Espaços vazios... Pelo que nós estamos vivendo? Lugares abandonados Eu acho que já sabemos o resultado De novo e de novo, alguém sabe o que nós estamos procurando? Um outro herói, outro crime impensável Atrás da cortina, na pantomima Segure a linha, alguém quer segurar um pouco mais? O show deve continuar, sim, Por dentro meu coração está se partindo Minha maquiagem pode estar escorrendo Mas meu sorriso permanece... O que quer que aconteça, eu deixarei tudo à sorte Uma outra melancolia, um outro romance fracassado De novo e de novo, alguém sabe pelo que nós estamos vivendo? Eu acho que estou aprendendo Eu preciso me aquecer agora Em breve estarei virando a esquina agora Lá fora está amanhecendo Mas dentro da escuridão estou ansiando para ser livre Minha alma é pintada como as asas das borboletas Contos de fada de ontem vão crescer mas nunca morrer Eu posso voar - meus amigos O show deve continuar... Eu irei enfrentar tudo com um grande sorriso Eu nunca irei desistir Adiante - com o show Oh, eu vou dar um lance maior, eu vou superar Eu tenho que achar vontade para continuar.. continuar com o show.. continuar com o show O Show - o show deve continuar Continuar, continuar, continuar, continuar, continuar Continuar, continuar, continuar, continuar, continuar Continuar, continuar, continuar, continuar, continuar Continuar, continuar, continuar, continuar, continuar Continuar, continuar...
terça-feira, 29 de março de 2011
"A vida tem duas fases Positiva e negativa O passado foi duro mas deixou o seu legado ...Saber viver é a grande sabedoria Que eu possa dignificar Minha condição de mulher, Aceitar suas limitações E me fazer pedra de segurança dos valores que vão desmoronando. Nasci em tempos rudes Aceitei contradições lutas e pedras como lições de vida e delas me sirvo Aprendi a viver.” Cora Coralina
terça-feira, 22 de março de 2011
(...)Aqui, no fundo do quarto onde sempre estou, o azul do céu encontra um jeito de entrar e sentar nas coisas com uma suavidade ladina, como um lorde inglês sobre a cruz perfeita de suas pernas, prometendo novidade, como um amigo inconveniente, esse azul, que não se aparta nunca e se faz, o tempo inteiro, sentado ao nosso lado, na nossa cadeira, sem hora de sair. Jaz aqui mais uma vez a divina luz se erguendo em meus pés. Tudo a iluminar. E, vejo no espelho sem realmente o ver, algo por detrás da máscara de minha quietude, algo além de meus lábios cerrados, algo em mim do tamanho dessa luz, como se sua sombra fosse, grita um grito louco, um grito insano de beata louca que arranca os cabelos, puxando-os com a brutalidade de quem deseja expor o cérebro como quem tira uma seda de sobre um bouquetde flores, um grito de Maria I nos corredores do Palácio de Queluz se forma dentro de mim, se ergue grande como um Polifemo desesperado de medo, e eu sinto o meu corpo quando este sente a última vibração de um tremor que se espalhou por ele e se extinguiu sem que o sentisse deveras.
Não pode ser a vida sempre assim…
Quantos são? Os que sentem o momento exato em que essa escuridão sem remédio atravessa o véu que é entre o que é dia e o que é noite, essa que nos vem, nem bem Aurora terminou seu labor trazendo de volta a mão para junto do corpo pro Carro Solar passar pela sua frincha, se recorremos a mitologias. Ou sendo mais verdadeiro, quantos são os que sentem essa força demoníaca, essa força satânica, essa Uma escuridão, que cresce do nosso lado, talvez à nossa direita e faz a Terra girar à sua volta, à procura da iluminação desse astro distante e estagnado do céu de todas as gentes?…
Essa Claridade infinda, essa chama imperecível que não para nunca, não para um só dia de cair sobre essas nossas cabeças cobertas de anátemas…
O simples ato de levantar na manhã de todos amanhãs e vê que é dia mais uma vez…
…tem sido desesperador, olhar o sol outra vez, o calor na carne, a vida que pulsa…
E que mais? E o que mais há?
