"...Nasce boneca,
Rostinho de porcelana,
corpinho de pano...
Da boneca, o pano vai se desgastando,
rasgando, a porcelana racha, quebra a cara.
Tenta se esconder achando que fuga é proteção,
e de repente: cadê a boneca que tava aqui?
Fica sem graça ao perceber que não perde a graça trocando porcelana e pano por carne e osso,
e aí já é tarde demais...
Virou gente, e então fica tudo mais complexo,
as coisas saem de controle.
Aí diz uma coisa, repete, diz uma coisa, e nós aqui, vendo outra coisa.
Contradição...
Confusão...
Como cantou Cazuza: Tuas ideias não correspondem aos fatos!
E essa confusão grita aos olhos do povo que a assiste.
Quem é você?
Você sabe?
O que você deseja?
O que você faria se pudesse escolher,
você sabe?"
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