terça-feira, 31 de maio de 2011
É tudo culpa do meu signo então...
A mulher de Peixes
A mulher de Peixes é conhecidíssima no zodíaco. São as mulheres à moda antiga, digamos assim. As mais femininas de todas, de uma forma que nem as librianas sabem ser. Se você procura a mulher para quem você puxa a cadeira, que pula nos seus braços quando sente medo e que olha pra você com toda a admiração que você viu poucas vezes na sua vida, então aqui está sua Chapeuzinho Vermelho. Proteje-a do lobo.
Ela é uma sonhadora, crente fervorosa no alter ego das pessoas que ama. Ela crê que o homem com quem está é capaz de protege-la de uma dúzia de perigosos bandidos que possam abordá-la numa rua obscura. E um toque de sua fé mágica acaba convencendo-o que sim, é possível. Ela é a mulher que muitos homens desejam, e acaba atraindo para si muitos dos olhares masculinos. Ela é isso... Nem mais, nem menos. Mulher na medida de uma mulher.
A amante de peixes é como retiro espiritual onde você recarrega suas energias. Ela é suave e torna as coisas suaves. Acalmam. E sem fazer força ou usar de artificios acabam atraindo os homens pela energia que emana. Dificilmente culpará você por tudo, será exigente ou egoísta. É tão boa que nem parece verdade. O que é interessante porque as piscianas também são conhecidas por serem esponjas humanas. Absorvem para si todos os problemas dos outros. Assumem, decidem cuidar deles. Certamenteque ela tem um bocado de problemas em sua vida e é bom que você não seja mais um deles. Elas são plácidas, mas vez ou outra (assim no susto do de vez em quando) ela abre firme suas guelras e esbraveja pra fora tudo que ela quiser...Porque é o direito dela depois de tanto tempo absorvendo tudo. Então, cuidado, uma hora seu peixinho vai pular pra fora do aquario se você abusar demais.
São sonhadoras e ex-tre-ma-men-te sentimentais. Quando se sente magoada é capaz de derramar rios inteiros de lágrimas. É o tipo da mulher que chora na DR. E pode acreditar que você vai se sentir um assassino de coelhos nessa hora achando que cometeu a maior maldade do mundo. Elas sabem como parecer frágeis. Bom, mas elas não são. De outra forma, como elas poderiam ter sobrevivido ao enxame de conflitos e atribulações que rondam sua vida? Elas são fortes porque continuam a nadar sempre, como um peixe.
São tímidas. Tímidas mesmo. Então vai dar um trabalho se você quiser pescar o seu peixe. Ela ficará acanhada de vir abocanhar a isca. Em casos mais extremos a pisciana fecha bem suas escamas, foge do cardume e começa a imaginar porque é assim tão só. No fundo, seu intenso desejo de fazer bem a todas as pessoas que ama, a faz crer que sua presença e suas vontades, de alguma forma, está pressionando, impondo, explorando ou se aproveitando dos outros, quando na verdade não é nada disso. Nessas horas é importante que seu amante seja alguém independente, firme e eloquente para colocar ordem no oceano pisciano.
Mas no fim dessa história a mulher de peixes sempre será aquela moça exalando feminilidade para todos os lados. A que passa com os olhos masculinos acompanhando, não seu porte, não sua beleza, apenas ela. Porque é difícil achar uma mulher que decidiu se assumir estritamente como mulher e o mínimo possivel de masculinidade. Ela não quer avançar, não quer corromper e nem muito menos trocar os papéis com seu namorado. Ela só precisa ser enlaçada por seu braço forte em troca de sua paz.
É um oceano particular. Tormenta e calmaria em curvas precisamente femininas.
Não deixe escapar essa mulher de suas mãos.Ver mais
Eduardo Aguiar escreveu essas características das Mulheres dos 12 signos, o fez perfeitamente... Através de estudos e adaptações que ele realizou em um livro, a saber GOODMAN, Linda. Seu futuro astrológico. Rio de Janeiro: Record, 1968. Quem estiver interessado em ler... Segundo o próprio Eduardo, é um livro muito interessante...
segunda-feira, 30 de maio de 2011
Aos poucos, ela se esquece dos socos, pontapés, golpes baixos que a vida lhe deu, lhe dará. A moça – que não era Capitu, mas também têm olhos de ressaca – levanta e segue em frente. Não por ser forte, e sim pelo contrário. Por saber que é fraca o bastante para não conseguir ter ódio no seu coração, na sua alma, na sua essência. E ama, sabendo que vai chorar muitas vezes ainda. Afinal, foi chorando que ela, você e todos os outros, vieram ao mundo...
"Meu Deus, não sou muito forte!
Não tenho muito além de uma certa fé
– não sei ser em mim, se numa coisa que chamaria de justiça-cósmica ou a-coerência-final-de-todas-as-coisas.
Preciso agora da tua mão sobre a minha cabeça.
Que eu não perca a capacidade de amar, de ver, de sentir.
Que eu continue alerta.
Que, se necessário, eu possa ter novamente o impulso do vôo no momento exato.
Que eu não me perca, que eu não me fira, que não me firam, que eu não fira ninguém. Livra-me dos poços e dos becos de mim, Senhor.