Não seja a vida sempre só isso…
Não pode ser sempre só isso, Céus…
…um girassol desesperado fitando o sol do nascente ao poente…
Pedindo: “Vida!”.
Não pode ser a vida sempre assim…
Quantos são? Os que sentem o momento exato em que essa escuridão sem remédio atravessa o véu que é entre o que é dia e o que é noite, essa que nos vem, nem bem Aurora terminou seu labor trazendo de volta a mão para junto do corpo pro Carro Solar passar pela sua frincha, se recorremos a mitologias. Ou sendo mais verdadeiro, quantos são os que sentem essa força demoníaca, essa força satânica, essa Uma escuridão, que cresce do nosso lado, talvez à nossa direita e faz a Terra girar à sua volta, à procura da iluminação desse astro distante e estagnado do céu de todas as gentes?…
Essa Claridade infinda, essa chama imperecível que não para nunca, não para um só dia de cair sobre essas nossas cabeças cobertas de anátemas…
O simples ato de levantar na manhã de todos amanhãs e vê que é dia mais uma vez…
…tem sido desesperador, olhar o sol outra vez, o calor na carne, a vida que pulsa…
E que mais? E o que mais há?
Não seja a vida sempre só isso…
Não pode ser sempre só isso, Céus…
…um girassol desesperado fitando o sol do nascente ao poente…
Pedindo: “Vida!”.
APAGANDO...
Hoje é um grande dia,
Grande porque, grande porque, sei lá, acho que porque será longo.
Há certeza nesse dia.
Não aquela certeza vulgar;
a certeza de um falso testemunho que se esconde entre aspas.
Mas a certeza de que é a Certeza Aquela,
Aquela que talvez nunca se fez presente em meus dias tão escuros e ofuscados.
Hoje é o dia em que morrerei.
Hoje é o dia em que morrerei
e o sol não apareceu nesse dia que sinto que algo está a se apagar.
Há uma luz nessa escuridão,
uma voz na luz do fim do arrebol que se livra das nuvens,
bate na minha face e diz:
“Segue e apague a Luz”.
Tudo que fiz foi sempre banhado à incerteza
e só via como certo e objetivo a causa.
Mas hoje é diferente;
a causa, ela não tem importância,
e a única certeza está no efeito de meus gestos já definidos e concluídos.
Há uma mudança certa nessa certeza da mudança.
O dia lá fora, ele está se apagando enquanto resplandece mais e mais.
E, se as pálpebras cobrem-me os olhos,
e a escuridão toma conta de meu olhar…
há Algo a me Iluminar.
Eu que sempre olhei para a certeza pensando em deflorá-la,
hoje meu saber consciente olha para mim como quem esconde um segredo universal.
Voei antes de bater as asas,
e não importa o que faça,
pense ou sinta agora,
nada vai apagar o que ainda está por vir;
o espaço mudo que separa essas linhas
do momento sorridente de meu m’encontrar.
Estampas n’alma.
Nada jamais será igual depois de cantado;
uma canção composta nada jamais será senão uma canção composta
– ecos na existência do ter existido.
Pousou minha fé.
Esperança cuida das marcas que traçou.
Minha convalescença,
ela faleceu antes de mim?
A primeira hora do dia;
o auge da noite,
quanto tempo falta?
Corda?
Não preciso dela para falar com Papai do Céu.
O frio de uma lâmina que retraia a garganta que queima mais uma vez?
Não.
Morrerá o pronome e o que ele É.
Aquele que só existe n’outro.
Apaga a escuridão.
Certeza dos comensais do outro lado,
eles esperam – eu vou.
Essa é minha carta de despedida para mim mesmo.
É hora de remar.
Hora de amar.
Do s’enterrar.
Adeus, meu igual.
Hoje eu abri meus olhos, eles estavam pesados e a claridade os feria.
