sexta-feira, 28 de dezembro de 2012

2013


"Sabíamos que o fim estava próximo, por isso pusemos tudo num poema, para contar ao universo quem éramos, por que estávamos aqui e o que dizíamos, fazíamos, pensávamos, sonhávamos, desejávamos, embrulhamos nossos sonhos em palavras e moldamos as palavras para que vivêssemos para sempre, inesquecíveis.
Depois enviamos o poema como um padrão de fluxo, para aguardar no coração de uma estrela, emitindo sua mensagem em pulsos, erupções e chiados por todo o espectro eletromagnético. Até que, em mundos a mil sistemas solares dali, o padrão fosse decodificado e lido e se tornasse um poema de novo.
É impossível ouvir um poema sem que ele mude você. Eles o ouviram, e o poema os colonizou, tomou posse deles e os habitou. Os ritmos do poema passaram a fazer parte do modo de pensar deles. Suas imagens transformaram para sempre as metáforas deles. Seus versos, seu modo de ver, suas aspirações se tornaram a vida deles. Depois de uma geração, as crianças já nasciam sabendo o poema, e logo, porque essas coisas são assim, já não nasciam mais crianças. Não havia necessidade delas, não mais. Só havia um poema feito de carne que andava e proliferava por toda a vastidão do conhecido.”

Como conversar com garotas em festas – Neil Gaiman

Que 2013 seja um ano em que o poema recitado fale de paz, fale de compreensão e solidariedade, que seja um ano doce e milagroso.


quinta-feira, 27 de dezembro de 2012



Gárgulas, pensei, eram colocadas sobre as Igrejas e catedrais para protegê-las.
Eu me perguntei se uma gárgula poderia ser colocada sobre outra coisa para protege-la. Por exemplo, um coração...”

Como você acha que me sinto
Neil Gaiman

quarta-feira, 26 de dezembro de 2012

É Natal...


Pode parecer bobagem, ou aquelas coisas clichês que a gente diz quando está apaixonada, mas obrigada por ter sido meu presente nesse Natal. Nada de pornografia sobre pessoas enroladas com fitas, é aquele presente gostoso, que você ganha quando é criança e quer levar pra todos os lugares debaixo do braço e mostrar pra todo mundo e durante o ano todo ele será o seu melhor amigo, foi assim com você.
Em meio às turbulências dessa nossa viagem, a gente conseguiu se agarrar mais um ao outro e curtir essa data comemorativa, comemorativa porque a gente tá junto, não pelos presentes, comidas, e etc, mas porque a gente tá junto. Comemorar por depois de tanto tempo a gente ainda poder olhar um pro outro com amor, dizer eu te amo vindo do coração, e ter certeza que a gente nunca vai dar certo junto, mas e daí? Nessa vida monótona cheia de regras é tão gostoso ser errado, e a gente é errado, mas errados juntos.
Esse pequeno textinho é sobre o amor, não é sobre presentes (apesar deu ter amado minha nova coleção de Hello Kitty monstros e meus persocons.), nem sobre o significado verdadeiro do Natal, é sobre o amor, o meu amor por você que a cada dia cresce mais e mais, e apesar dos obstáculos que a gente enfrenta faz com que a gente esteja muito mais forte a cada dia.

“...But love will bloom even in gloom...”


