sexta-feira, 24 de setembro de 2010

O Atraso da Noiva (nada pessoal, apenas para descontrair) By: Malvadas


Ela acordou sem saber onde estava.
Estava ainda meio zonza.
Não sabia que peso era aquele em seu braço.
Muito menos lembrava porque sua face doía tanto.
Sentou na cama, olhou para o lado e viu aquele homem nu.
Era um belo negro.
Estava dormindo tranquilamente.
Passou o olhar no relógio que marcava oito horas.
Estava atrasada.
Suspirou.
O dia seria corrido.
Era o dia do casamento.
Faltavam apenas 10 horas para o sim.
Todos estavam alucinados a sua procura.
Não se importava.
Levantou e caminhou vagarosamente em direção ao banheiro.
Onde estava?
Quem era aquele homem?
E que delicia de homem!
Ligou o chuveiro,
procurou o sabonete e olhou-se no espelho.
Antes que o vapor sumisse com sua imagem,
percebeu que o rosto estava um pouco inchado.
Não conseguia imaginar o quanto havia bebido a ponto de apagar.
Enquanto a água percorria o seu corpo,
fechou os olhos e tentou se concentrar no que estava para acontecer.
Tentou imaginar o noivo em seu terno alinhado.
Imaginou como ficaria linda no seu vestido branco e lilás.
Saiu do banho e não encontrou o homem na cama.
Ficou assustada.
Já imaginou o pior.
Temia ficar largada em qualquer lugar,
sem documentos e dinheiro.
Ele estava sentado tomando café.
Não podia ser insensível,
por mais confusa que estivesse.
Não lembrava de nada.
Muito menos o seu nome.
O homem começou a dissertar sobre como a noite tivera sido maravilhosa.
Elogiou a performance dela.
Ela ficou constrangida.
Ele levantou e tocou a sua mão.
Ela arrepiou.
Lembrou que estava na boate,
despedida de solteira, amigas, bebidas, muitas bebidas...
Em certo momento, ele apareceu.
Começou a dançar.
Foi seduzida.
A maldita combinação desejo e bebida.
Quem pode com ela?
Lembrou que pediu a ele para ser seu presente!
Queria passar a noite com aquele homem e realizar todas as suas fantasias.
Todas aquelas que certamente só faria com um estranho.
Olhou ao redor.
Algemas, velas, chicotes.
Agora entendia porque se sentia tão cansada e dolorida.
Não tinha mais nada a perder.
Ele segurou em sua nuca e a virou.
Puxou ela contra o seu corpo.
Ela apenas cedeu.
Não existia escapatória.
Transou com ele loucamente de novo e,
dessa vez, estava sentindo cada aperto,
cada puxão, cada estocada.
As horas se passaram e ela mal percebeu.
Ela só queria gozar mais uma vez.
E assim foi o dia inteiro.
Estavam exaustos.
Ela lembrou do casamento.
Levantou, tomou banho e se arrumou.
Sabia que nunca mais veria aquele homem.
Quando chegou na igreja, ninguém fez uma única pergunta.
Teve o casamento mais lindo do ano.
Estava radiante.
Agora entendia porque as noivas se atrasam nos casamentos.
Dá sorte, mesmo.

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