quinta-feira, 27 de outubro de 2011


(...) “Você deve ser muito feliz, vivendo nesse bosque e ficando contente quando lhe apraz”. Disse a Rainha Branca

“Só que isto é tão solitário!” disse Alice, melancólica; e a ideia de sua solidão duas grossas lagrimas lhe rolaram pela face.

“Oh não fique assim!” exclamou a pobre Rainha, torcendo as mãos em desespero. “Considere a menina grande que você é. Considere a longa distancia que percorreu hoje. Considere que horas são. Considere qualquer coisa, mas não chore!”

Alice não pode deixar de rir disso, mesmo em meio às lágrimas. “Você consegue parar de chorar fazendo considerações?”

“É assim que se faz”, disse a Rainha com muita decisão; “ninguém pode fazer duas coisas ao mesmo tempo, não é? Para começar, vamos considerar sua idade... quantos anos têm?”.

“Exatamente sete e meio.”

“Não precisa dizer exatualmente”, A Rainha observou. “Posso acreditar sem isso. Agora vou lhe dar uma coisa em que acreditar. Tenho precisamente cento e um anos cinco meses e um dia.”

“Não posso acreditar nisso!” disse Alice.

“Não?” disse a Rainha, com muita pena. “tente de novo: respire fundo e feche os olhos.”

Alice riu. “Não adianta tentar, não se pode acreditar em coisas impossíveis.”

“Com certeza não tem muita pratica”, disse a Rainha, “Quando eu era da sua idade, sempre praticava meia hora por dia. Ora, algumas vezes cheguei a acreditar em até seis coisas impossíveis antes do café da manha.”.

Trecho retirado do livro Alice através do espelho

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