Que meus olhos saibam continuar se alargando sempre..."
CF
Excesso de coragem, de medo, de amor, de paixão, de felicidade, de desejo e até mesmo de loucura.
Ligar desesperadamente para uma pessoa sem saber direito o que dizer, nem se quer dizer.
Planejar durante horas tudo o que falar e na hora tomar um rumo totalmente oposto à suas ideias.
Acordar às 4h da madrugada para pensar na vida, mesmo que o sono lhe queira fechar os olhos.
Chorar com gosto, mas com gosto mesmo, até a cabeça doer.
Dormir e esquecer quem foi você no dia anterior, porque acordar é nascer de novo.
A vida, vez ou outra, demonstra seu excesso de cor,
nós, uma vez ou outra, praticamos nossa arte de colorir.
Mudamos o mundo, trocamos as coisas de lugar, invertemos as situações, pintamos um céu cor-de-rosa e um mar amarelo, fazemos nascer margaridas no impossível e o impossível na simplicidade.
Tornamos 24 horas um mar de possibilidades ou um mero dia, só depende de nós...
Tudo está num gesto imprevisível.
Que a vida permaneça com essa virtude: ser excessivamente deslumbrante!
Em qualquer coisa, não importa o quê.
Desejo esperanças novinhas em folha, todos os dias.
Tomara que a gente não desista de ser quem é por nada nem ninguém deste mundo.
Que a gente reconheça o poder do outro sem esquecer do nosso.
Que as mentiras alheias não confundam as nossas verdades, mesmo que as mentiras e as verdades sejam impermanentes.
Que friagem nenhuma seja capaz de encabular o nosso calor mais bonito.
Que, mesmo quando estivermos doendo, não percamos de vista nem de sonho a ideia da alegria.
Tomara que apesar dos apesares todos, a gente continue tendo valentia suficiente para não abrir mão de se sentir feliz.
As coisas vão dar certo.
Vai ter amor, vai ter fé, vai ter paz – se não tiver, a gente inventa.
Eu quero ser feliz, não quero ter melancolia nenhuma.
Eu faço força para manter algumas esperanças acesas, como velas.
Repito sete vezes para dar sorte: que seja doce que seja doce que seja doce e assim por diante.
Que seja bom o que vier, sempre..."
CF
domingo, 29 de maio de 2011
"Estou tão cheia de me sentir vazia"
As vezes fico a me perguntar como o ser humano pode ser tão desprezível e nojento ao ponto de não se preocupar com seu próprio semelhante. Já é o meu segundo post aqui que calunio a humanidade em si, e é claro que não estou me tirando desse grande núcleo não. Eu também sou desprezível.
Só fico abismada às vezes pelas pessoas falarem coisas que magoam que ferem e realmente não estarem nem ai com isso, a questão é ferir sentimentos, acho que todo mundo tinha que ter um sensor na cabeça, tipo. Presta atenção que você vai falar merda. Então para com isso antes que acaba magoando outra pessoa.
Minhas ultimas experiências com seres humanos não estão dando muito certo não, estou ao ponto de gritar Raul Seixas em seu outro plano astral pra que possa mandar o moço daquele disco voador vir me buscar, porque realmente não estou dando mais conta de ficar aqui.
Cada dia que passa me sinto mais só nesse planeta deste tamanho. Não é possível, são sete bilhões de pessoas, será que eu não consigo uma pessoa no meio disso tudo que vai colocar a mão no meu ombro e falar: Menina eu entendo você.
As crianças que aqui se encontram que me perdoem: MAS QUE PORRA!!!!
Eu to cansada...eu estou muito cansada. De perder noites de sono a toa pensando em um monte de merda que não vai dar em nada mesmo, estou cansada de chorar um dia todo por babaquices dos outros, o pior de tudo é pensar que todo mundo tem direito de apontar o dedo na minha cara e falar o que estou sentindo ou acham que estou sentindo, quem eu sou, e o que estou fazendo nesta droga de lugar.
Quer saber, vão pro inferno!
To cansada de perder minhas noites em bares, festas, internet e deitar a cabeça no travesseiro sentindo tudo oco aqui dentro, vazio, sem nada, apenas com um eco de solidão!
To cansada de perder paginas e paginas num mundo cor de rosa de contos de fadas e abrir os olhos todas as manhas com um grito ecoando na garganta de “PORQUE TUDO ISSO” qual é o sentindo da vida....o que é?? Um concurso que eu quero prestar...pra que?? Pra ganhar um status na sociedade da delegada mais bonita do ano e ter um bonito salário pra esfregar na cara do espelho dizendo pronto você conseguiu o que tanto queria....
Qual é o sentido de estar viva se esta sozinha..qual o sentido de ter meu celular tocando milhões de vezes com convites pra sair, ter o msn ligado com pessoas falando se nenhuma delas esta aqui agora enxugando as lagrimas que estão caindo no teclado do computador...
Qual o sentido da minha dor??????
