sexta-feira, 25 de junho de 2010

N ♥ M




NÃO DEIXE O AMOR PASSAR

Quando encontrar alguém e esse alguém fizer seu coração parar de funcionar por alguns segundos,
preste atenção: pode ser a pessoa mais importante da sua vida.
Se os olhares se cruzarem e, neste momento,houver o mesmo brilho intenso entre eles,
fique alerta: pode ser a pessoa que você está esperando desde o dia em que nasceu.
Se o toque dos lábios for intenso,
se o beijo for apaixonante,
e os olhos se encherem d’água neste momento,
perceba: existe algo mágico entre vocês.
Se o primeiro e o último pensamento do seu dia for essa pessoa,
se a vontade de ficar juntos chegar a apertar o coração,
agradeça: Deus te mandou um presente:
O Amor.
E Ele me mandou você...que a oito meses vem colorindo meus dias!!!
Obrigada por estar comigo nesses 243 dias
TE AMO!!!

TA BOM..EU SEI QUE EU ESTOU ATRASA ALGUMAS SEMANAS...



Mas eu não tive tempo de passar aqui antes pra desejar a todos um:

FELIZ DIA DOS NAMORADOS!!!

espero que o de vocês tenha sido tão maravilhoso e inesquecível quanto o meu!!!!

quinta-feira, 17 de junho de 2010

Romeu e Julieta - Uma história de Culpa




A tragédia dos adolescentes de Verona começou num domingo e terminou quatro dias depois. Julieta completaria 14 anos na semana seguinte.


* ♥ *


Duas famílias nobres e inimigas
Em Verona onde vai passar o drama
Renovam lutas por questões antigas
Em que o sangue do povo se derrama

Dessas duas famílias que o ódio afasta
Implacável, nasceu um par de amantes
Cuja má sorte, trágica e nefasta.
Levou a paz às casas litigantes.


* ♥ *


Esses são os versos que abrem a peça mais amada e aplaudida de Shakespeare, um drama concebido a 400 anos e que desde lá vem encantando corações. Quando Romeu e Julieta estreou dizia-se que a historia real aconteceu em Verona em 1303, embora o tema já aparecesse em poemas da Grécia. A primeira parte da peça marca o ódio entre os Montecchi e os Capuleti. A segunda parte é dedicada ao amor de Romeu e Julieta. Esse texto foi encenado pelo menos duas mil vezes em todo o planeta, sendo uma peça sobre o amor mas também sobre a culpa.



* ♥ *


A FESTA


Numa noite cálida de verão, dava o velho Capuleto uma festa para apresentar a filha Julieta ao primo do príncipe, Páris. Como era de se esperar os Montecchio não foram convidados. Romeu então, jovem varão da casa dos Montecchio, encantado pela beleza de Rosalina resolve invadir a festa misturando-se aos convidados para chegar perto da moça. Mas no momento em que seus olhos descobrem Julieta sua atenção é tomada por sua beleza. A paixão é instantânea.

Tu já terás amado alguma vez? Oh não
Os meus olhos negam com firmeza
Pela primeira vez eu vejo a beleza!


* ♥ *



O ENCONTRO


Julieta corresponde aos olhares de Romeu sem saber que o jovem pertence a família rival. Enamora-se dele. A festa termina e Julieta nesta altura já sabe que o jovem que não consegue desviar o pensamento faz parte da família inimiga. Sai a jovem ao balcão para se queixar as estrelas sobre seu proibido amor. Romeu, escondido ouve Julieta confessar seu amor por ele. Não consegue controlar e se manifesta revelando o mesmo amor. Passam horas em conversas e juras, promessas esquecidas do mundo.

Se outro nome tivesse a rosa, em vez de rosa
Deixaria de ser perfumosa?


A cena do balcão é talvez a mais famosa da peça, pela graciosidade do monólogo de Julieta confessando-se as estrelas e pela revelação do amor de Romeu.



