quarta-feira, 28 de março de 2012

Nessas eternas tardes de outono...

O ar de outono invade meu quarto, olho pela janela e percebo que o dia está naquele momento sagrado, em que a sua luz cede espaço para as trevas da noite chegar. Para os índios, é o simbolismo de um amor eterno entre o deus Sol e a deusa Lua.
As cores da tarde vão se despedindo de mim, fecho os olhos e respiro o ar frio que está chegando. Sinto o outono dentro de mim e me lembro daquela frase “Outono é uma estação da alma”. Suspiro. Meu suspiro ecoa pelos bosques da minha alma.
Caminho pra fora da casa, entro no jardim de rosas, meus passos são passos leves de uma sonhadora, meu olhar percorre aquele campo cercado pelas últimas luzes do dia. Sento-me ao pé da arvore e começo a acariciar o vento, uma leve brisa gelada me entorpece, espero a primeira estrela nascer cheia de esperanças para pedir que o sonho se realize.
Tudo é tão solitário e o frio desta brisa que costuma vir no outono me faz sentir nostalgia, o sinto tocar-me os braços querendo aquecer, sem perceber que com aquilo me congela ainda mais, os dedos do vento me fazem sentir calafrios, um sopro da morte em meu pescoço.
A primeira estrela nasce, faço um rápido pedido e percebo outra ao seu lado, serão seus olhos brilhando pra mim? O vento brinca com meus cabelos e os pássaros e os bichos do jardim começam a silenciar com a noite que chega.
Na vida real a que pertenço não sinto mais suas mãos me tocar, nem seu beijo me acalentar a noite, o beijo mortal na madrugada fria, o beijo da culpa e do desejo, mas do amor eterno que nos une.
Aproveitaria eu a noite e romperia a escuridão dos bosques que nos separam, as amarras de vida e morte que insistem em nos prender longe e correria até você, com os passos lentos de uma sonhadora. Te encontraria e com um beijo cálido molharia sua face pálida, olharia em seus olhos escuros de cobiça pelo sangue que corre em minhas veias e me entregaria. Você sentiria o pulsar do meu coração, porém eu jamais escutaria o seu bater com meus tímpanos de pobre mortal. Jamais escutarei seu coração batendo como os sinos solitários do templo em que moras.
São nesses dias de outono que penso se seria feliz ao seu lado, poderíamos flutuar até as estrelas meu bem amado, voar pelas atmosferas do pensamento e nada mais. A natureza humana nos daria adeus, nossas memórias enfraqueceriam pelo tempo e nada mais restaria de nós, além de nossa sede e nosso amor.
Uma coruja pia, e eu acordo de meu transe, procuro me esquecer de todas as dores que me causa, dos pesadelos e dos medos, porém perdoe-me querido se não consigo, seu olhar oculto ainda está vivo nas paredes do meu quarto e quando a lua aparece me sinto angustiada pois é nela que vejo seu rosto, mas tenho que me conformar com o destino, o guardião da minha escuridão já partiu.
Neste surrado e cansado coração está à despedida em silêncio de uma jovem perdida de amor, e que a morte sele meus lábios com ele dentro de mim, porém esse outono eu levarei comigo para o além morte.
A noite caiu completamente a minha volta, como uma mãe que acolhe a filha ela abriu seus braços e acolheu minha dor. Levanto-me, é hora de ir.
A noite vai entoando minhas preces, sinto tão perto de mim aquelas mãos frias que me embalavam numa sutil dança de amor e sedução.
Continuo caminhando entre as rosas rumo a casa e essas paisagens tão nostálgicas me mantém presa dentro de mim mesma.
Eu própria me encarcerei, encarcerei minha dor e busquei o caminho que estou seguindo agora, no meu destino apenas angustia e solidão.
Eu sou um pássaro de luz que me aventurei a cair nas trevas e fui enclausurada. Sou um pássaro trancado na gaiola da noite, meu canto não é mais bonito e minhas penas perderam o brilho.
Chego a porta da casa e olho para a escuridão que me rodeia. Uma noite quem sabe, eu encontrarei você aqui na entrada e dividirás comigo todo esse caminho.
Uma noite, quem sabe...

Sua sempre.



Nota da Autora: Anastácia é uma personagem de RPG criada por mim há algum tempo. Quem sabe é hora de suas histórias aparecerem por aqui. Com carinho.

Alice


segunda-feira, 26 de março de 2012

Nessas tardes de outono...