Voltei a olhar pra dentro de mim, encontrei o mesmo vazio que estava ali ontem, um vazio silencioso e oco, nada havia sobrevivido.
Levantei.
As sombras ainda estavam ali,
As mesmas de ontem a noite que não saíram de perto de mim.
Elas também querem me enlouquecer eu acho...
Sorri pra elas, “vocês estão quase conseguindo, mais um pouco e vocês acabam comigo.”
Ouvi um silvo, um animal, elas estão felizes...
Tomei um banho frio,
A febre havia baixado e eu sinto calor.
Ouvi um choro
Minha sobrinha chorava,
Apavorada com as sombras,
Pedi pra se afastarem:
“VoCês já tem o que querem,
Deixem a criança em paz.”
Sai do banho,
Me olhei no espelho,
Estou mais pálida que de costume,
Nos olhos um vazio,
O nada.
Coloquei a blusa preta de gola alta
Pra esconder as mutilações no pescoço
Não preciso de olhares tortos sobre os machucados.
O visual negro.
A maquiagem foi passada mas que o necessário,
Escondendo os traços frios
Um rosto de porcelana
Percebi que minhas mãos tremiam...
Eu ia entrar em choque de novo,
As sombras se aproximaram,
Eu sorri.
“Dessa vez não.”
Sai.
O dia esta cinza
Dia Velho como eu costumava dizer.
O vento brinca com os meus cabelos loiros.
Passo por uma senhora
Que mora perto de casa
E todos dizem que é louca.
Ela me olha: “VoCê está mais bela hoje.”
Eu sorrio: “É porque estou morta”
Escuto o silvo do animal.
Adieu, mon cherie
Você não precisa saber que eu choro,
Porque me sinto pequena num mundo gigante.
Nem que eu faço coisas estúpidas quando estou carente.
Você nunca vai saber da minha mania de me expor em palavras,
que eu escrevo o tempo todo,
em qualquer lugar.
Muito menos que eu estou escrevendo sobre você neste exato momento.
E não pense que é falta de consideração eu dividir tanto de mim com tanta gente
e excluir você dessa minha segunda vida,
porque há duas maneiras de saber o que eu não digo sobre mim:
lendo nas entrelinhas dos meus textos e olhando nos meus olhos.
E a segunda opção ninguém mais tem...
segunda-feira, 21 de março de 2011
O sonho de residir internamente
Sozinhos viemos e sozinhos iremos embora
E quem sou eu para saber o que sinto
Compaixão que está me rasgando por dentro?
Atração da distância para o coração ou afinidade?
Será que o amor deixará ao coraçao uma ferida aberta
E eu não posso revelar o que eu nem mesmo sei
O amor que você sente você desperdiça em mim
Que tipo de amor nos deixaria sangrando
Nenhum tipo de amor deveria nos deixar sangrando
Se ao menos você pudesse ser
aquela que olharia pra dentro de mim
Eu me sinto tão incompleto
Um homem destruído precisando de amor materno
Estou sofrendo em silêncio
E ninguém quer ver
E somente deus assiste enquanto eu sangro
Uma estrela acima - minha outra metade
Sinta - é tudo que você precisa fazer
E isso irá curá-lo
Sinta a dor que te guiará de casa para a paz
Que reside dentro de sua mente
Sinta - é tudo que você precisa fazer
E isso irá curar a ferida
Sinta - haverá uma música para a paz
Que reside dentro de sua mente...
quinta-feira, 17 de março de 2011
Andando em passos tranquilos e calorosos pude perceber a sua ausência.
Não imaginara que de mim ela pudesse se afastar, principalmente, num dia de sol,
em que todas as coisas nomináveis se duplicam num efeito visual natural que só ela pode conceder tal beleza.
Mas de mim ela se afastara, poupara-me da tal beleza.
Então lancei este pensamento como prece:
- De ti não havia imaginado, Sombra,
não iamginara ser possível desprender. Pra onde foste?…
Segui na tranquila reflexão intraquila daquele fato novo,
daquele desaparecimento.