Por favor...por favor..se existe um deus em algum lugar tem uma menina aqui, que precisa de você! So faz essa dor parar um pouco, só faz essas lagrimas pararem de cair um pouquinho por favor, só faz essa sensação de solidão acabar e parar de me tirar o ar....por favor!!!
sexta-feira, 27 de maio de 2011
Na fronteira entre o Bem e o Mal - PRÓLOGO
Esta frio,
Tento abrir os olhos mas as pálpebras estão pesadas,
Meu corpo não se meche....
Tenho medo!
O que houve comigo???
Faço um esforço supremo e meus olhos se abrem,
Abro para fecha-los imediatamente,
Uma escuridão…estou rodeada de escuridão...
Mas, eu tenho medo do escuro!!!
Por favor, alguém me ajude!
Minhas asas??? Elas não se mexem!!!!
Meu corpo paralisado...
Frio...escuridão
Medo...solidão...
Por favor...
Socorro...
Alguém por favor me tira daqui!!!
Então sinto-me levantar.
Não tenho forças pra ver quem está lá,
Ele me segura forte,
O calor do seu corpo vai me aquecendo aos poucos..
De repente de olhos fechados sinto o clarão do dia voltar!
Quando me sinto bem abro os olhos...
Estou nos braços de um demônio!
quarta-feira, 25 de maio de 2011
terça-feira, 24 de maio de 2011
Girl From Lebanon - Europe
Está na hora de mudar seus caminhos.
Está na hora de achar seus sonhos despedaçados
que se perderam na névoa.
Está na hora de arrancar esses sapatos de concreto!
Eles mantiveram você para baixo por muito tempo
Pois dias problemáticos vem e vão,
E a noite apenas começa,
Outro amanhecer ainda está por vir.
Siga em frente minha pequena e única
Garota de Líbano.
Está na hora de aceitar as mudanças,
Elas virão de todos os lados.
Está na hora de se realizar,
Liberdade foi conquisatada.
Está na hora de encontrar o futuro
E esquecer sobre o passado.
Está na hora de fazer uma boa coisa durar!
Está na hora de cortar os arames farpados
E sair pela rua
Está na hora de ficarmos
Por toda a noite
E perder todo tipo de sono.
Está na hora de vistir esse brilhantejeans azul
E deixar seu cabelo solto!
A palavra de paz está vindo à volta!
segunda-feira, 23 de maio de 2011
Breves Considerações sobre coisa nenhuma
Hoje me peguei pensando na humanidade.
Vi em algum lugar que este seria o ultimo final de semana do planeta e que o mundo ia acabar, mas, será que realmente ainda não acabou????
As pessoas estão cada vez mais mortas. O sentimento esta morto em cada uma delas.
Quando era criança vivia assistindo filmes de ficção-cientifica ou terror, onde as pessoas eram transformadas em mutantes ou Zombies que saiam por aí comendo cérebros e fazendo insanidades. Muitas vezes, isso acontecia por um vírus infecto contagioso que era espalhado em determinado lugar e acabava se propagando pelo mundo.
Será que não soltaram um vírus desse pelo mundo não? E sem agente saber, ele esta entrando em nosso sistema e nos fazendo ficar dessa maneira.
Um vírus novo, que aparentemente não te causa estragos nenhum, mas por dentro, ah por dentro ele mata qualquer vinculo de humanidade que você tenha.
Ele primeiro afeta o coração, tirando os sentimentos bons de lá de dentro e o transforma numa pedra de gelo, frio, incapaz de se comover com o choro de uma criança com fome. E depois, bom depois ele vai pro seu cérebro e começa a habitar lá, sempre que você sente vontade de fazer uma coisa boa ele interrompe seu pensamento, ele só te faz pensar em coisas individualistas, ele apenas se importa com o material. Você não consegue mais admirar o nascer e o por do sol, porque você precisa trabalhar e não pode perder tempo com coisas assim. Você não se importa mais com o sentimento alheio, destrói seres humanos como você.
Esse vírus faz com que você se sinta único, ele faz o narcisismo desenfreado nascer dentro de você. Você só enxerga você mesmo, usa pessoas, destrói lares, mata crianças, não vê pessoas dormindo na rua com frio, é incapaz de estender a mão pra ajudar quem quer seja, um bêbado, uma pessoa doente, porque você começa a pensar que ele merece estar como está, e foda-se o resto, você já tem problemas demais pra se preocupar com uma pessoa que não é nada sua.
E você começa a achar normal machucar os bichinhos da terra, porque eles são bichos e não tem sentimentos. E você acha normal trabalhar 20h por dia porque afinal você precisa muito daquele carro modelo novo, daquela jóia linda da Tiffany, e daquela bolsa fabulosa da Victor Hugo...você começa a fazer pessoas de degrau e acha normal isso porque você precisa crescer custe o que custar, e esta sempre disposto a pagar o preço que for por isso.
Você acha normal uma pessoa invadir uma escola e matar crianças, afinal ele foi vitima de bullyng, você acha normal colocar um vídeo na internet da sua namorada transando com você, porque assim, expor as pessoas é divertido. Você acha demais roubar a senha do MSN de alguém e começar a caluniar a pessoa, mesmo sendo ela uma menina de 12 anos....é tudo tão normal hoje! É a tecnologia né...