São em tardes assim que a nostalgia encontra abrigo no meu coração.
São nessas tardes de outono, ouvindo aquelas velhas músicas que meu coração se deixa embalar.
Da janela esculpida pelo tempo, vejo as folhas caírem das arvores e serem carregadas pelo vento...queria eu também ser uma folha amarela e com o sopro do vento ser carregada!
Penso que gostaria que o vento me carregasse diretamente pros braços de quem amo, pra sentir suas mãos unidas com as minhas e descansar a noite em seu colo. Só assim poderia dormir tranquila...porém o vento não me leva, e eu continuo aqui. Só!
O outono vai esculpindo um quadro em minha mente, um quadro que poderia descrever como utopia, um quadro de uma menina meio amarelada pelos anos que corre atrás dos sonhos que se perderam, um quadro surrealista em minha mente. O quadro se transforma, como um convite a loucura, as imagens paradas se tornam reais dando inicio as minhas lembranças.
Lembranças dos véus do outono encobrindo a minha face branca.
Fecho os olhos e consigo sentir você, o vento me traz o cheiro dos seus cabelos, esqueço o medo do escuro da noite e deixo o sol da tarde de outono invadir meus pesadelos clareando tudo. Esqueço a dor, esqueço a raiva...só sinto o calor me invadir. A chama do nosso amor que insiste em nos manter de pé.
Abro os olhos com a certeza de que o quadro em minha mente foi real, as composições de amor nascem com as palavras dedilhadas.
Não preciso dizer que te espero.
Pois nas tardes de outono não existe escuridão, apenas luz e borboletas.

sexta-feira, 23 de março de 2012

Ele era andorinha, ela um sabiá...

“Eram como dois pássaros, que cruzavam o céu na companhia do outro.
Limite era apenas um detalhe feito de poeira que se dispersava no vento, quando as respirações se encontravam ofegantes.
Os limites para eles foram feitos para serem ultrapassados, e não havia temor para isso.
Ah, ele tinha asas fortes, dono de voos altos, visava caminhos planos, sem destino ia buscando as estradas peregrinas, percorrendo campinas dos vales que tanto gostava, era livre e amou.
Amou a ela que também era passarinho, de asas pequenas, mas que conseguiam voar com firmeza para lugares longes e belos.
Era fêmea que o queria proteger, mesmo sendo quem precisava ser cuidada, porque ele era todo o fôlego que havia naqueles pomos que abrigavam o coração dela...
E nessa liberdade á dois, juntaram as trouxas de seus sonhos e seguiam trilhas de nuvens, enlaçando suas asas. Eram voos bonitos que refletiam faíscas nas tardes gostosas de outono.
Ah, essas são lembranças para uma vida inteira...
Ele era toda luz, toda vida, toda coisa boa de que era feita a vida dela.
Ela era o caminho, o doce, o amor do que ele tinha em seus dias.
Eram pequenas peças de um enigma proposto pela esfinge do viver, ninguém entendia, mais sabiam que o amor responderia á tudo.
Isto aconteceu no outono, na estação da alma. Ela sabiá, e ele andorinha, voaram pelas estações marcando riscos de voos no céu,
E foram passando como os vendavais...”

quarta-feira, 21 de março de 2012

“Conheça todas as teorias, domine todas as técnicas, mas ao tocar uma alma humana seja apenas outra alma humana.”

Carl Gustav Jung

21 de março _ Dia Internacional da Síndrome de Down

21 de março é o Dia Internacional da Síndrome de Down. A data foi escolhida pela Associação Internacional Down Syndrome International, em alusão aos três cromossomos no par de números 21 (21/3) que as pessoas com síndrome de Down possuem.
A síndrome de Down não é um defeito, nem uma doença. É uma ocorrência genética natural, que no Brasil acontece em 1 a cada 700 nascimentos e está presente em todas as raças. Por motivos ainda desconhecidos, durante a gestação as células do embrião são formadas com 47 cromossomos no lugar dos 46 que se formam normalmente.
Os brasileiros portadores da síndrome devem passar da casa dos 20 milhões. Existem avanços, mas ainda falta muito para que estas pessoas tenham uma vida com mais facilidades. Faltam escolas, adaptações em locais públicos e profissionais mais preparados pra ajudar a cuidar destas crianças mais que especiais.
 “- A Síndrome de Down não é uma doença. Essas pessoas não são anormais, essas pessoas tem uma genética diferente da nossa então eles precisam conviver nos mesmos espaços que a gente convive a nível de escola, da sociedade, do esporte. O objetivo maior é mostrar à sociedade que o preconceito contra a síndrome de Down deve ficar para trás. Espero que, a partir dessa data, algumas pessoas que não tinham alguns conhecimentos e passaram a entender, possam mudar suas opiniões.”