De súbito pude vê-la voltar.
Aparentemente feliz, pois a vi brincar com meu corpo,
crescendo ao passar por uma pedra, esticando quando passamos por uma árvore,
longe, próxima…
Não contive e nem hesitei a curiosidade,
prontamente exclamei alucinadamente:
-Pra onde foste, sombra? Porque te afastaste de mim?
Ela aquietou-se e me acompanhou sem nada dizer.
Absorvi um sofrimento como uma espécie de sacríficio.
Seguimos sem nada mais dizer…
Avistei um banco abaixo de uma Carvalheira,
o vento vinha em uivos arrastando folhas espalhadas ao chão. Sentamos.
Ela vestiu-se de silêncio…
… O vento movia meus cabelos loiros e ela imóvel permanecera ao meu lado….
Seu silêncio me ensurdecia…
Num leve pestanejar pude ouvir suavemente o rasgar de uma túnica em cetim,
senti cair aos meus pés, tinha cor de luz,
a suavidade de penas angelicais, aqueceu-me nostalgicamente naquele instante frio. Tocou-me friamente naquela ventania
e pude sentir como que um pincel em tinta gelada preta dissolvendo uma paisagem fria e esboçada do seus passos afastados de mim.
Mostrara-me em prece o que fora pedir aos deuses em favor de minha paz,
clamar que todos os meus horrores vividos pudecem ser apagados ou esquecidos.
Ela sentia sede de meu sorriso,
que com o passar do tempo havia se tornado raridade e/ou pura caridade,
mas que pra mim, nós, ele se recolhia.
Inquietou-se com o sereno de minha face,
das marcas de minhas cicatrizes, do luto de minhas vestes,
do desassossego de meus sonhos e pensamentos.
Partira pra saciar-se no Rio dos Infernos,
bebera das águas do esquecimento,
clamando que fossem retiradas de nós àquelas dolorosas lembranças…
Abraçou-me como irmã e beijou-me a face numa brisa suave,
senti amor.
Havia mais que tranquilidade naquele exato momento…
havia Amor em mim…
Amor em minhas marcas…
…Amor em meus novos passos…
Ergue-se uma Mulher despida das asas quebradas
de um anjo que muito lutou nesta Vida.
Guerreira fui.
Gurreira sou em mim.
Não sou a sombra de uma mulher.
Sou uma Mulher sem sombra…
sem desassossego.
Sou Feliz em minha serenidade.
Sou Feliz em mim…
…Em Paz
“(…) Eu que não me sentia um nada virara naquele(s) intante(s) “aquela” que puxava, que trazia, que iluminava, que e que …
Em verdade eu era ”esta” que não contivera suas lágrimas escorrendo pela face; que não controlava o sentimento que extraira de mim uma vitalidade que desconhecera possuir.
Foi a magia do acaso.
Tudo se movia como um bom pressentimento.
…pre-sentimento…
(…) Pois sei o que fui e o que surgiu a partir de um instante que não passou…
…simplesmente prevalece…
…felice.”
(…)Prostrada numa relva espiritual…
Deito-me na Poesia que nasce aqui…
Nasce aí…
…nos corações debulhados à vida e à dor e ao sublime amor (desamor para alguns)…
Ela simplesmente (re)produz a magia e a cura para os corações…
… (re)nasce quem lê e quem (re)cria…
… Nada é novo, pois não há nada que não tenha sido dito…
… Tudo é novo, pois o momento e o contexto é singular, é pessoal pra quem vive…(…)
Ƹ̵̡Ӝ̵̨̄Ʒ Do you believe in angels? Ƹ̵̡Ӝ̵̨̄Ʒ
Há um Anjo que se apresenta com suas vestes de luz,
com sua voz de doçura, com seu jeito sincero...
Sempre sorri.
Sempre quer abraçar.
Sempre envolve e alivia a dor.
Não discrimina, nem julga, acolhe sempre a todos.
Sua forma é gentil,
tem feições de força e poder irresistíveis.