* ♥ *


O CASAMENTO


Romeu, no dia seguinte, pede ajuda a Frei Lourenço, sendo que esta casa secretamente os dois namorados.
Fica claro que Frei Lourenço concordou em casar os jovens que mal completaram 14 anos porque pensava em contribuir com a paz entre as famílias.
No mesmo dia do casamento, dois amigos de Romeu andando pelas ruas de Verona cruzam com o primo de Julieta e por ele são provocados. A noticia da invasão da festa havia corrido e o primo de Julieta buscava Romeu para puni-lo. Romeu aparece e procura não entrar em conflito. O primo de Julieta não aceita os argumentos de Romeu e desembainha a espada matando um de seus amigos. Com a vista toldada pela ira Romeu empunha sua espada e mata o primo de Julieta. Como punição é banido pelo príncipe de Verona.


* ♥ *


O RIVAL


O pai de Julieta se saber de nada decide promover o casamento da filha com Páris que a cortejava.
Páris é o típico antagonista da peça, detestado pelas platéias. O que é compreensível pois as pessoas se identificam e torcem pelo amor de Romeu e Julieta, sentindo a terrível injustiça que os segue.
Páris é um rapaz solteiro, na idade de se casar, seguindo os caminhos corretos quando se interessa por uma moça que é falar-lhe ao pai e pedir-lhe a mão ou permissão para corteja-La. É um moço correto, de boa família, que conhece as regras sociais. Não há porque reprová-lo. Ele realmente amava Julieta


* ♥ *


O PLANO


Em desespero Julieta procura Frei Lourenço, que a aconselha a aceitar o casamento e beber na manha do casamento uma poção que faria com que ela parecesse morta. Levada ao mausoléu da família Romeu iria resgata-La.
Mas as noticias ruins correm rápido e antes que o Frei pudesse avisar Romeu ele fica sabendo através de seu amigo que Julieta esta morta.
Enlouquecido de dor, Romeu reage com desespero:

Eu te desafio, ó estrela funesta!

Compra um frasco de veneno e vai ao encontro de Julieta para morrer ao lado dela. Na entrado do mausoléu é impedido por Páris, quem acaba matando. Páris se põem no caminho do rival porque acha que esta pretende fazer algum mal a amada. Morre. Seu último pedido é ser enterrado ao lado de Julieta. Páris é a essência do homem bom e neste momento a platéia percebe que foi injusta ao condena-lo.


* ♥ *


A MORTE


Romeu bebe o veneno e se deita ao lado da amada, neste momento Julieta desperta e vê o amado morto tendo ao seu lado um frasco de veneno, compreendendo o que aconteceu decide não continuar vivendo. Enfia no seio a adaga de Romeu e cai sobre o corpo dele.

Romeu e Julieta se encontram apenas quatro vezes na peça. Isso demonstra que Romeu e Julieta viviam num mundo próprio, iluminado pelas conseqüências do amor verdadeiro.


* ♥ *


O FINAL


A tragédia tem impacto sobre as famílias, chegando estas a um acordo de paz.
Toda a tragédia por fim levou a um final feliz, O AMOR VALEU A PENA!




* ♥ * JAMAIS EXISTIRÁ HISTORIA DE AMOR MAIS BELA DO QUE
A DE ROMEU E JULIETA * ♥ *

Marília de Dirceu - A musa e a Poesia



Foi um mês frio, naquele ano em Vila Rica.
As manhas começavam com neblina. Agulha de prata e dedal de ouro nos dedos do poeta pareciam mais adequados que a rústica pena de escrever improvisada dos seus últimos versos, escritos na masmorra. Naquele mês de maio ainda não se sabia o destino desse amante. A vida segue curso brando para quem ama. E ele amava. Tomás Antonio Gonzaga amava muitíssimo.