São crianças como você foi um dia, serão adultos como você hoje é, mas a história que eles contarão vai depender muito da sua atitude.  Respeitá-los e trata-los como iguais é questão de educação e princípios.
Diga não ao preconceito de qualquer tipo!

Alianças de Hematita

“Traz equilíbrio emocional, absorve baixas energias e protege contra magia negra.
Os antigos egípcios apreciavam a Hematita como pedra irradiante, que propiciava a paz e seus efeitos terapêuticos em silêncio. Por esse motivo, a Hematita foi também usada como dádiva de enterros, para ser colocada de baixo do travesseiro do falecido, a fim de lhe propiciar o seu caminho para a eternidade. O próprio Tut-Ench-Amun foi acompanhado da Hematita em sua viagem para o infinito. Na antiga Grécia, a Hematita foi considerada como sangue dos deuses, que a terra deveria receber em sua vida.
A Hematita constrói um escudo protetor sobre nós, permitindo-nos viver de maneira mais corajosa, sem dificuldades e com maior consciência de nossas metas. Não permite que as influências negativas penetrem em nós. As opressões da alma são minoradas. Ela nos oferece mais espontaneidade e alegria de viver. Desenvolvemos autoconfiança e podemos tomar rédeas das nossas vidas, tornando-nos menos dependente dos outros. Na meditação, a Hematita irradia de modo que possamos viver com extraordinária calma. É muito apropriada como anel de proteção durante a meditação." 

Que elas tragam bons ventos para nós!

Mabon - O Outono se inicia...

“O Sabbat do Equinócio do Outono (também conhecido como Sabbat de Outono, Mabon e Alban Elfed), é o Segundo Festival da Colheita. É a época de agradecer, meditar e fazer uma introspecção. Muitas tradições wiccanas realizam um rito especial para a descida da deusa Perséfone ao Submundo, como parte da celebração do Equinócio do Outono. De acordo com o mito antigo, no dia do Equinócio de Outono, Hades (o Deus grego do Submundo) encontrou-se com Perséfone, que colhia flores. Ficou tão encantado com sua beleza jovem que, instantaneamente, se apaixonou por ela. Agarrou-a, raptou-a e levou-a em sua carruagem para a escuridão do seu reino a fim de governar eternamente ao seu lado como sua imortal Rainha do Submundo. A Deusa Deméter procurou, por todos os lugares, sua filha levada à força, e, não a encontrando, seu sofrimento foi tão intenso que as flores e as árvores murcharam e morreram. Os grandes Deuses do Olimpo negociaram o retorno de Perséfone; porém, enquanto ela estava com Hades, foi enganada e comeu uma pequena semente de romã, tendo, então, que passar metade de cada ano com Hades no Submundo, por toda a eternidade.”



“Nossa existência é transitória como as nuvens do outono.
Observar o nascimento e a morte dos seres é como olhar os momentos da dança.
A duração da vida é como o brilho de um relâmpago no céu,
tal como uma torrente que se precipita montanha abaixo.”