Às vezes se apresenta como uma luz dourada,
outras vezes azul, rosa ou prateada...
É sempre da cor exata que nossos olhos puderem enxergar.
Alguns o descrevem com feições masculinas,
Bravas, severas
Outros com feições leves, calmas
Depende de quem o vê.
Para uns é jovem, outros o vêem idoso,
por vezes parece uma criança.
Porém todos sabem: ele toma a forma que preciso for
quando sua presença é necessária.
Assim ele pode parecer ser grande ou pequeno.
Pode tomar o formato do vento, da lua, das estrelas, do mar,
do céu colorido ao entardecer, para promover paz, alegria,
saúde ou beleza que emociona.
Também pode assumir a voz da mãe que acalenta ou a voz de um amigo
e até de um desconhecido nas horas de precisão.
Estar presente num beijo enamorado.
Naquele abraço, quando tudo parecia perdido.
Numa prece compartilhada.
Pode estar no sorriso que encanta, ou no pão comprado de manha.
Em uma obra de arte ou da tecnologia.
Ser a presença de alguém querido quando a doença visita.
Apresentar-se em forma de animal, de armadura que surge refletindo tudo no céu,
de gotas de orvalho, de chuva que molha a terra seca,
gerando vida na alma da Terra.
Sua essência pode gerar um livro,
ou uma essência que cure e alivie.
Para alguns ele pode vir como o carinho de um cãozinho,
que o afaga quando o dia torna-se pesado e sombrio.
Ou nos sons de alegria vindos de um filho que lhe chama.
Quando tocados por sua presença nos sentimos mais fortes
e seguimos mais felizes em nossa caminhada,
tem a força e a beleza de um dragão
um ser raro, mitológico imponente...
Um dia, após muitos encontros com este Anjo
descobrimos que ele nos deixou algo: um presente.
E esses são tempos de uma experiência única,
é quando sentimos que nossas palavras
exalam um perfume de encanto.
Quando descobrimos, surpresos, que somos nós, agora,
quem sempre sorri, sempre abraça,
sempre envolve e alivia a dor.
Sem discriminarmos a quem, sem julgamentos,
acolhendo a todos, de uma forma gentil e delicada,
mas ainda assim trazendo feições de força e poder irresistíveis.
Há um anjo chamado amor e ele vive na Terra,
espalhando bênçãos e tocando corações.
Perceba o pulsar deste anjo dentro do seu coração
quarta-feira, 16 de março de 2011
The Runaways - A dica musical do mês!
The Runaways foi uma das primeiras bandas apenas de mulheres que surgiu. Formada em Los Angeles (Califórnia) no ano de 75, foi a escola de Lita Ford e Joan Jett, além de influência para muitas bandas femininas surgidas principalmente na década de 90, como L7, Babes in Toyland, Girlschool, 7 Year Bitch, entre outras.
No final do ano de 74, em uma festa de ALICE COOPER em Los Angeles, o empresário Kim Fowley conhece Kari Krome, na época uma garota de apenas 14 anos, que mostra a ele suas poesias e letras de músicas. Fowley decide montar uma banda e aproveitar o talento da menina.
Kim Fowley era um empresário de rock famoso da época. Escreveu letras e produziu álbuns de muitas bandas famosas. Chegou a fazer figurino e coreografias para as bandas, além de escrever livros de poesia. Para se ter apenas uma idéia do seu currículo, ele canta com Frank Zappa em “Freak Out”, é agradecido por Guns’n Roses e Poison em seus álbuns de estréia e escreveu letras para bandas e músicos como KISS, Slade, Mötley Crüe, Alice Cooper, Emerson, Lake & Palmer, Cat Stevens e The Byrds. Era conhecido também por seus shows e marketing um tanto controlador e fake para as bandas que agenciava. Ele chegou, inclusive, a fazer várias das letras do The Runaways.
