quinta-feira, 27 de outubro de 2011


Ao ver Alice, o Gato só sorriu. Parecia amigável, ela pensou; ainda assim tinha garras muito longas e um numero enorme de dentes, de modo que achou que devia trata-lo com respeito.
“Bichano de Cheshire”, começou muito tímida, pois não estava nada certa de que esse nome iria agrada-lo; mas ele só abriu um pouco mais o sorriso. “Bom até agora ele está satisfeito”, pensou e continuou: “Poderia me dizer, por favor, que caminho deve tomar para ir embora daqui?”
“Depende bastante de para onde quer ir”, respondeu o Gato.
“Não me importa muito para onde”, disse Alice.
“Então não importa que caminho tome”, disse o Gato.
“Contanto que eu chegue a algum lugar”, Alice acrescentou a guisa de explicação.
“Oh, isso você certamente vai conseguir”, afirmou o Gato, “desde que ande bastante.”.
Como isso lhe pareceu irrefutável Alice tentou outra pergunta.
“Que espécie de gente vive por aqui?”
“Naquela direção”, explicou o Gato acenando com a pata direita, “vive um Chapeleiro e naquela direção”, acenando com a outra pata, “vive uma Lebre de Março. Visite qual deles quiser: os dois são loucos.”.
“Mas não quero me meter com gente louca” Alice observou.
“Oh! É inevitável”, disse o Gato, “somos todos loucos aqui. Eu sou louco. Você é louca”.
“Como sabe que sou louca?” perguntou Alice.
“Só pode ser”, respondeu o Gato, “ou não teria vindo parar aqui.”.
Alice não achava que isso provasse coisa alguma; apesar disso continuou:
“E como sabe que você é louco?”
“Para começar”, disse o Gato, “um cachorro não é louco. Admite isso?”.
“Suponho que sim.” Disse Alice.
“Pois bem”, continuou o Gato, “você sabe, um cachorro rosna quando está zangado e abana a cauda quando está contente, isso é normal. Ora, eu sou diferente do normal, rosno quando estou contente e abano a cauda quando estou zangado, Por ser diferente, sou tido como louco”.

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