Acho fácil falar da pessoa que me deu a recordação favorita.
É meu avô.
Ele já não esta comigo a uns bons 14 anos,
mas eu ainda lembro perfeitamente de como era bom estar ao seu lado. Meu avo morava na rua da minha casa
e quando criança passava mais tempo na casa dele do que na minha. Lembro bem que quando criança ele me deu uma ursinha,
a Peposa
que eu não largava um minuto
e sempre ia com ela pra baixo e pra cima.
Quando eu chegava na casa dele com a Peposa no braço ele sorria e dizia: como está a Peposa hoje?
Como eu amava meu avô.
Como eu amava aqueles versinhos feitos que ele sempre me recitava “Menina bonita
Com quem dormes tu?”
E eu respondia
“eu durmo sozinha
Pensando em tu.”
Ou aquele:
“batatinha quando nasce
Esparrama pelo chão
Minha netinha quando dorme
Põe a mão no coração.”
Como eu sinto falta da música da jardineira que ele cantava sempre enquanto me ensinava a mexer com as flores.
Como eu amava chegar na casa dele e vê-lo com a boininha sentado no sofá
Ouvindo aquele radinho de pilha
E quando ele me contava aquelas historias mais antigas de Pouso Alegre
Ou quando ele ia pra cozinha e ficava cantarolando baixinho enquanto preparava meu café.
Lembro de quando ele ficou doente
E teve que amputar as pernas
Na época eu era muito criança pra entender
Mas hoje eu sei como ele foi forte
Como ele não desistiu nem se abateu
Ele continuava me recebendo com os mesmos abraços
Com os mesmos versinhos
Com o mesmo cheirinho de vô
Com as mesmas balinhas de morango
(nunca mais achei as balinhas).
Quando completei 08 anos meu avô se foi
Foi voar pra outros lugares.
Uma viagem.
Ninguém me explicou nem falou nada
Mas eu sabia que ele tinha ido embora
E não ia voltar.
Esses dias passei em frente a casa dele
E me fez ver o quanto ele me faz falta
E enquanto eu vou escrevendo aqui
As lagrimas vão caindo de saudades.
Sei que ele nunca me abandona
E meu avo era aventureiro demais pra ficar sentado numa cadeira de rodas
Hoje ele deve estar cuidando do jardinzinho dele
Lá no céu
Cantando a musica da jardineira
E morrendo de rir de mim com esse rosto todo inchado
Indo dormir daqui a pouco colocando a mão no coração
Pra senti-lo mais perto de mim.
Ele é minha recordação favorita
Junto com a Peposa
Que hoje
Vai dormir nos meus braços....
É meu avô.
Ele já não esta comigo a uns bons 14 anos,
mas eu ainda lembro perfeitamente de como era bom estar ao seu lado. Meu avo morava na rua da minha casa
e quando criança passava mais tempo na casa dele do que na minha. Lembro bem que quando criança ele me deu uma ursinha,
a Peposa
que eu não largava um minuto
e sempre ia com ela pra baixo e pra cima.
Quando eu chegava na casa dele com a Peposa no braço ele sorria e dizia: como está a Peposa hoje?
Como eu amava meu avô.
Como eu amava aqueles versinhos feitos que ele sempre me recitava “Menina bonita
Com quem dormes tu?”
E eu respondia
“eu durmo sozinha
Pensando em tu.”
Ou aquele:
“batatinha quando nasce
Esparrama pelo chão
Minha netinha quando dorme
Põe a mão no coração.”
Como eu sinto falta da música da jardineira que ele cantava sempre enquanto me ensinava a mexer com as flores.
Como eu amava chegar na casa dele e vê-lo com a boininha sentado no sofá
Ouvindo aquele radinho de pilha
E quando ele me contava aquelas historias mais antigas de Pouso Alegre
Ou quando ele ia pra cozinha e ficava cantarolando baixinho enquanto preparava meu café.
Lembro de quando ele ficou doente
E teve que amputar as pernas
Na época eu era muito criança pra entender
Mas hoje eu sei como ele foi forte
Como ele não desistiu nem se abateu
Ele continuava me recebendo com os mesmos abraços
Com os mesmos versinhos
Com o mesmo cheirinho de vô
Com as mesmas balinhas de morango
(nunca mais achei as balinhas).
Quando completei 08 anos meu avô se foi
Foi voar pra outros lugares.
Uma viagem.
Ninguém me explicou nem falou nada
Mas eu sabia que ele tinha ido embora
E não ia voltar.
Esses dias passei em frente a casa dele
E me fez ver o quanto ele me faz falta
E enquanto eu vou escrevendo aqui
As lagrimas vão caindo de saudades.
Sei que ele nunca me abandona
E meu avo era aventureiro demais pra ficar sentado numa cadeira de rodas
Hoje ele deve estar cuidando do jardinzinho dele
Lá no céu
Cantando a musica da jardineira
E morrendo de rir de mim com esse rosto todo inchado
Indo dormir daqui a pouco colocando a mão no coração
Pra senti-lo mais perto de mim.
Ele é minha recordação favorita
Junto com a Peposa
Que hoje
Vai dormir nos meus braços....
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