* ♥ *



Marília debatia-se em pesadelos. Sonhava com caminhos incessantes na escuridão em busca do amado. Imaginava ouvir os murmúrios do poeta. Mas ao prestar atenção eram somente as vozes dos oráculos que chegava até ela pedindo para que desistisse do que procura, pois já tinha sido esquecida pelo amante, que desaparecera. Acordava em prantos, e as vozes agora reais e piedosas davam-lhe o mesmo conselho. Desobedecendo, Marília chorava. Não era possível que a tivesse esquecido. Não depois de todo dulçor dos versos, depois de tantas juras. Desaparecera era certo, perto da data do casamento, e não houve mais noticias dele. Marília no entanto não desistia. Esperava e seguia chorando, inspirando-se nos versos de Dirceu, o amado poeta:

Minha Marília
Se tens beleza
Da natureza
É um favor;
Mas se aos vindouros
Teu nome passa
É só por graça
Do deus de amor
Que terno inflama
A mente e o peito
Do teu pastor


Não era possível que a tinha esquecido. Não era possível que tinha se casado. E Marília chorava, Marília sofria.



* ♥ *


Em 1782. Gonzaga foi nomeado ouvidor em Vila Rica. Voltou para o Brasil. O lugar era sossegado, bucólico e lhe permitia exercitar além da magistratura, a poesia, oficio ao qual se afeiçoara. E ao mesmo tempo, a vila, capital do ouro e do comércio dava ocasião a periódicos encontros intelectuais que divulgavam os ideais do iluminismo. Para eles, a metrópole portuguesa era tirânica, usurpando as riquezas das colônias. O vigoroso grupo se destacou na arte literária e na prática política, tomando parte ativa da conspiração chamada pelos portugueses de Inconfidência Mineira. Grupo desfeito violentamente com a prisão de uns, o desterro de outros e a morte de alguns.
Tomas Antonio Gonzaga, porém se encantou pela sobrinha de um conhecido seu, moçoila de seus 17 anos, Maria Dorotéia. Cortejou-a longamente contra a vontade da família que não via com bons olhos aquele amor tão desproporcional de idade (Gonzaga tinha mais de 40 anos). Porém, a família acabou autorizando a oficialização do noivado. Bela , inteligente e talentosa nos poemas se tornou Marília que a si mesmo chamava de Dirceu.
Tomas dedicou a Marília dezenas de poemas, versos simples mas tendo como motivo sempre ela: Marília, do Dirceu.
A casa de Tomas havia sido cercada por soldados logo depois de ser ele apontado pelo denunciante da Inconfidência Mineira, Joaquim Silvério dos Reis. Ele foi levado de Vila Rica na calada da noite para a escuridão permanente da masmorra onde descrevia seus suplícios com uma caneta de graveto de laranjeira.
Dirceu foi preso e levado a Ilha das Cobras, no RJ, seus bens foram tomados, sua casa devassada. Marília não conheceu o destino do amado imediatamente, soube através da poesia do amado. Durante o tempo que esteve preso Gonzaga escrevia todos os dias versos a amada e a cada noite um portador amigo fazia com que eles chegassem a Marília.

Marília morreu sem nunca tornar a vê-lo cruzar com passos largos e sossegados os calçamentos de Vila Rica.

A historia de Marília de Dirceu não termina em eterna fidelidade. Da prisão na Ilha de Cobras ele segue para Moçambique e graças a sua cultura constrói prestigio no exílio. Acaba se casando com uma mulher muito rica com quem passa o resto de sua vida.
Tomaz Antonio Gonzaga foi um magistrado medíocre, e um revolucionário pífio. Não foi herói, não foi ousado, acovardou-se no julgamento dos inconfidentes, jurou submissão a uma rainha louca. Trocou a morte pelo exílio no continente negro, barganhou a vida pelo perpetuo afastamento das montanhas calmas de Vila Rica, onde ficou sua jovem amada.