 Te amo

sexta-feira, 21 de dezembro de 2012

Querido Papai Noel


Fiquei pensando com meus botões se deveria escrever ou não essa cartinha. Pesei os prós e contras, fiz uma listinha, e bem, cá estou eu...
Ando com pouca vontade de escrever ultimamente, por mais que eu ache que existam ainda tantas palavras soltas para serem colocadas no papel. Toda vez que tento escrever é como se eu estivesse seca, não sei se o senhor vai entender, eu sinto que as palavras estão aqui dentro em algum lugar, mas elas parecem brincar de esconde-esconde comigo porque não as acho, e quando as acho parece que não ficam no lugar correto que gostaria que estivessem...Não sei.
Ando tanto dentro de mim que quando resolvo colocar os olhinhos de fora e observar o mundo que me rodeia sinto calafrios e volto pro aconchego do meu mundo de maravilhas outra vez, estampo aquele sorriso no rosto, e vamos lá, é carnaval, é natal, é ano novo, é páscoa, é aniversário, é celebrar...então vamos celebrar!
Sinto falta daquela inocência, quando eu acordava e corria pra sala com os pés descalços esperando pra ver o que você tinha trazido pra mim. A inocência que meus pais alimentavam trancando algum cômodo da casa fingindo reforma enquanto guardavam bem escondidinhos os meus presentes, eles ainda alimentam minha inocência sobre você quando eu insisto sobre não ganhar presentes e acordo com algum ao lado da cama, ou todos os anos quando minha mãe me espera pra montarmos juntas a arvore de Natal. Em meio a um mundo cínico e cinza eu ainda posso, de vez em quando, me dar o luxo de poder acreditar.
O que eu sempre odiava no Natal eram aquelas missas intermináveis, ficava horas e horas em pé escutando palavras sem sentido nenhum, minha infantilidade genuína queria estar lá fora brincando com meus primos, beliscando a ceia, correndo de um lado pro outro e espiando a arvore de Natal e a sobremesa, ou assistindo o especial da Xuxa ou o especial da Turma do Mickey. Hoje eu entendo, infelizmente eu entendo. Entendo que do mesmo jeito que eu acreditava num Papai Noel que me trazia presentes, todas aquelas pessoas acreditavam que alguém lhes traria paz, amor e um ano melhor. A diferença é que com o tempo eu deixei de acreditar na magia do Natal, e eles ainda acreditam na magia de um mundo melhor pra todos. É...eu não acredito mais...
A gente sempre começa uma carta pra você dizendo se foi ou não boazinha no ano que passou, se merece ou não aquela linda boneca com fitas cor de rosa da vitrine, bom, eu não mereço, não fui boazinha esse ano, e quer saber, depois de um tempo vivendo por aqui você perde a crença de que alguém, algum dia, pode ser bonzinho pra sempre. Tenho medo de ficar cinza, e acho que todos os dias quando abro os olhos eu ainda peço por um dia mais doce pra manter o ar cor de rosa fluindo dentro de mim, eu ainda tenho 0,01 de credibilidade que eu não vou acinzentar. Quem sabe você lendo essa cartinha não mande suas renas encantadas pra janela do meu quarto, faça eu juntar meus livros e músicas pra morar com você aí no Polo Norte, eu posso ajudar a mamãe Noel a tratar dos bichinhos, eu adoro bichinhos, tenho certeza que me daria bem com seus duendes. O senhor acredita que eu até espirro quando vai chover? Eu posso ter sangue de duende em mim...então dá uma chance pra essa pobre moça de viver com o restinho de cor de rosa que sobra.
Sei que eu não fui uma boa menina esse ano, e sinceramente (a gente não pode mentir pro Papai Noel) eu acho que quanto mais velha eu for ficando, menos boa eu vou ser, então vamos lá senhor Noel, faz só esse favorzinho pra mim.
Eu cansei sabe Noel, cansei desse mundão estranho, eu só quero que as coisas sejam simples, claras, transparentes, que as pessoas sejam boas umas com as outras, e com a Natureza, não quero mais ouvir a Mãe Terra chorar por seus filhos, eu quero acreditar que ainda existe um final feliz pra raça humana, pra mim, pro senhor, pros nossos irmãos, pra Natureza, pras pessoas que vão a todas as Igrejas e pedem por isso também . O senhor podia dar um jeito de levar o pedido delas pro Papai do Céu também né...vocês são pais, vocês se entendem. Ignora aqueles pedidos mesquinhos de carro, casa, dinheiro e etc, e foca no pedido de dias melhores, de pessoas melhores , de sentimentos melhores.
Senhor Noel pra terminar, eu gostaria de pedir pro senhor cuidar das crianças, por favor, cuida das crianças por aqui, elas estão sofrendo tanto...
É isso, pra quem fez até listinha se escrevia ou não eu já falei demais.

