domingo, 12 de maio de 2013

*♥* 23 meses *♥*


Nossas conversas sempre tem um fundo de dor irremediável, de sangue e cheiro, de prosa do avesso, de verdade, de amor.
Uma poesia com versos bagunçados e sem rima que alguém deixou escondida na mesa de trabalho, mas que todos os dias recita pra se lembrar de como aquilo faz todo sentido do mundo.
Nosso amor tem um quê de loucura, de apego, de magnificência destemperada e ao mesmo tempo possui um tom blasé de tanto fez e tanto faz.
Um romantismo vitoriano de suicídios descabidos e sacrifícios por promessas vãs.
Uma mistura que engloba sentimentalismo exagerado num copo de agua ardente pra descer queimando ainda mais.
Mãos atadas pelo simples compromisso de darem bem por toda uma vida, de se quebrarem e se concertarem quantas vezes forem necessárias, morrer pra renascer a cada estação mais belo, é tempo de amor (im)perfeito no meu jardim.
Escuto você falar de amor de uma maneira que me emociona, são os seus gestos que passam despercebidos pro resto do mundo que mais revelam a mim o seu amor, o olhar parado estudando cada centímetro do meu rosto, o sorriso sem graça após uma mordida na maça do amor, a brincadeira com meus cabelos, a sua preocupação em sempre me tocar, deixar suas mãos sobre as minhas na mesa do bar, colocar seu pé entrelaçado no meu ao ver TV.
Recebo de bom grado cada demonstração desse seu amor por mim, sem ser piegas ou fazer afronta a qualquer definição poética de amar, longe das vaidades sociais, e dos padrões distorcidos dos relacionamentos, teu amor é o cantinho aconchegante onde eu quero sempre descansar do mundo.
Não faz diferença seus adjetivos, seus plurais, suas conjugações, suas fantasias e esperas, não importa em que estação estamos ou quanto tempo nosso amor irá durar, o que importa é ver a grandeza do eterno dentro dos seus olhos, e isso é o que me faz continuar todos os dias.

Feliz 23 meses

“...But love will bloom even in gloom...”

Te amo  



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