Buda

quinta-feira, 15 de março de 2012

O inverno chegou mais cedo esse ano. Quase sem eu perceber o vento gelado escancarou a porta de casa e trouxe com ele as folhas mortas das arvores, ele entrou sem pedir licença, jogando as folhas em cima da mesa no chão, molhando a casa com vestígios da neve, jogando velhas recordações para debaixo da cama. Eu fiquei ali parada, enquanto o vento do inverno bagunçava tudo no interior da minha casa. E quando ele se foi deixando a porta aberta eu me sentei no chão molhado sem ânimo para arrumar a confusão. Tudo estava bagunçado!
Levantei, pois precisava fechar a porta antes que o vento retornasse, passei a tranca para evitar que sua força abrisse a porta novamente estragando toda a arrumação que eu começara a fazer. Limpei a agua da neve que escorria por cima dos móveis, acendi a lareira e o calor invadiu o ambiente, comecei a arrumar os papéis na estante. Mas as velhas recordações, essa eu deixei debaixo da cama, não era hora de tirá-las de lá!
Depois de tudo arrumado e o ambiente novamente aquecido pela lareira, peguei um livro e tentei recomeçar a ler, era um livro supostamente infantil, que falava de uma menina que sem querer entrava pelo buraco perseguindo uma lebre e ia parar num mundo bem às avessas. Pensei comigo que esta poderia ser a minha história...
Não consegui me concentrar na leitura, então resolvi vestir o meu casaco pesado e dar uma volta. Abri a porta devagar para espiar o vento, nem sinal dele mais ali. Saí rápido trancando a porta atrás de mim.
O cenário à frente me deu nostalgia, as árvores antes tão floridas e coloridas haviam sumido, um cenário branco e morto aparecera em seu lugar. Não havia mais sinal de vida. Continuei a caminhar e nada se movia. Os animais que antes habitavam aquele pedaço deveriam estar escondidos ou quem sabe migraram para algum lugar bem quente, Havaí, Califórnia, nordeste brasileiro, não sei, quem sabe. As aves migraram, disso tinha certeza, pois se eu também tivesse asas já teria partido dali a muito tempo.
Enquanto caminho pela estrada respirando o ar gelado de inverno, fui repensando nos últimos tempos. Tudo começou com o verão, o calor quente de dois corpos que se conheciam, a ânsia de chegar ao mar pra se refrescar, a cor pulsante da estação da paixão. Depois primavera, as flores coloridas, o jardim secreto de rosas pretas e cor de rosa, beijos demorados, carinhos aconchegantes, um cheiro de amor no ar. Quando menos esperávamos veio o outono, as flores de cores pulsantes de repente começaram a murchar, as folhas das arvores começaram a cair, o tom vivo da primavera foi se transformando no tom amarelado, bonito também, mais saudoso, o outono nos traz saudade, talvez saudades da primavera, saudade das cores vivas, mas ainda existe uma grande beleza escondida nessa época, como diz o poeta, outono não é uma estação do ano, mais uma estação da alma.
Parei de pensar e me concentrei na estrada, o inverno chegara rápido demais ali, achei que estivéssemos no outono, mas não, me enganará, estávamos em pleno inverno. Quem sabe o vento foi um mensageiro da mãe da natureza para mim, abrindo minha porta com violência e sacudindo meu mundo para lembrar que já era inverno. “Acorda menina, o tempo passou. A vida seguiu seu ritmo e as estações mudaram. Só você ainda não percebeu.” Quem sabe.
Meu nariz está congelado, sinto um vazio enorme no meu peito, percebo um grande buraco ali, onde o vento passa e faz aquele assobio de coisas ocas. Me lembro com saudades de quando era uma pessoa completa, mas pedaços de mim foram se espalhando pelos caminhos que percorri, e hoje já me restava pouco daquilo que fui um dia.
As botas de caminhada começaram a ficar pesadas por causa da agua da neve e resolvi voltar pra casa e descansar. Beber uma grande e saborosa xicara de chocolate quente. Quando resolvi retornar pra casa algo me chama a atenção na beira de um lago congelado ali perto, um ponto de cor no meio daquela brancura toda, me aproximo devagar para olhar e com surpresa constato que é um trevo de quatro folhas. Ainda de um verde vivo, um sobrevivente no meio de todos aqueles vestígios mortais e secos. Penso em leva-lo pra casa, mais isso seria de uma crueldade profunda, irei mata-lo se tirá-lo dali. Enquanto observo o trevo se mover pelo vento gelado imagino que ainda resta uma esperança, o inverno chegou, mas não é por isso que todas as coisas precisam estar mortas. Ainda existe vida!
Volto para a estrada e consigo perceber algumas formigas andando no tronco de um pinheiro, chego perto e percebo que somente sua casca mudou, mas a sua raiz ainda continua ali, intacta, pulsando protegida pela terra. Continuo a caminhar, observando cada detalhe ao meu redor, vejo um esquilo saindo da toca limpando o narizinho de neve, ouço um barulho no céu e vejo um falcão abrir suas asas e passar pairando sobre o céu azul. Mas pra frente vejo uma raposa sair da toca, observando o ambiente, penso que talvez assim como eu ela foi pega de surpresa, porém me engano, ela observa o lugar, volta para a toca e saí acompanhada de dois lindos filhotinhos. Sorrio. Quanta vida ainda existe aqui! Perto de casa a última surpresa do dia, uma lebre me espera sentada na entrada. A observo bem e parece que sorri pra mim, alguns minutos depois sai apressada pelo mesmo caminho que fiz. Posso estar engada ou variando, mas jurava ter visto um relógio de cordas em suas patinhas.
Abro a porta com rapidez mas não a tranco, deixo-a aberta, vou para debaixo da cama, pego minhas recordações e volto a olhá-las feliz. Aos poucos a vida que ainda existe no inverno vai entrando em minha casa. Tudo não é tão lindo quanto à primavera, nem tão apaixonante como o verão e muito menos belo como o outono, mas ainda existe vida aqui. E isso é o que realmente importa agora. Ainda restam esperanças...




