domingo, 6 de maio de 2012

Nessas tardes de outono...


Caminho pela tarde de outono, o ar está gelado, e pelo chão vejo caídas folhas amarelas, formando uma poça de óleo dourado aos meus pés, um cenário nostálgico para um coração solitário.
Sento no banco vazio daquela praça, aquela que outrora sentávamos juntos e uma lágrima escorre pela minha face. Sinto tanto a sua falta...
Eu fecho os olhos e sinto a brisa secando a marca que a lágrima caída deixou, como uma mão amiga, ela acaricia meu rosto e brinca com meus cabelos.
O outono me traz lembranças assim, coisas antigas transitam no ar amarelado deixando seu tom em meu peito.
O inverno está quase chegando. O frio que me faz tão bem e me acompanha nessas horas silenciosas de reclusão está cada vez mais perto. As vozes dentro de mim se calam pra admirar esse final de tarde de outono.
Olho o céu e admiro a noite sombria chegando, rasgando o céu claro do dia. As primeiras estrelas começam a surgir, pontinhos de luz que surgem nesse extenso véu negro.
É encoberto pelo véu negro que os demônios de minha mente chegam pra me assombrar.
A liberdade de outrora é aquilo que me prende em mim mesma hoje.
Sinto-me livre, porém é ao teu lado que quero voar, é em teu colo que quero repousar...
Minhas palavras saem pulsantes como as batidas do meu coração pensando em você.
Eu só preciso olhar em seus olhos mais uma vez, sentir seu abraço, sua respiração, só preciso disso pra aguentar mais um pouco essa dor, mas tudo se faz tão distante do meu alcance.
Tento dar o melhor de mim aqui sozinha, mas acabo virando uma paisagem de outono, amarelada pelas lembranças que ficaram tatuadas no meu corpo.
Sinto-me doente, fraca, sem esperanças e somente as tuas mãos tem a cura pro mal que me aflige a alma.
Eu respeito à distância e o tempo, que insiste em não ir mais rápido quando estamos separados, mas o que eu faço com o meu coração que dói em não te ter...tudo parece tão difícil sem você aqui!
As horas passam, o frio aumenta e a noite caiu completamente.
Preciso ir agora...
Querido, volte logo, um coração aqui te espera todos os dias naquele nosso lugar, debaixo das arvores com folhas amarelas de saudade.
Volte, tranque a porta e jogue a chave fora...

2 comentários:

  1. Volto, mas não tranco a porta, tampouco jogo a chave fora...
    Volto pra trazer você comigo e pra que esse tempo amarelo de outono fique só na lembrança do tempo em que era necessária a distância entre dois corações solitários. Não existe outono ou mesmo inverno capaz de impedir que o calor do amor encurte essa ditância. Nosso felizes para sempre está batendo à porta e quando abrirmos viveremos pra sempre na primavera... ><
    Sinto tanto a sua falta =/
    TE amo! <3

    ResponderExcluir
  2. Não vejo a hora da nossa primavera chegar ><
    sinto tanto a sua falta Bo...
    te amo demais ♥

    ResponderExcluir