quarta-feira, 16 de janeiro de 2013


O portão balançava, fazendo o seu barulho de sempre, lá fora gotas grossas de chuva caiam insistentemente, ela estava sentada na janela e observava os pingos deslizaram pelo vidro, pensava sobre o mundo e sobre as coisas que existiam nele.
Não gostava de dias assim, cinzas e frios, eram dias solitários em que não se podia brincar no quintal, nem balançar nos galhos das árvores, dias em que não se podia andar descalço e tomar sorvete... Dias que não passavam e tudo a deixava entediada.
Os dedos frios desenhavam figuras na janela embaçada, um sol sorrindo, montanhas, pipas no céu... e pensava que o mundo poderia ser como um desenho seu, colorido, quente e feliz.
De repente se assustou com o barulho do portão que bateu com força na parede e lá ficou. O vento aumentou e trouxe um arrepio. Ela desceu da beirada da janela pra pegar um casaco e escutou um barulho estranho no guarda roupa, algo estava se mexendo lá dentro. Parou por uns instantes com medo de ser um rato ou o Bicho Papão, pegou um travesseiro e segurando-o como se fosse à arma mais letal do mundo abriu com força a porta.
Lá dentro seu mundo mudou e ela percebeu que a chuva não podia durar para sempre...
E assim aconteceu.


“ E as coisas que começaram a acontecer a partir daquele momento eram tão lindas e grandiosas que não consigo descrevê-las. Para nós, este é o fim de todas as histórias, e podemos dizer, com absoluta certeza, que todos viveram felizes para sempre.”

TRECHOSA ÚLTIMA BATALHA - AS CRONICAS DE NARNIA
C. S. LEWIS


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