Edward VIII e Madame Simpson - O Trono pelo amor



"Eu, Edward, declaro a minha irrevogável determinação de renunciar ao trono. Por mim e por meus descendentes. "

Foram essas palavras de Edward VIII, rei da Inglaterra, no dia 10 de dezembro de 1936, ao renunciar ao trono depois de menos de um ano de reinado. Naquele dia ele se tornou o único monarca britânico nos mil anos de existência da coroa a voluntariamente abdicar o trono. Abandonava uma das posições mais importantes do mundo pra poder se casar com a plebéia norte americana Wallis Simpson. Esse renuncia foi considerada a mais emocionante manifestação de amor do século XX.
Edward Albert Christian George Andrew Patrick David de Windsor nasceu no dia 23 de junho de 1894, em Richmond park. Filho mais velho de George, duque de York e da princesa Mary Teck. Já nasceu investido de títulos de nobreza. Quando em 06 de maio de 1910 o pai subiu ao trono Edward se tornou herdeiro da coroa.
Era tido como um dos homens mais elegantes de sua época. Seu modo de vestir criou tendências e foi ele o criador do laço de gravata Windsor usado com camisas de colarinho quadrado, também trazida a tona por ele.

Edward foi o primeiro membro da família real britânica a se tornar piloto de avião. Nessa função lutou na Primeira Guerra Mundial e depois da Guerra viajou constantemente pelo império Britânico. E foi num dessas viagens que ele conheceu e se apaixonou por uma americana, casada. Rica, freqüentadora das altas rodas sociais do mundo. Chamava-se Bessie Wallace Warfield Simpson, conhecida pelo apelido de Wallis.

No governo inglês começou a crescer a preocupação com a duração do affair do príncipe porque Wallis era casada ( e para os padrões britânicos pior que isso, era divorciada) além de não descender de qualquer linhagem real. Com a morte do pai. Edward sobe ao trono, meses depois Wallis anunciou o segundo divorcio. O namoro que ninguém se preocupava em esconder já durava sete anos. Na verdade não havia Constituição britânica que impedia Edward de se casar com Wallis, mas a opinião publica e os adversários políticos deixavam-lhe duas alternativas: ou desistia do casamento ou desistia do trono.
Wallis jamais seria aceita como rainha, então Edward assinou a Declaração de Abdicação com as seguintes palavras:
“Compreendi que seria impossível desempenhar a pesada responsabilidade de cumprir as tarefas do rei da forma como desejaria sem o apoio e a presença da mulher que amo.”

No dia 12 de dezembro, Edward partiu para Áustria e seu irmão George VI (pai da rainha Elizabeth II) nomeou-o duque de Windsor.

Seis meses depois da abdicação Edward e Wallis se casaram. Levaram uma vida esplendorosa. Mas logo veio a guerra, Paris foi tomada pelos alemães e eles tiveram que deixar tudo pra trás. O casal fugiu para Lisboa, Portugal. Logo depois Edward foi indicado para governador das Bahamas.

Foram 35 anos de uma vida conjugal que sobreviveu a disputas, intrigas familiares e públicas, escândalos, curiosidades. Por certo foi um casamento cheio de altos e baixos como qualquer um, mas foi uma união que impressionou o mundo. Alguns acham que foi uma história de demonstração egoísta de falta de senso de dever, outros o supremo sacrifício de um homem que colocou o amor acima do trono.
Durante muito tempo o Palácio de Buckiingham fingiu ignorar a duquesa Wallis. Foi um duro exílio, somente em 1967 o casal seria formalmente convidado para uma cerimônia pública na Inglaterra.

Voltando a viver em Paris depois da guerra, Edward morreu em 28 de maio de 1972, quatorze anos depois na mesma cidade morria Wallis em 24 de abril de 1986. eles foram sepultados no castelo de Windsor na Inglaterra. Juntos, pelo menos em morte, em paz no solo britânico.

