quarta-feira, 21 de agosto de 2013


“O fim do mundo e atirar-se na esponjosa turfa e beber esquecimento, com o riso rouco dos gralhos ressoando na altura. Apressou o passo, correu, tropeçou, as ásperas raízes das urzes atiravam-na para o chão. Tinha quebrado o tornozelo. Não se podia levantar. Mas ali ficou feliz, deitada. O cheiro do mirto dos pântanos e da filipendula estava em suas narinas. A risada dos gralhos estavam em seus ouvidos. "Encontrei meu companheiro", murmurou. "É o campo. Sou uma noiva da natureza" susurrou, entregando-se, extasiada, ao frio abraço da erva, envolta em sua capa, na cova junto ao poço. "Aqui ficarei".”

Virginia Woolf

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