sexta-feira, 23 de março de 2012

Ele era andorinha, ela um sabiá...

“Eram como dois pássaros, que cruzavam o céu na companhia do outro.
Limite era apenas um detalhe feito de poeira que se dispersava no vento, quando as respirações se encontravam ofegantes.
Os limites para eles foram feitos para serem ultrapassados, e não havia temor para isso.
Ah, ele tinha asas fortes, dono de voos altos, visava caminhos planos, sem destino ia buscando as estradas peregrinas, percorrendo campinas dos vales que tanto gostava, era livre e amou.
Amou a ela que também era passarinho, de asas pequenas, mas que conseguiam voar com firmeza para lugares longes e belos.
Era fêmea que o queria proteger, mesmo sendo quem precisava ser cuidada, porque ele era todo o fôlego que havia naqueles pomos que abrigavam o coração dela...
E nessa liberdade á dois, juntaram as trouxas de seus sonhos e seguiam trilhas de nuvens, enlaçando suas asas. Eram voos bonitos que refletiam faíscas nas tardes gostosas de outono.
Ah, essas são lembranças para uma vida inteira...
Ele era toda luz, toda vida, toda coisa boa de que era feita a vida dela.
Ela era o caminho, o doce, o amor do que ele tinha em seus dias.
Eram pequenas peças de um enigma proposto pela esfinge do viver, ninguém entendia, mais sabiam que o amor responderia á tudo.
Isto aconteceu no outono, na estação da alma. Ela sabiá, e ele andorinha, voaram pelas estações marcando riscos de voos no céu,
E foram passando como os vendavais...”

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