Nascida na Filadélfia, Joan Jett conhece Fowley no estacionamento do RAINBOW Bar, em Los Angeles, com 17 anos de idade. Logo começa a tomar aulas de guitarra para formar a banda imaginada pelo empresário e assim se torna a primeira Runaway.
Fowley decide anunciar nos classificados locais vagas para as outras integrantes e consegue encontrar a baterista Sandy West, que acaba levando também Micki Steele para o baixo (mais tarde ela faria parte do The Bangles). Fowley, com seus contatos, consegue que Nick St. Nicholas do Steppenwolf ensine Micki a tocar baixo e a banda começa a se empenhar para gravar algumas demos.
Kari não poderia fazer parte da banda por ser muito nova, porém várias das letras são dela, por exemplo “Thunder”, “California Paradise” e “Yesterday’s Kids”. O nome da banda foi inspirado em suas letras, que falavam sobre “young runaways” (algo como as fugas ou escapes da juventude), além de ser uma homenagem a ela.
No final de 75 a banda lança o álbum “Born To Be Bad” contendo as músicas das demos que elas já haviam gravado, incluindo os covers de “I'm a Star” de Ian Hunter e “Wild Thing” do The Troggs. Na época elas ainda estavam aprendendo a tocar seus instrumentos e o som era cru, numa mistura punkrock.
Na ocasião do lançamento desse primeiro álbum, Kim Fowley promoveu na mídia norte-americana as Runaways com a imagem de adolescentes sensuais, o que, aliada ao fato de que elas tinham entre 15 e 17 anos e o som era bastante cru e quase amador, foi motivo mais do que considerável para a mídia logo rotular a banda como um grupo de adolescentes irresponsáveis, imaturas e que não tinham sustentação musical. Prova disso, é que a aceitação da banda era muito baixa no país e “Born to be Bad” acabou sendo lançado comercialmente nos EUA só em 91. A banda era vista como um produto da indústria e não como uma banda de rock genuína e honesta. Outro obstáculo era a vocalista Cherrie Currie se apresentar de lingerie e cantar letras sobre sexo, o que seria bastante aceitável para a maioria das pessoas se ela não tivesse apenas 16 anos.
A garota londrina Lita Ford se junta à banda e fica com a outra guitarra. Fowley e a banda buscavam mais maturidade e convidam também Peggy, que tinha 19 anos, para ocupar o posto de baixista, antes de Micki. Depois de apenas algumas semanas, ela e a vocalista Cherie discutem pela disputa de quem cantaria a balada “You're My Fantasy" (que acabou nunca sendo lançada), fazendo com que Peggy saia e Jackie Fox (Jacqueline Fuchs) entre em seu lugar.
Depois das mudanças, é lançado em 76 o álbum “The Runaways”, também mal aceito apesar de muita publicidade e promoção. Fowley ainda parecia para o público estar manipulando a banda e a tornando artificial e superficial e a imprensa continuava preconceituosa com a banda, desmerecendo seu trabalho. As Runaways chegaram a ser chamadas muitas vezes de “rebeldes sem causa”.
Além de tudo isso, mulheres num rock mais agressivo eram exceção à regra, ao contrário do folk e do acid rock que já havia aberto espaço para elas desde JANIS JOPLIN entre outras. Joan Jett rebate qualquer crítica mais tarde dizendo que “o álbum mostrou para garotas adolescentes que elas também podiam aprender a tocar um instrumento e montar uma banda. E não ficar atrás de garotos que faziam isso”.
Apenas no final de 76 elas começam a ganhar um pouco de espaço e fazem seu primeiro show, em Nova Iorque. Em fevereiro do ano seguinte sai “Queens of Noise” com produção de Fowley e Earle Mankey, que já havia trabalhado com Concrete Blonde e Beach Boys. O design de capa é de Desmond Strobel, que fez também as capas de “Uriah Heep” (71) e “Salisbury” (71) do Uriah Heep; “Masterpiece” (73) do Temptations e “Rumours” (77) do Fleetwood Mac, e a fotografia é de Barry Levine, que também fotografou o Kiss em “Alive II” (77) e “Killers” (82) e o ABBA em “Álbum” (78). Os temas novamente são sexo, DROGAS, festas e a convivência entre jovens nas ruas e seus problemas.
