Toda vez que um jovem ou uma criança morre é como se a alma do mundo chorasse. Choram os pais, os parentes, os amigos, e a alma do mundo...a alma do mundo sempre chora!
É mais uma esperança de dias melhores que está indo embora, é mais uma esperança de um mundo melhor que se vai...
Posso comparar a vida humana a uma rosa, quando nascemos somos apenas frágeis e delicados botões...tão tímidos e indefesos frente a todas as tempestades que possam machucar nossa frágil existência no jardim.
Com o tempo desabrochamos, somos lindas rosas, que todos admiram pelo perfume e beleza. Os mais velhos se curvam frente à beleza da juventude e o brilho no olhar de quem pode mudar o mundo, de quem pode tudo, basta sonhar e acreditar temos a vida toda pela frente!
Com o tempo nossas pétalas murcham, nossas folhas caem e completamos nosso ciclo pra que outro botão possa nascer em nosso lugar.
Quando no auge da nossa beleza somos retirados do jardim, tudo parece vazio, apesar das outras rosas ainda continuarem ali, falta uma, aquela rosa que pode não ser a mais bela, nem a maior, mas que deixa um buraco enorme, um vácuo no canteiro do nosso coração que nem a rosa mais bonita pode preencher...falta aquela rosa...aquela especial, pode ser uma que acompanhamos o desenvolvimento quando ainda era um botãozinho, ou pode ser aquela que conhecemos tão bela no auge da juventude, a falta e o vazio parecem estar presentes todas as vezes que fechamos os olhos e imaginamos o nosso jardim, agora ele já não é mais tão completo...
Retirar uma rosa do jardim em seu estado mais lindo é tão cruel, deixa tantas marcas, tantos vácuos...tantas dores nos corações...tudo deveria ser como num ciclo, botão, rosa bela, rosa murcha...por que retira-la no auge da juventude?? O jardineiro do Universo nunca responde, ele apenas escolhe, não importa muito o vazio no canteiro ou o caule que vai sangrar...ele retira pra colocar no vaso grande da sua mesinha da sala...ou quem sabe para plantá-la em outro lugar talvez...talvez...
Outras rosas irão nascer em seu lugar...outras mais belas, menos belas, perfumadas e exóticas...mas pro dono daquele jardim sempre existirá a falta daquela pequena, com uma pétala a menos, mas que o fazia sorrir ao passar por lá...
Dedicado à memória de B.V. e E.F
Rosas belas retiradas do jardim de Alice
Nenhum comentário:
Postar um comentário