Pouco depois do acidente que matou a princesa Diana e o empresário Dodi Al Fayed, em 1997, o pai do jovem, o empresário Mahammed Al Fayed, dono da rede Harrod’s, promoveu um leilão com o fim de levantar fundos para prosseguir com as obras de caridade da ex princesa. Perto de quarenta mil itens pertencentes ao duque e duquesa de Windsor foram leiloados. A arrecadação somou quatorze milhões de libras. Entre as peças leiloadas estavam a escrivaninha que ele assinou a abdicação e uma fatia de bolo (com mais de sessenta anos!), além dos bilhetes de amor trocado pelos apaixonados que foram leiloados por nove mil reais.

terça-feira, 8 de junho de 2010

A novidade mais rosa dos últimos tempos



Pois é amore...a Penélope Charmosa inspirou a nova coleção de esmaltes da Risqué...são lindas as cores...oito tons diferentes que vão de rosa claro a roxo escuro...simplesmente muito muito muito fofoletes!!!

“Renda Charmosa, Momento Penelope, Penelope Charmosa, Pink Vigarista, Atitude Pink, Charminho Lilás, Armadilha Rosa e Apuro Violeta. Entre elas, três são coberturas mais suaves e as outras cinco tem tons mais fortes e marcantes.”




Eu minhas amigas já vestimos a camisa, ou melhor, pintamos a unha e mostramos toda nossa ATITUDE PINK!!! rs...

VALE A PENA CONFERIR E ENTRAR NA CAMPANHA A FAVOR DE UM MUNDO MAIS ROSA!!!! hahaaa

bjinhos da Alice

quinta-feira, 3 de junho de 2010

Inês de Castro - Depois de Morta se torna rainha



O amor algumas vezes enlouquece as pessoas. Se é o caso de classificarmos de loucura atitudes que se desviam do padrão normal de comportamento.
Quando está historia começa Portugal era um pais não constituído a muito tempo. Dom Afonso Henrique criara a nação portuguesa em 1139 e legara a dom Sancho, seu filho, as terras resultantes do acordo com os reinos de Leão, Aragão, Navarra e Castela. Morto este, o trono passa para o filho, que se torna rei com o nome de Dom Afonso II. Foi ele quem iniciou as guerras contra os mouros, expandindo os domínios lusitanos. Tendo morrido em combate foi sucedido pelo filho, outro Sancho, um fraco, que entregou o comando do reino ao irmão mais tarde Dom Afonso III. Esse governante derrotou definitivamente os mouros e Portugal estabeleceu-se como nação soberana daquela época. Mas foi com Dom Dinis que Portugal conheceu o florescimento cultural: este rei fundou a Universidade de Coimbra e protegeu os poetas. Durante seu reinado houve paz. Morto Dom Diniz em 1325 seu filho o sucede, conhecido como Afonso IV.
Dom Afonso IV tinha um filho, Pedro, e é aqui que começa nossa história, também narrada por Luís Vaz de Camões no Canto III de Os Lusíadas.