As rádios ainda tinham certa rejeição em tocar as músicas da banda, mas as Runaways começam a alcançar grande público no Japão, inclusive lotando vários shows. Prova disso é o próximo álbum, “Live in Japan”, não ter sido lançado nos EUA. Único ao vivo oficial, o álbum foi gravado na tour japonesa durante o mês de junho de 77 e quando a banda começa a ter problemas de relacionamento por causa da dominação do produtor e do abuso no uso de DROGAS. Boatos, desmentidos pelos envolvidos, de que a baixista Jackie Fox tentou o suicídio no Japão abalaram mais uma vez a imagem da banda nos EUA.
De volta a Los Angeles, Jackie deixa a banda. Currie também sai por brigas com Fowley e Joan se torna também vocalista. Vicki Blue se junta à banda na ocasião no posto de baixista. Mais tarde ela produziria o filme documentário “Edgeplay” sobre a história da banda.
“Live in Japan” marca o fim da formação original: Joan Jett, Cherie Currie, Lita Ford, Jackie Fox e Sandy West. Contendo faixas dos álbuns “The Runaways” e do “Queens of Noise”, foi o álbum mais vendido do estilo no Japão na época.
Mesmo com as mudanças de formação, em dezembro de 77 já é lançado “Waitin’ For The Night” pela Mercury Records, estreando o contrato recém-assinado. Apesar disso, novamente não alcança sucesso nem as vendas esperadas nos EUA e Fowley decide deixar o The Runaways no começo de 78. A banda ainda lutava contra o preconceito que a própria produção havia induzido.
Joan toma a liderança e começa a colocar ordem na casa, mas diferenças musicais começam a surgir. Joan tinha mais influências da música punk, enquanto Lita e Sandy pendiam mais para o heavy metal e glam. A banda então decide contatar Toby Mamis (que já produziu Suzi Quatro e Blondie) para trabalhar o próximo disco e ele acaba indicando John Alcock (Thin Lizzy) para a função.
“And Now... The Runaways” sai em setembro de 78 pela gravadora Cherry Red Records, também do Dead Kennedys, somente na Europa e no Japão. Mais tarde esse álbum é lançado nos EUA com o nome “Little Lost Girls” e com pequenas mudanças no setlist. Ambas as versões trazem os covers “Eight Days a Week” dos BEATLES e “Mama Weer All Crazee Now” do Slade. Os teclados ficaram por conta de Duane Hitchings, que já tocou com Alice Cooper, Jeff Back e Rod Stewart.
Mais uma mudança no posto de baixista e Laurie McAllister entra na vaga deixada por Vicki Blue. Os problemas de relacionamento pioram e Joan decide sair em abril de 79. Com sua saída a banda não consegue se sustentar e se dissolve pouco tempo depois. O último show da banda foi realizado em uma comemoração de fim de ano em 78, em São Francisco. Um álbum TThe Runaways foi uma banda de rock dos Estados Unidos. Traduzindo ao português, seu nome significa "As fugitivas". A banda torno-se famosa por ser uma banda composta somente por mulheres que tocavam rock and roll, mostrando que não só os homens conseguem fazer rock de qualidade. Entre suas canções mais conhecidas estão "Cherry Bomb", "Queens of Noise" e "Born to be Bad". Em sua curta carreira (que durou até 1979), o grupo não ficou apenas nos Estados Unidos, mas fez turnê na Europa e também no Japão.
A idéia inicial de criar uma banda só de garotas foi de Kim Fowley, um empresário procurando pelo próximo grande sucesso. Assim ele apresentou a baterista Sandy West à guitarrista Joan Jett. Chamaram ainda a baixista Micki Steele, sem esquecer da compositora da banda Kari Krome. Ao final do ano de 1975 estava formado o grupo de três garotas chamado "The Runaways".