E na vida real bem, na vida real você passa de cabeça erguida pela rua, porque esta vestido como a moda pede, esta num emprego legal e tem um belo estudo e um futuro brilhante pela frente, mas é incapaz de olhar pra baixo por um minuto que seja e ver a mão de uma senhora esfomeada pedindo moedas pra comprar comida.
Seres humanos...que seres humanos?? Onde está a humanidade nessa droga de mundo...
Só pode ser um vírus, qual melhor explicação pras pessoas começarem a ficar assim. O filosofo Kant acreditava que todas as pessoas nascem naturalmente más, ele que me desculpe mas eu não acredito nisso, prefiro acreditar em Rousseau “o homem é naturalmente bom, sendo a sociabilização a culpada pela deturpação do mesmo”.
Mas se for assim, como mudar o conceito de uma sociedade, como fazer com que esses Zombies que acreditam ser seres humanos destruam esse vírus dentro do seu coração e da sua mente????
Não sei...será que realmente o mundo não tem mais concerto??? Agora é sentar e esperar o seu fim???
Eu quero mudar o mundo...será que eu consigo?????
"Sentada, com os olhos fechados, quase acreditou estar ela mesma no País das Maravilhas, mesmo sabendo que quando abrisse os olhos novamente tudo voltaria a ser a realidade de sempre..."
sábado, 21 de maio de 2011
A TE,,,
A você que é o único no mundo
A única razão
Para chegar bem ao fundo
De cada respiro meu
Quando te vejo
Depois de um dia cheio de palavras
Sem que você me diga nada
Tudo se faz claro
Pra você que me encontrou
Na esquina com os punhos fechados
Com as minhas costas contra o muro
Pronto a me defender
Com os olhos baixos
Estava na fila
Com os desiludidos
Você me acolheu
Como um gato
E me levou contigo
Para você canto uma canção
Por que não tenho outra coisa
Nada de melhor para te oferecer
De tudo aquilo que tenho
Pegue o meu tempo
E a magia
Que com apenas um salto
Nos fará voar pelo ar
Como bolinhas de sabão
Para você que é
Simplesmente é
Essência dos meus dias
Para você que é o meu grande amor
E o meu amor grande
Para você que pegou a minha vida
E dela fez muito melhor
Para você que deu sentido ao tempo
Sem medi-lo
Para você que é o meu amor grande
e o meu grande amor
Para você que um dia
Chorei em sua mão
Tão frágil
que você poderia me matar apertando um pouco
E depois me fez ficar
Com a força de um avião
Prender na sua mão a minha vida
E puxá-la para um lugar seguro
Para você que me ensinou a sonhar
E a arte da aventura
Para você que acredita na coragem
E também no medo
Pra você que é a melhor coisa
que me aconteceu
Para você que muda todos os dias
E se mantem sempre o mesmo
Para você que é
Simplesmente é
Essência dos meus dias
Essência dos meus sonhos
Para você que é
Essencialmente é
Essência dos meus sonhos
Essência dos meus dias
Para você nunca se agrada
E é uma maravilha
As forças da natureza se concentram em você
que é uma rocha, uma planta, é um furacão
É o horizonte que me acolhe quando me afasto
Para você que é a único amigo
Que eu posso ter
O único amor que queria
Se não te tivesse comigo
Para você que entrega a minha vida
Bela de morrer
Que consegue produzir no cansaço
Um imenso prazer
Para você que é o meu grande amor
E o meu amor grande
Para você que prende a minha vida
E dela fez muito melhor
Para você que deu sentido ao tempo
Sem medi-lo
Para você que é o meu amor grande
e o meu grande amor
Para você que é
Simplesmente é
Essência dos meus dias
Essência dos meus sonhos
Para você que é
Simplesmente é
Companheira dos meus dias
Essência dos meus sonhos
sexta-feira, 20 de maio de 2011
E vai ser assim para sempre...até que a morte não separe...
Bo...
quinta-feira, 19 de maio de 2011
Eternal Sunshine of the Spotless Mind
Há algum tempo atrás eu o havia avistado no bar. Estava sentado silencioso numa cadeira mais ao fundo. Época de faculdade, o bar estava lotado. Ele ficou me olhando.
Nessa época eu havia acabado de terminar um relacionamento. Estava bem, mas ainda sentia falta dele, tanto que ainda usava a medalha do Ancanjo Gabriel que ele havia me dado de presente, mas o olhar daquele homem me intrigou.
Peguei a cerveja no balcão e fui sair do bar pra encontrar com os meus amigos lá fora. Ele então se levantou e veio em minha direção.
_ Tome menina. Quem sabe um dia, você possa precisar. Um passado mal vivido pode acarretar grandes decepções futuras. Se quiser algum dia esquecê-lo, basta me procurar.
Ele então me entregou um cartão, e saiu. Fiquei ali parada olhando intrigada pro cartão, era feito de um papel grosso e negro, no meio do papel em letras caprichadas estava escrito em prata:
“"Quem controla o passado, controla o futuro.”
Dr. Orwell
E um endereço rabiscado no verso.
Achei uma situação estranha, mas guardei o cartão na carteira e fui pra fora do bar.