Dom Pedro se enamorou por uma linda jovem portuguesa chamada Inês. Vinha ela de origem nobre, mas não lhe corria o sangue real. Para preservar a linhagem real era recomendado aos príncipes herdeiros contrair bodas com moças que proviessem de famílias com sangue real. Parentes e conselheiros tentaram em vão arranjar um casamento adequado para o futuro rei, mas Pedro não queria casar com nenhuma princesa. Amava Inês e por ela era amado.
Mas Portugal era uma nação nova e orgulhosa.além de comprometer a pureza do sangue real havia interesses políticos em jogo, o casamento com uma princesa poderia ocasionar crescimento político e econômico do reino português.
Mas não havia argumento capaz de tirar da cabeça do príncipe a decisão de casar-se com Inês. Enquanto os dois jovens seguiam vivendo seus amores, comentavam a corte, murmurava o povo e o descontentamento se alastava.
Decidiu o rei então tomar a medida mais extrema. Aconselhado por um grupo de súditos descontentes com o caminho que se desenhava para o futuro do país o rei mandou assassinar a jovem Inês, aproveitando-se da ausência do príncipe.
Foi pois, Inês de Castro trazida à presença do rei com os pulsos amarrados, cabelos em desalinho, pedindo clemência por um crime que nem sequer sabia haver cometido. O rei sentiu-se profundamente tocado ao ver a prisioneira atirada a seus pés, isso só aumentando quando a jovem lhe dirigiu palavras supliques, ela rogou que a desterrasse, rogou-lhe que não a matasse.
Doeu o coração do rei. Queria perdoá-La, quis deixá-La ir, quis...mas nesse momento os dois conselheiros sacaram as espadas das bainhas e atravessaram com elas o peito de Inês. Ali mesmo nos pés do rei morreu Inês, balbuciando o nome de Pedro, seu amado.
Foi a morte mais dolorosa do reino português. Choraram as arvores, choraram os rios e por muito tempo choraram as ninfas que habitavam os prados onde em dias mais despreocupados passeavam os dois jovens. As ninfas choraram tanto que suas lagrimas somadas as derramadas pela jovem aos pés do trono uniram-se para formar uma fonte lamuriosa de águas cristalinas. Esse lugar ficou conhecido como Fonte dos Amores de Inês.
Tempo depois Pedro voltou. Chegou a Portugal sem nada saber. Chegou com o coração trazendo saudades ardentes. Ao passar pelos prados que corria de mãos dadas com Inês sentiu o coração pesando de melancolia e com isso apressou-se para encontrar a amada.
No castelo recebeu a primeira noticia, era dele o trono, seu pai havia morrido. Depois recebeu a segunda da morte de sua amada.
Pedro agora era rei, mas um rei sem alma. Haviam matado a linda Inês, que ele um dia encontrara posta em sossego. Chorou Pedro, urrou como as feras, de ódio e horror.
Porém era dele a vingança e dela não abriria mão. Não descansou até que lhe entregassem os conselheiros matadores. Chegando eles agrilhoados a sala do trono foram forçados a jurar fidelidade à efígie de Inês, rainha depois de morta. Depois a cada um deles arrancou do peito ainda vivo o coração.

Pedro vingou Inês, coroou-a rainha, mas a felicidade nunca mais teve de volta.

quarta-feira, 2 de junho de 2010

Anna de Assis - A História de um trágico amor



Esta é a história de uma certa Anna...uma história de incompreensão, polemicas, abismos morais, profundezas de emoção, de atitudes de coragem, mas sobretudo de renúncia.

“Enquanto a mulher do fim do século se escondia na cozinha, Anna de Assis foi para a sala de visitas palestrar com um Machado de Assis, um Barão do Rio Branco. Mulher audaz, independente, morando numa cidadezinha pequena e provinciana como São José do Rio Pardo, teria seus momentos ímpares confundidos pela mente pequena e bitolada daqueles que não enxergavam o horizonte. Ali naquela cidadezinha, Anna de Assis deixou a imagem de uma mulher fútil e namoradeira. Conclusão chegada porque se postava à janela alegre e moderna não se escondia dos homens.”