Se cuida senhor Noel.

Espero ver o senhor em breve.

quinta-feira, 20 de dezembro de 2012

quarta-feira, 19 de dezembro de 2012


“Ela mesma é uma casa mal assombrada.
Não é dona de si própria; seus ancestrais às vezes aparecem e olham das janelas de seus olhos.
E isso é muito assustador...”


Angela Carter – The Lady of the House of Love


quarta-feira, 12 de dezembro de 2012

*♥* Décimo Oitavo Mês *♥*


Tem gente que diz que essa data simboliza a sorte, outros que é um presságio do fim do mundo, outros estão felizes porque as brincadeiras das datas iguais só se repetirão agora no próximo século, se o mundo aguentar até lá. E o que eu acho? Bom, você sabe que eu sou ligada em numerologia, astrologia, e o que eu posso desejar nessa data pro mundo, é o que eu desejo todos os dias, mais paz, mais amor, mais solidariedade e humanidade...
E coincidentemente hoje nós comemoramos dezoito meses de namoro. Dezoito que é equivalente ao valor numérico da palavra "Chai", que significa "Vivo". A Cabala ensina que 18 corresponde ao poder de vontade na alma. E nada melhor do que um significado desses pra um dia como hoje, que os astrólogos dizem que será o começo de uma grande mudança.
Talvez, independente da sua crença e de seus conceitos, a gente consiga mudar um pouco. Mudar. Sem vontade não se consegue mudar nada, você não acha? Então que a gente use esse décimo oitavo aniversário pra fazer algumas mudanças na alma, na minha, na sua, na essência que nos mantém unidos, e que a gente consiga enfim chegar a um equilíbrio, Um lugar seguro no olho do furacão.
Hoje eu não tenho muito o que dizer, e não tenho um nome bonitinho pra colocar na Bodas, você já inventou tão bem "Pluminhas Milagrosas", "Chicletes de Purpurina", "Pintinhos de Pompom", que eu não vou mudar isso.
Que seja o amor que nos guie sempre, e que isso baste pra que nossos corações se mantenham unidos se for assim que deve ser.


Te amo ♥


terça-feira, 11 de dezembro de 2012


_ Será que a gente nunca vai conseguir achar a pessoa certa?
_ Ah...eu acho que é a gente quem faz a pessoa ser certa né?
_ Não é bem assim. Às vezes você faz tudo que está ao seu alcance pra dar certo e mesmo assim não dá...
_ É...por isso que eu não acredito no amor. Só acredito na felicidade. Se você está feliz então pronto, é a pessoa certa e a situação certa.

Filosofias de uma amizade duradoura.


domingo, 9 de dezembro de 2012


“...Existem pessoas que acreditam que sempre tem um jeito,
para inventar,
assistir,
ler ou para se criar um refugio,
mesmo que pequeno...”

Desventuras em Série

sábado, 8 de dezembro de 2012


"Não há mais barreiras para atravessar. Tudo o que eu tenho em comum com o incontrolável e o insano, o vicioso e o mal, toda a confusão que eu causei e minha total indiferença para com isso eu já superei. Minha dor é constante e acentuada, e eu não espero por um mundo melhor para todos. Na verdade, eu quero a minha dor seja infligida a outros, aqueles. Eu não quero que ninguém escape. Mas, mesmo depois de admitir isso, não há catarse; meu castigo continua a iludir-me, e eu não ganho um conhecimento mais profundo de mim mesmo. Nada novo pode ser extraído de minha narração. Esta confissão não significou nada."

American Psycho.