Algumas primaveras se passaram, muita coisa aconteceu na minha vida, coisas boas e ruins, algumas deixaram cicatrizes que o tempo fez questão de apagar e outras nem um arranhão deixaram. Lembranças tenras da minha juventude com os amigos...
Mas aí aconteceu o pior, uma brincadeira de mal gosto do destino me atingiu, de uma maneira bruta e violenta, e assim como um passarinho atingido pela pedra de um menino inconseqüente com um estilingue, eu caí ferida de volta ao chão. As asas já não batiam, a dor era latejante no meu peito, tudo perdeu a cor, era tudo vermelho sangue de raiva e negro de ódio. Eu virara uma pessoa desconhecida pra mim mesma...
Se me perguntarem o que aconteceu não me recordo agora....é tudo branco quando tento me lembrar do que ocorreu para me deixar assim em tão deplorável estado. Mas eu perdi o controle sobre meus atos, aquilo já não era mais eu mesma.
Só sei que por um estralo em minha mente me veio a tona aqueles olhos no bar, o senhor que me olhava e o seu cartão estranho falando sobre o passado....passado...eu precisava destruir o meu.
Mas aonde eu havia colocado...
De repente olhei pra cima do guarda roupa e lá havia uma caixa, não me lembro bem o que havia dentro, apenas me recordo que era rosa. O cartão estava lá.
Olhei o endereço, era perto da rodoviária aqui da minha cidade.
Não pensei duas vezes, e sai porta a fora pelo frio.
Já era tarde da noite quando lá cheguei. Olhei no terminal rodoviário, estava marcando 13 graus, num horário de 10:03...eu ri...ironia do destino...
Quando cheguei no endereço a casa me deu calafrios. Era toda cercada de plantas, escura e sombria...mas a dor em meu peito de decepção era tão grande que eu precisava de ajuda. Resolvi arriscar.
Apertei a campainha e nada....por um minuto pensei que ele já havia se mudado, tantos anos haviam se passado. Resolvi insistir e no momento que ia apertar novamente, ouvi o barulho de uma porta se abrindo, e la dentro um senhor com os mesmos olhos de alguns anos atrás me fitou desconfiado.
_ Em que posso ajuda-la menina?
_ Eu vim em busca de ajuda. Estou doente, e acho que o senhor é o único que pode me ajudar. Por favor..._ eu chorava novamente e minhas mãos tremiam.
Ele então veio em minha direção por um corredor escuro coberto por arvores. Olhou em meus olhos e me convidou a entrar.
Apesar do medo eu entrei. Aquilo que estava dentro de mim era como um câncer, um tumor maligno que estava me destruindo por dentro...se ele não fosse retirado rapidamente de mim eu iria morrer.
_ O que você precisa?
Eu me lembro da sala, lá dentro havia um cômodo escuro com um escrito LOVE ME em luzes rosa luminosas...não me lembro de muita coisa que aconteceu depois...acho que devo ter contado o momento do meu desespero...tudo que havia acontecido...e do sentimento ruim que estava dentro de mim me transformando...me lembro apenas dele dizendo que tudo ia passar e logo eu não me lembraria de nada daquilo que eu não quisesse. Lembro também de ter acessado a internet e apagado varias coisas em redes sociais, blog, tudo...mas, não me recordo do que eram...
Lembro dele me dizendo de uma experiência, uma cirurgia experimental que me faria esquecer tudo aquilo que não deveria ser lembrado, tudo aquilo que me fazia mal seria apagado da minha memória, como num filme onde se cortam as cenas, ele iria cortar o meu passado.
Lembro de ser levada a sala com o escrito rosa e ele me explicando que muitas pessoas o procuram pelo amor, pelo amor de um parente que se foi, pelo amor de uma vida que se apagou....muitos motivos para se esquecer um passado, mas todos eles giravam em torno do AMOR, aquela sala era como um tumulo onde o amor era morto. Ele sorriu ao dizer isso, e me perguntei quantas vezes ele não deveria ter matado o amor dentro dele....
A sala parecia uma sala de cirurgia comum como todas as outras, exceto por um aparelho bem no centro. Alguns fios foram colocados na minha cabeça...e depois...bem..e depois não me lembro....eu acordei....e conseguia respirar, a dor em meu peito havia passado. Aquela angustia e sofrimento havia acabado. Olhei pra sala e uma senhora simpática lia “O morro dos ventos uivantes” eu sorri lembrando de como amava aquele livro. Ela percebeu que eu acordará e veio ao meu encontro.
_ Você já está bem minha querida, pode ir pra casa agora.
_ Mas e o doutor? Quanto ficou minha cirurgia?
_ O doutor esta repousando, suas lembranças eram muito profundas e fortes, tivemos grande trabalho pra retira-las de você. Mas agora, seu passado não a perturbará mais. E quando ao valor, bem o doutor não cobra pra esse tipo de serviço, pra ele é sempre uma grande dádiva matar um amor que não merece ser lembrado no coração e na mente das pessoas.
Eu me levantei e fui guiada até a porta de entrada da casa. Agora eu conseguia ver tudo com melhor nitidez, havia quadros de paisagens lindas, e fotos, muitas fotos, do doutor e da senhora simpática....inclusive de casamento e de filhos.