Começaram a fazer alguns shows na Califórnia, e em 1976 a banda cresceu. Entrou a guitarrista solo de dezesseis anos Lita Ford e a cantora principal Cherie Currie. Além disso a baixista Micki Steele deixou a banda, sendo substituida por Jackie Fox. Com essas mudanças a banda atingiu grande sucesso. No mesmo ano, gravaram pela Mercury Records seu disco de estréia, intitulado "The Runaways". Do disco saiu o sucesso "Cherry Bomb", e a banda saiu em turnê nos EUA, cujos shows costumava esgotar os ingressos. Elas também fizeram a abertura de shows de banda já consagradas como Van Halen.
Em 1977 lançaram seu segundo álbum, chamado "Queens of Noise" e então começou a turnê mundial. No desembarque em um aeroporto do Japão, tinha tanta gente, que Joan Jett descreveu depois como sendo algo parecido com a Beatlemania. Tiveram muito espaço na TV japonesa, ganhando um álbum ao vivo. Ainda no Japão, Jackie Fox deixou a banda. Joan Jett assumiu os baixos temporariamente, e ao voltarem foram ocupados pela garota de dezessete anos Vickie Blue.
Então, a cantora Cherie Currie deixou a banda, e então, Joan Jett, que fazia a segunda voz, assumiu o vocal principal. A banda gravou seu terceiro álbum de estúdio "Waiting For The Night" e começou uma turnê mundial com a banda punk The Ramones.
Em 1978, disacordos de ordem financeira fizeram as Runaways e Kim Fowley romperem com suas relações empresariais. O gurpo contratou um novo empresário, que também trabalhava para o grupo Blondie e Suzi Quatro. Romperem suas relações também com a gravadora Mercury. Houve troca de acusações entre a banda e o ex-empresário, e a baixista Vickie Blue deixou o grupo, sendo substituida por Laurie McAllister. Gravaram então seu último álbum "And Now... The Runaways".
A banda acabou oficialmente em 1979, por causa de problemas internos e externos. Havia muitas críticas da imprensa estadunidense, que não estavam preparados para ver garotas adolescentes com atitude, que escreviam e tocavam as próprias músicas e seus próprios instrumentos. Existiam também os problemas internos. de constante troca de integrantes, e sub-gênero do rock a ser seguido. Joan Jett, guitarrista base preferia o punk, enquanto Lita Ford tinha preferência pelo Heavy Metal.
A banda acaba, mas deixou a mensagem principal de que mulheres podem fazer Rock..
Nota de Alice: Assistam o filme The Runaways!! Pras mulheres que curtem o bom e velho rock n' roll é simplesmente um filme inesquecivel
“Quando nasci um anjo esbelto,
desses que tocam trombeta, anunciou:
vai carregar bandeira.
Cargo muito pesado pra mulher,
esta espécie envergonhada.
Aceito os subterfúgios que me cabem,
sem precisar mentir.
Não sou tão feia que não possa casar,
acho o Rio de Janeiro uma beleza e
ora sim, ora não, acredito em parto sem dor.
Mas, o que sinto escrevo. Cumpro a sina.
Inauguro linhagens, fundo reinos
(dor não é amargura).
Minha tristeza não tem pedigree,
já a minha vontade de alegria,
sua raiz vai ao meu mil avô.
Vai ser coxo na vida, é maldição pra homem.
Mulher é desdobrável. Eu sou.”
ADÉLIA PRADO
“Tenho cérebro masculino,
como lhe disse,
mas isso não interfere na minha sexualidade.
Já o coração sempre foi gelatinoso,
me deixa com as pernas frouxas diante de qualquer um que me convide para um chope. Faz eu dizer tudo ao contrário do que penso:
nessas horas não sei onde foram para minhas ideias viris.
Afino a voz, uso cinta-liga,
faço strip-tease.
Basta me segurar pela nuca e eu derreto,
viro pão com manteiga,
sirva-se.”
MARTHA MEDEIROS
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