Abigor voava de volta para seu reino segurando forte em seus braços aquela frágil criatura “Ela está morrendo, não posso permitir que isso aconteça”.
Apesar de toda aquela situação inusitada, ele tinha o coração em paz com a Borboleta rosa em seus braços, mesmo com a dor que lhe causava o pensamento daquela criatura morrer, pela primeira vez desde que se lembrava o vazio em seu peito estava preenchido.
De repente, a Borboleta abriu os olhos, lentamente, “Onde estou?”, olhando assustada para os braços que a carregava se deparando com um demônio. Ela tremeu não de medo, mas de admiração, ela estava nos braços do jovem dos seus sonhos, a beleza extrema, os traços fortes, aquele era ele, o jovem que ocupava seus sonhos a noite e seus pensamentos durante o dia. A Borboleta deve ter estremecido seu corpo com muita força, porque naquele momento Abigor sentiu a corpo da criatura ficar rígido em seus
braços, desviou então os olhos do céu a sua frente pra olhá-la imediatamente, poderia descrever aquele momento como algo único no mundo, foi como se o tempo houvesse parado por alguns instantes, eles se olharam profundamente, Abigor se perdeu dentro dos olhos de estrela dela ao mesmo tempo que ela se perdia no olhar de chamas dele, somente com um olhar penetraram na alma um do outro, era como se pudessem enxergar o que havia dentro de seus corações, seus medos, anseios, esperanças e sonhos.
Abigor sentiu algo forte inundando seu ser, como se algo muito quente o estivesse queimando por dentro, e de repente era como se a luz dos olhos da Borboleta estivesse dentro dele. A Borboleta sentiu como se a chama de Abigor estivesse queimando seu coração, o aquecendo do inverno rigoroso em que ele estava, era como se o frio tivesse ido embora e deixado apenas o calor aconchegante que vinha daquele
belo demônio.
Um rugido do dragão interrompeu os pensamentos de ambos, estavam chegando em casa. A
Borboleta retraiu o corpo, só agora percebera que estava no coração do reino das trevas, voando num dragão malígno e nos braços de um demônio.
- Fique calma, nada de mal vai lhe acontecer. Suas asas estão feridas, e sua luz esta muito fraca, logo poderá voltar pra casa, mas precisa confiar em mim.
A Borboleta assentiu calada, não tinha forças pra falar. Não sabia quem era aquele jovem, mas algo dentro dela dizia que podia confiar nele...
"Não é o perfeito, mas o imperfeito, que precisa de amor"
Tô gostando dessa saga... Tô curioso pra saber o que o destino reserva pros personagens. *_*
ResponderExcluir