perguntando até quando vamos continuar nessa rotina...essa nossa vida de concurseira não é facil, deixar quem se ama um pouco de lado, seus amigos, seus parentes, tudo por um sonho e a conquista de uma meta...é uma coisa muito dificil pra quem assim como eu é apegada demais as pessoas! Mas se eu pensar apenas nos obstáculos,e deixar pra ser feliz mais pra frente eu talvez nunca seja feliz de verdade. A verdadeira felicidade não está na chegada ao topo da montanha, mas no caminho lindo que se percorre até lá, lógico que quando se alcançar o topo a vista será uma coisa maravilhosa e única, o tão almejado lugar ao sol...mas até lá, não custa nada observar a beleza das arvores e das flores pelo caminho...sejamos então felizes meus caros amigos!!!

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