Anna casada, com trinta anos e com filhos ousou amar um homem treze anos mais jovem e por esse amor enfrentou hostilidades. Isso no começo do séc XX, num subúrbio do Rio de Janeiro, então capital federal, La enfrentou a lei dos homens, a ordem da sociedade, os mandamentos sociais e até as armas e os barões assinalados.
Não pode se dizer que conseguir ficar ao lado de seu amado Dilermando fez Anna vencer, pode-se dizer que à custa de extremo sofrimento e tristezas imensas ela lutou fielmente por seu amor. Anna foi valente, viveu sem dar conta de seus atos a quem quer que fosse
Não nos cabe julgar se Anna errou, mas cabe aplaudir a coragem dessa mulher, que amou, defendeu o amor e viveu por ele e é isto que trata esta história.
Nasceu Anna Ribeiro, e foi depois do casamento consagrada Anna Cunha por ter desposado nada menos que Euclides da Cunha. Esse casamento terminaria em morte em 15 de agosto de 1909.
Euclides e Anna se conheceram na casa do pai dela em que este lhe deixou a seguinte mensagem: “Entrei aqui com a imagem da República e parto com a sua imagem.” Euclides era um homem inquieto, voltado para si mesmo, estudioso, não se mostrava satisfeito com absolutamente nada, talvez essa insatisfação afetasse também o casamento, deixando a esposa cansada de incertezas, de tantas ausências prolongadas.
Em dezembro de 1904 Euclides seguiu rumo a Amazonas, fazendo parte da Comissão do Ministério das Relações Exteriores que demarcaria no Acre os limites entre Brasil e Peru, o prazo previsto de ausência seria de um ano.
Assim que Euclides embarcou, Anna e o caçula Manoel mudaram-se para a Pensão de Monat. Os filhos Sólon e Euclides Filho estudavam em colégios internos, e foi aí que em 1905 Anna conheceu um belo rapaz de 17 anos, olhos claros, alto, loiro. Apaixonaram-se. O jovem era apenas quatro anos mais velho que seu amigo Sólon, primogênito do casal. Ainda naquele ano ela, os filhos, mais o jovem amante mudaram-se para uma casa.
No dia primeiro de janeiro de 1906, Euclides desembarcou no Rio ansioso por rever suas “quatro saudades” Anna estava grávida. Dilermando afastou-se pedindo e obtendo transferência urgente para a Escola Militar do Rio Grande do Sul. Não passava pela cabeça de Euclides qualquer duvida sobre a fidelidade da esposa.
As saudades dos amantes eram amenizadas com muitas cartas de saudades. Em julho de 1906 nasceu Mauro, registrado como filho de Euclides, porém só viveu uma semana.
Dilermando voltou de férias ao Rio em 1907 e Anna ficou novamente grávida. Em novembro nasceu Luiz, Euclides registrou também como seu, referindo-se a ele como “uma espiga de milho em meio de um cafezal”, pelos cabelos loiros e olhos claros.
As desavenças com o tempo de Euclides e Anna começaram a tornar insustentável o relacionamento, então em 14 de agosto de 1909 Anna abandonou o lar, abrigando-se na casa de Dilermando.
Na chuvosa manha do dia seguinte Euclides batia palmas no portão da casa do mesmo, sendo recebido pelo irmão de Dilermando, Anna e os filhos Luiz e Sólon esconderam-se na despensa. Com uma arma na mão Euclides entrou, seu rival permaneceu trancado no quarto, para abrir passagem em quem se postava em sua frente Euclides atirou duas vezes a segunda bala se alojou na nuca do irmão de Dilermando.
Ao ouvir os disparos Dilermando apareceu também de arma na mão e foi alvejado na virilha e no peito.
Já fora da casa Euclides foi atingido no peito e nas costas, caiu sendo levado pelo filho Sólon que estava naquela casa tentando convencer a mãe a voltar ao lar desfeito, o pai moribundo disse: “Perdôo-te”, dirigindo ao rival: “odeio-te” e para sua mulher: “Honra...perdôo-te”.
Euclides da Cunha era um homem conhecido e amado no Brasil, por isso muito dos seus admiradores sentiam-se traído quando em 5 de maio de 1911 Dilermando de Assis foi absolvido.
Dilermando veio a ser general do Exército brasileiro. Casou-se com Anna sete dias após a absolvição. Anna da Cunha passou a ser Anna de Assis, porem Dilermando a abandonou em 1926 com cinco filhos para ficar com uma mulher mais jovem, ele tinha 36 anos e ela estava com 50.
Mas a tragédia de Anna não terminou com uma única morte, em 1914 foi a vez do filho Sólon delegado no Acre morrer assassinado numa tocaia na floresta. Em julho de 1916 foi a vez de Euclides da Cunha Filho, aspirante a oficial da marinha, encontrou-se por acaso com o assassino de seu pai puxou a arma e atirou apenas ferindo Dilermando, em seguida caiu morto com três tiros que recebeu. O destino fez com que o namorado de Anna de Assis também matasse o filho de Euclides da cunha.
Ainda assim Anna escolheu continuar Anna de Assis.


E assim foi a história de uma certa Anna, que sofreu, chorou, lutou, viveu e amou....