quarta-feira, 11 de novembro de 2009

UmA HiSTória ....quando essa perseguição termina...





Gia Marie Carangi (Philadelphia, 29 de Janeiro de 1960 — Philadelphia, 18 de Novembro de 1986), foi uma supermodelo norte-americana.



A infância de Gia Carangi não foi nada fácil, como filha de pais que brigavam constantemente; passou em sua pré-adolescência a morar com seu pai e seus dois irmãos. Com o tempo, montaram uma lanchonete onde Gia exercia a função de caixa e, aos 18 anos, cansada de uma vida monótona resolve mudar-se para New York, para seguir carreira como modelo. Seu belo rosto e sua personalidade efervescente a consagrariam como uma das mulheres mais lindas do mundo na década de 1970 e inicio da década de 1980.


Quebrando vários tabus, Carangi foi a primeira modelo a desfilar com roupas de homem e aparecer no estúdio de cara lavada, vestindo um velho jeans rasgado no joelho e assumir que era lésbica. Por essas e outras transformou-se num mito. Seu trabalho começou a se expandir depois que Gia entrou para Wilhelmina models, uma agência em New York que não era muito conhecida na época. Com Wilhelmina Cooper, Carangi trabalhou muito duro. No inicio as pessoas se recusavam a aceitá-la para fotos, não viam nada em especial, as loiras eram as preferidas. Em 1 de abril de 1979 sua carreira decolou de vez, quando pela primeira vez foi capa da revista Vogue Paris onde foi fotografada por Chris von Wangenheim e conheceu Sandy Linter, que trabalhava como assistente.


A partir deste marco passou a ser a favorita de inúmeros fotógrafos como Francesco Scavullo, Arthur Elgort, Richard Avedon e Chris von Wangenheim, seguindo assim, Vogue (EUA) em Agosto de 1980, Vogue de Paris em Agosto de 1980, Vogue italiana em Janeiro de 1981. Gia inicia romances com outras mulheres sendo a modelo preferida de Diane von Fürstenberg, e desfilou com Gianni Versace, designer e amigo com quem dividia suas intimidades. "Nenhuma mulher é verdadeiramente mulher se não for loira". Nesta frase ela se referia a sua namorada, Sandy Linter, com quem teve "o caso de amor" mais famoso e polêmico dos bastidores do mundo da moda. Sua personalidade era descrita como linda e selvagem, seu estilo de vida e caráter abalavam a todos conservadores na época. Tinha tudo: cachês altíssimos, o amor de mulheres fantásticas, infelizmente no auge de sua carreira após vários escândalos e se tornar viciada em heroína e cocaína, Gia passou constantemente a tentar largar o mundo da moda. Fazer sessões sob efeito de drogas tornou-se usual para Gia, e os fotógrafos aproveitavam de sua inexpressão facial.

DECLINIO...
Seu vicio tornou-se conhecido por todos. Gia entrou para a lista negra do mundo da moda, que acabou matando-a de verdade. Em março de 1980 sua agente Wilhelmina Cooper, morre de câncer no pulmão, o fato causa uma recaída no vicio de Gia e logo ela passa a usar heroína, após assinar um contrato com a Elite Models.O vicio em heroína custou sua carreira, dinheiro e vida. Numa de suas sessões de fotos, sua carreira desmoronou ao serem notadas as marcas de picadas de agulha no seu corpo. Em 1980 as fotos da edição da revista Vogue chocaram a todos, pois Gia aparecia em suas fotos com marcas de seringas. Carangi começou a ter crises de violência devido ao uso constante de drogas, chegando a agredir pessoas nos bastidores de suas sessões, deixar as sessões e a dormir em frente as câmeras.


Em 1981 Carangi internou-se para um programa de 21 dias, para acabar com o vicio. Na época Gia morava com sua mãe e logo internou-se em uma clinica para um tratamento meticuloso, pois o vicio se tornara forte demais. Gia conseguiu ficar limpa, mas infelizmente quando seu grande amigo e fotógrafo Chris von Wangenheim morreu em um acidente de carro. Gia trancou-se no banheiro por horas, injetando heroína.


No final de 1981 Gia contata Monique Pillard (responsável pela carreira de Janice Dickinson) e assina sua volta ao mundo da moda. Carangi procurou Francesco Scavullo, ele a colocou na capa da Cosmopolitan em 1982 - um presente - na sessão de fotos ele chegou a colocar os braços de Gia para trás do corpo, pedindo que esta se sentasse em cima de suas próprias mãos. O fato é desmentido por Scavullo, que diz que a pose a que Gia se submete é devido ao fato de que ela estaria um pouco acima do peso. Foi a ultima capa de revista na qual Gia apareceu. Após alguns eventos e viagens para Alemanha, Gia foi pega com drogas na África. Sua carreira havia acabado.


Carangi inicia no hospital em Eagleville um tratamento contra o vicio. Após seis meses volta a Filadelfia e começa a ter aulas de fotografia e cinematografia. Três meses após volta com seu vício e chega a se prostituir, sendo violentada em várias ocasiões, até ocorrer uma crise de pneumonia e é internada em um hospital em Norristown, Pennyslvania. A AIDS foi identificada em seu sistema vital, e Gia vive então seu pior momento.


Morte

No final de sua vida, Gia queria que sua história fosse contada para que outras pessoas tivessem a oportunidade de aprender com sua tragédia. Dessa forma sua vida não seria em vão. Quando começou a se tratar da AIDS, não tinha dinheiro para custear o tratamento, teve que se declarar indigente para conseguir ajuda médica. A AIDS a mutilou a ponto de que os músculos se desgrudaram do corpo. Em 18 de novembro 1986, aos 26 anos, Gia entrou para uma parte triste da história como a primeira mulher famosa a morrer de AIDS.


Seu enterro ocorreu as 10 horas no dia 21 de novembro, muitos amigos não compareceram, pois sua mãe proibiu que qualquer um a visitasse no hospital durante sua fase terminal. Scavullo descreveu o fato semanas depois como uma das maiores perdas do mundo da moda.


Na cultura
A vida de Gia transformou-se em livro, que foi adaptado para o cinema em filme protagonizado por Angelina Jolie e dirigido por Michael Cristofer: Gia.

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