_ Nós somos muito felizes. Temos filhos maravilhosos e nos amamos. Mas juramos um ao outro que ajudaríamos as pessoas que não tiveram a mesma sorte que nós, a esquecer de tudo aquilo que lhes fazem mal. Somos cientistas e sempre estamos por aí ajudando pessoas que assim como você, precisam esquecer de algum erro do passado. Você deu muita sorte, é nossa ultima semana aqui.
Eu sorri...sorte, muita sorte mesmo.
_Obrigada por tudo..e agradeça ao doutor por mim.
_Não tem que agradecer menina, só seja feliz, sempre.
_Eu vou ser.
Eu sai pela noite gelada.
Mas agora eu sentia prazer em caminhar por ela, o frio cortante me trazia alegria, eu podia ver a beleza das ruas desertas com a neblina baixando....meu coração estava em paz. Aquilo ,seja lá o que fosse, tinha sido retirado de dentro de mim, e eu poderia finalmente recomeçar a sonhar!
terça-feira, 17 de maio de 2011
o Destino
quinta-feira, 12 de maio de 2011
“Tome cuidado para que ao se desfazer dos demônios, você não se desfaça do que há de melhor em você” – NIETZSCHE
Legião tornou-se não mais que um nome só, no lugar onde Estou.
No lugar este, onde permaneço estando.
Você lembra?
da endemoninhada que fui.
…quando como que uma hecatombe de porcos berrava, mugia e se debatia de uma só vez, vez que se estendia, desdobrava;
e era tudo não perto, ali próximo ao mar, mas dentro de mim?…
Mas está diferente, sigo permanentemente aqui; percebo dentro de mim e noto, presente, a falta, densa que é difícil mover-me.
Aqui procuro, chamo, bato, tiro a poeira dos móveis,
lavo louças, passo cafés, acendo cigarros, leio livros,
ponho poesias pra tocar, penso breve bruxarias e paganismos,
olho para santos, escuto umbandices,
dou voltas em torno de meu próprio eixo muito perto do espelho,
olho fotografias antigas para certificar-me que eles não estiveram o tempo inteiro na cara que talvez não tenha mais e com uma freqüência muito mais constante do que a que eu ponho em todas essas coisas, eu não os encontro.
É como uma coisa que ficou que encontro essa coisa que não ficou,
como um vestígio, uma morte, como um pão talhado, um corpo (ou um copo) virado do avesso, aberto, de onde, nesse estado, a vida escapa. E essa vida – embora nem sempre tenha sido assim, pois éramos Legião, pois que éramos muitos – é uma só.
Só – permanece – essa espécie de vestígio de fogo que queimou.
Esse ter pensamentos que pensar e não os conseguir pensar.
Olhar as tardes e ver as tardes, nada mais que as tardes.
Passar pelos verdes e neles não poder distinguir mais que verdes.
Olhar um sorriso de criança na rua, olhar nas mãos e não ter um brilhante,
um caule de flor que enfiar-lhe nas mechas.
Foi – como uma esperança sem nome – se é que isso faz algum sentido – que um dia esteve ausente e em sua distância erguia-se imperiosa tão longe onde a consciência não podia estar e qualquer coisa aqui dentro ilogicamente se dez-dobrava como um sino, e éramos dez e éramos dez mil vozes falando ao mesmo tempo coisas sem o menor sentido, tentando amarrar e amarrando o ineamarrável, como essa palavra, assim: ineamarrável; conectando coisas desconexas.
E percebo, como era fluído meu caminhar entre eles.
Onde estão vocês, Adramelech!, Ahpuch!, Ahriman!
Parece distante aquele tempo, como a floresta para onde voava aquela solitária suicida Fênix das mitologias.
Distante como essa Fênix que todos devem supor que queimou demais, até a última cinza, o pó virando mais do que pó, virando coisa nenhuma, se é, claro, que coisa nenhuma possa mesmo ser mais que alguma coisa.
Besteira, isso é sofisma. Não mais que só sofisma...
Onde estão vocês, Adramelech!, Ahpuch!, Ahriman!
Legião!
Fernando Pessoa! Clarice Lispector! Caio Fernando Abreu!
Acaso consumiram-se em seu próprio fogo?
Veraneando
Assim uma sombra… que nada procura.
Nem lembro quanto tempo faz, criei um estado escuro, pouco úmido a minha volta.
Nele me faço ou me cuido enquanto estou doente, só fico, que é meio preguiçoso nele. Tento me salvar, vezes que penso que a febre não vai passar e o inerte dos membros vão permanecer, desvairado até coloco desvario no pensamento de que o sol vai correr, vai sair do lugar, vai pra frente, vai pra trás, não terá sempre sombra e não será preguiçoso sempre aqui e pensar que não será preguiçoso sempre me inquieta, então tento correr pra fora do estado, levanto-me com os pés e com as mãos, mexo rápido as pernas pra me tirar daqui correndo, mas é úmido, escorrego, perco o chão, fico no ar um pouco espasmódico e! é, caio um pouco desengonçado, meio dentro de um ridículo.
