quinta-feira, 24 de fevereiro de 2011

E os anos passaram voando pela minha janela...



Essa com certeza é uma boa frase pra começar um texto de aniversário, pois é isso exatamente que ando falando pelos cantos do quarto, ou ao abrir o PC e ver as fotos de antigamente: Os anos passaram voando pela minha janela.
As coisas não passaram por mim nesse ano macias e imperceptíveis, pelo contrário, elas machucaram, atordoaram e na maioria das vezes eu me perguntei o porque daquilo estar acontecendo, mas ao mesmo tempo, vieram coisas que aconchegaram, que brilharam, que coloriram e que hoje me fazem a mulher mais feliz do mundo.
Acabei virando essa menina-mulher que ri e chora de tudo, porque aprendi a viver até a última pulsação das coisas, beber até o último gole, seja ele um veneno ou a bebida mais suave do mundo. SER INTENSA. Agarrar com força aquilo que a vida te entrega de bandeja...sentir todas as vibrações do mundo!
Tantas foram às vezes que eu superestimei tudo, que eu pensei em desistir, que eu sentei chorando no canto do meu quarto e aos prantos pensei “Já chega...não dá mais!”, tantas vezes que eu achei que já tinha vivido tudo que havia premeditado pra mim...rss...quanta bobagem de uma menininha tola. Por todas as minhas tragédias eu chorei um único dia e no fim eu já estava sorrindo de novo, com a sensação de que o máximo que me restou foi à lição de que ser hiperbólica como eu, pode me render algumas lágrimas, mas também me rende os maiores sorrisos no final.
Mas meus exageros me fazem sempre bem, me insinuam a escrever, a me soltar, a dar asas a minha imaginação rosa. Ter coragem de falar ou escrever o que muitos pensam no cantinho escuro da alma me rendeu grande crescimento e uma grande parceria em um projeto solo, que passou a ser dual (John Valente essa é pra vc...rs).
Tanta coisa, tanta gente, tanto medo, tanto amor, tudo isso aconteceu na transição dessa idade. Medo do fim da facul, a insegurança do que fazer, a insegurança da maturidade que bate na minha porta, pois é, ela chegou, a maturidade, mas mesmo com ela eu ainda me sinto como uma criança imatura, querendo o colo da mãe, o abraço de urso da amiga, o aconchego quente do Môr.
E enquanto eu vou transigindo nesse meio transitável de transição, a vida e os anos vão passando, e eu vou aprendendo. Aprendendo que a felicidade não é o ponto de chegada, mas ela esta embutida no caminho que eu vou seguindo até o final.
E eu estou feliz, muito feliz. Continuo sendo essa menina boba que gosta de cor de rosa, sorri pra lua e canta pras flores, que sabe que não sabe de nada, mas que se joga, seja no amor, seja na vida profissional, seja nos riscos e desafios, se joga de corpo e alma, mesmo sabendo que pode se ferrar no final, pois sempre vale à pena a diversão
O meu inferno astral acaba hoje, porque hoje começa a minha nova primavera. Eu fico olhando as pessoas que amo e fico procurando motivos pra fazer uma festa, mostrar uma felicidade pelo dia de hoje, mas aí eu percebo que minha felicidade não é só hoje, mas todos os dias da minha vida, quando eu olho pras pessoas que eu amo e que me dão uma vontade imensa de festejar todos os dias, seja num show do rock ou em uma reuniãozinha em volta da mesa com conversas. Meus maiores presentes estão comigo todos os dias, ao meu lado ou dentro de mim, assim posso me considerar uma pessoa de muita sorte!
Meu aniversário ta aí passando, como todos os anos pela minha janela, to ficando mais velha...mas quer saber, apesar de tudo, não poderia haver sensação melhor!!!!


twenty-three years
22/02/1988

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