Penso as vezes que tá tudo bem, que não depende de mim ir pro sol e que talvez ele, o sol, é quem escolhe pra quem nasce. E é aí, nesse instante exato em que começo a pensar, que encontro um socorro – usando essas palavras assim tão dramáticas, se bem que drama lembra tragédia e tragédia me lembra as satíricas em que se chora nela toda pra rir no fim ou o contrário, não lembro bem, mas vê -, encontro um socorro. Por um momento fecho os olhos e me esforço, me esforço de verdade como numa jaula humana onde sua unica grade ou comogol está alta demais e num esforço fico na ponta do pé pra sentir o sol na cabeça que assim é mais fácil pensar certas coisas.
E eu penso em você e quando eu penso em você eu pego um momento e não importa a data e não importa que horas são nem se é noite ou dia útil e nem menos pouco importa se é tarde lenta de domingo ou uma segunda fodida de muito trabalho sobre a mesa, porque quando eu penso em você eu sinto na minha cara uma passagem como de estação e se o sol não cobre por completo essa cara seca e rasgada coloco nela um pensamento de sombra de folha de outono que amarela e seca voa numa brisa vindo de sei lá donde, se do Olimpo ou de algo bonito, e o vento frio de inverno vem e por um momento uma nuvem que como uma esponja absorve o sol da minha dor, aparece pra sumi-la e é nesse momento que escorre sangue e a armadura enferruja e cede sobre meu corpo criando frestas por onde preguiça começa a se esgueirar por dentro de mim como ursos e musaranhos e ouriços e esquilos e marmotas e morcegos querendo hibernar ou hibernar-me, mas eu penso em uma força, e penso que é minha essa força, e coloco toda em você ou no pensamento meu de você a fim de criar uma luz clara e grossa e iluminar com essa luz clara e grossa alguma coisa que já é ou está ficando escura e me enchendo de sabe-se bem o quê. Então e só então que desesperado penso primaveras, eu penso equinócios primaveris com muita força e faço o equinócio passar pra que os dias sejam mais longos e as noites mais curtas e é quando eu chego ou o meu pensamento chega a você! Meio esforçado chega, e você ou tu – e penso até um nós - refloresces como um toque de um tateio e uma luz de uma sombra igual uma morte de uma vida e vezes uma vida de uma morte e então quando isso acontece eu já estou perdido entre a primavera e o verão e o que saiu do meu pensamento de ti – e me perdoe te chamar já assim de ti mas estou tão perdido e é tão bom – e o que refloresceu do meu pensamento de ti são coisas inenarráveis ou inomináveis ou tudo junto não sei, mas parece que Deus deixa de estar morto e varre e sopra pra longe tudo junto como umidades-folhas-nuvens-preguiças-etcs e então chove uma chuva totalmente enxuta porque agora irremediavelmente meu pensamento toca você…
…e a verdade é que quando eu penso em você eu pego um momento e não importa a data nem as horas nem quando porque quando eu penso em você é sempre Verão"
O silêncio
Ser perspicaz e desesperado o suficiente para identificar o silêncio num vão de quarto ou no aberto duma praia e formar ao redor dessa inanição das palavras palavras que cubram essa ausência de coisas não ditas, palavras que lancem sombras sobre esses… esses silêncios?
Então é por isto?…
Mas que é esse isto, em nome dos deuses?
Suposições, memórias, invenções ou poesias?
Há quem ainda diga, que por dentro de nós passam rios, ou ainda que somos, nós, rios que seguem não sei eu pronde…
Fecho os olhos e sinto minhas pernas tremer, como se submersas por água corrente elas tentam e só tentam andar. Pergunto em súplica aos deuses – se algo ainda resta deles – ou a mim mesmo ou a qualquer coisa que se me escute dentro de mim o porque do sangue que jorra de mim por cima da carne imaculada, o porque do pus sem chaga, sem corte. Minhas cicatrizes não estão todas fechadas?
E por que é do sangue que derramo de Outro’s sem que a mão erga, ou a voz, ou… eu nem tenho voz...
Será mesmo isso?
A ausência das palavras, dos atos, de um sentar e de um deitar, será o revés de um grito que se faz curvar abatido aqueles que quero eretos e iguais diante de mim?
Fecho os olhos dentro de mim imaginando, enquanto faço caladas perguntas, onde é que a luz – seus derivados – nasce, onde dorme e onde acorda?
Onde e como e por que e para quê faiscam as coisas?
Tento encontrar, num momento em que trago um sol pro pensamento, o momento exato em que a luz de uma sombra se faz caindo por detrás de uma árvore e tento entendê-la. Tento não mais desesperado, mas simplesmente cálido, pouco impassível – que é preciso dessa serenidade pra isso – olhar de um só e único tempo a árvore e a sombra, enquanto jogo pra fora de mim e dessa paisagem, todo o vento, a mais ínfima centelha de vento; quero a árvore parada, quero sentir o movimento desse sol e observar, pois-como-preciso, vida, encontrar algo no movimento quase imperceptível da sombra sem o balanço da árvore, porque tudo isso “faço” tentando alcançar o primeiro golpe, o primeiro virar de costas, ando agachado de dentro do dentro de mim: duas vezes dentro, procurando aos tateios pela fonte de onde surgiu e ebuliu o sangue primeiro.
Saio de tão fundo e fico somente dentro de mim, com aquelas águas atravessando minha cintura, vindo não sei de que lugar, indo não sei pra que lugar, dentro de mim abro olhos e me pego consciente agora, naquele pensamento primeiro, Então é isso?
é inerente?
Mas onde nascem os silêncios?
Tragam-me, rios, ou traga-me. Só não me deixe outro dia sem respostas.
De quantos irmãos a garganta cortei e quantos foram os corpos que afundei no Tigre ou no Eufrates: dependendo de qual estivesse a menos passos de distância?
Quantos foram os rostos de iguais que afoguei no Nilo enquanto membros se debatiam como as palavras de dentro de mim se debatem chorosas precisando sair sem que na maioria das vezes eu dê por elas até se calarem esses membros e eu os reconhecer finalmente como semelhantes do meu silêncio… só até senti-lo de novo como um grito em suspenso que voltará aos ouvidos do mundo… senão nessa noite, na outra, ou na outra até atravessar as vidas?"
Cobrir o silêncio pelo lado de dentro cansa em demasia…
Estirar panos sob o silêncio…
Começo a abrir os olhos antes de começar a me afogar e como quem vê, escuta e sente de relance, vejo, escuto e sinto portentos babilônicos, como uma lâmina erguida em nome de Marduk, como um rio de sangue que corre caudaloso onde deuses sanguinolentos se saciam da sede tão quimeramente herdada por nós, então volto a fechar os olhos como quem ergue a palma de uma mão pra apanhar algo, como quem mergulha pra dentro de si, pra dentro de um rio de correntes poseidônicas e com urgência vou ao fundo como quem vai a procura de um ente, de uma amada, mas não tem mais nada aqui e isso tampouco é o rio cadaloso que pensei, estou no meio do oceano, no fundo sem fundo do silêncio inextinguível do oceano
A Borboleta Azul
"Havia um viúvo que morava com suas duas filhas. As meninas desde cedo acabaram se destacando por serem curiosas e inteligentes demais. Elas sempre faziam muitas perguntas, algumas ele sabia responder, outras não.
Como pretendia oferecer a elas a melhor educação, mandou as meninas passarem férias com um sábio que morava no alto de uma colina.
O sábio sempre respondia todas as perguntas sem hesitar.
Impacientes com o sábio, as meninas resolveram inventar uma pergunta que ele não saberia responder.
Então, uma delas apareceu com uma linda borboleta azul que usaria para pregar uma peça no sábio.
- O que você vai fazer? - perguntou a irmã
- Vou esconder a borboleta em minhas mãos e perguntar se ela está viva ou morta. Se ele disser que ela está morta, vou abrir minhas mãos e deixá-la voar. Se ele disser que ela está viva, vou apertá-la e esmagá-la. E assim qualquer resposta que o sábio nos der estará errada!
As duas meninas foram então ao encontro do sábio, que estava meditando.
- Tenho aqui uma borboleta azul. Diga-me sábio, ela está viva ou morta?
Calmamente o sábio sorriu e respondeu:
- Depende de você...ela está em suas mãos, você decide o que fara com ela."
Assim é a nossa vida, o nosso presente e o nosso futuro.
Somos nós os responsáveis por aquilo que conquistamos (ou não conquistamos).
Nossa vida está em nossas mãos, como a borboleta azul, cabe a nós escolher o que fazer com ela.
Prece Celta
Que o canto da maturidade jamais asfixie a tua criança interior.
Que o teu sorriso seja sempre verdadeiro.
Que as perdas do teu caminho sejam sempre encaradas
como lições de vida.
Que a música seja tua companheira de momentos secretos
contigo mesmo.
Que os teus momentos de amor contenham a magia de tua
alma eterna em cada beijo.
Que os teus olhos sejam dois sóis olhando a luz da vida
em cada amanhecer.
Que cada dia seja um novo recomeço,
onde tua alma dance na luz.
Que em cada passo teu fiquem marcas luminosas
de tua passagem em cada coração.
Que em cada amigo o teu coração faça festa,
que celebre o canto da amizade profunda
que liga as almas afins.
Que em teus momentos de solidão e cansaço,
esteja sempre presente em teu coração,
a lembrança de que tudo passa e se transforma,
quando a alma é grande e generosa.
Que o teu coração voe contente nas asas da espiritualidade
consciente para que tu percebas a ternura invisível,
tocando o centro do teu ser eterno.
Que um suave acalanto te acompanhe, na terra ou no espaço,
e por onde quer que o imanente,o invisível leve o teu viver.
Que o teu coração sinta a presença secreta do inefável!
Que os teus pensamentos e os teus amores,
o teu viver e a tua passagem pela vida,
sejam sempre abençoados por aquele amor
que emana sem nome.
Aquele amor que não se explica, só se sente.
Que esse amor seja o teu acalanto secreto,
viajando eternamente no centro do teu ser.
Que esse amor transforme os teus dias em luz,
a tua tristeza em celebração,
e os teus passos cansados
em alegres passos de dança renovadora.
Que jamais,em tempo algum, tu esqueças
da Presença que está em ti e em todos os seres.
Que o teu viver seja pleno de Paz e Luz!..."