“...Nada fica sempre igual e nada existe realmente.
Portanto, as aparências e o vazio existem simultaneamente...”

quarta-feira, 14 de março de 2012

Dia Nacional da Poesia

Pinte, anote, rabisque...
Não importa o que, não importa onde,
Rabisque versos que não dizem nada
Palavras sem sentido, um bando de asneirada!

Poesie sobre seu café da manhã,
O pão, o queijo, o leite morninho,
Poesia sobre como acordou sorridente,
Pois em sua janela havia um lindo passarinho!

Ou quem sabe poesie sobre seu almoço,
Essa hora é de alvoroço,
Bife, batata frita, arroz e feijão,
Sonhava eu com emoção,
Porém foi com grande decepção
Que me deparei com um prato de agrião!!!!

A mãe da cozinha grita: Para o cachorro não esqueça o osso!
Raspe o prato até o fim,
Pois senão nada de sobremesa,
E não tente enganar a mim.

Como o prato de agrião,
Com os olhos cheios de agua.
Tudo bem, passou, já se foi o almoço,
Acabou a minha mágoa.

Poesie sobre a sobremesa,
Essa com certeza é fonte de inspiração!
Chocolate, sorvete, torta de framboesa,
Bala de coco, doce de leite, olhe minha empolgação!

Poesie sobre a tarde,
O sol caminhando no céu
Olhe os carneirinhos de nuvem,
Eles formam um lindo carrossel!

Poesia sobre a noite que chega de mansinho,
Cobrindo com raios negros todo o lugar.
Poesia sobre a lua linda que nasceu,
E sobre as estrelinhas a brilha.

Poesia sobre sua cama gostosa,
Onde no fim do dia você vai repousar.
Poesie sobre suas preces, seus sonhos,
Mas não deixe nunca
A poesia do seu coração acabar!

Brincadeira de criança a parte, meus queridos, jamais deixem a poesia dos seus corações acabar!!!!

Feliz dia Nacional da Poesia,
E que ela prevaleça pra sempre em nós!!!!

Feliz dia Nacional dos Animais *-*

"Eu sou a favor dos direitos animais bem como dos direitos humanos. Essa é a proposta de um ser humano integral."

Abraham Lincoln

Que os seres humanos aprendam a respeitar outras espécies!

segunda-feira, 12 de março de 2012

♥ ** NONO MÊS ** ♥

“Ela nunca mais teve paz quando viu aquele rapaz”

Isso poderia resumir bem o dia que te conheci até hoje em que fazemos nove meses de namoro. Eu nunca mais tive paz depois que conheci você. Não que seja uma coisa ruim, na verdade é uma coisa muito boa, a paz significa estado de inércia, nada acontecendo, só a paz, o branco...eu prefiro as coisas mais no estilo rosa choque e você sabe bem disso não é mesmo?
Eu amo esse turbilhão que você deixa na minha vida, essas suas maluquices e manias, esses surtos e sua calmaria. Amo amo todas essas emoções que você me proporciona. E te amo muito também por sinal!
Seu abraço e seu colo aconchegante durante a noite, o seu beijo de bom dia na manha. Os segundos profundos de insegurança que você tem quando eu fico quieta no telefone e o suspiro de alívio quando você vê que estou apenas brincando de te perturbar.
Você me segura, aperta, entra dentro de mim como se fosse parte de todos os meus órgãos, como se já tivesse um lugarzinho só seu no meio de tudo isso!
Não consigo decifrar em palavras o que acontece com meus pulmões quando vejo você me esperando em algum lugar, aquele olhar só pra mim, os braços já preparados pra me enlaçar e a cara fechada de bravo de repente se rompe em sorriso. E eu vou direto pros seus braços e não quero nunca mais segurar alguém como seguro você.
Nunca tive as pernas muito firmes, vivo tropeçando por aí e também não sei correr. É ótimo ter você sempre parado me esperando porque aí eu não preciso correr pra te alcançar e correr o risco de meter meu nariz no chão, eu nem preciso me preocupar com as pedras na estrada, porque quando tropeço você sempre estende a mão pra me segurar, e eu confio em você, confio que você me segura, tiro até minhas lentes e óculos por você.
Quero sempre estar onde você está, quero te ver hoje, amanha, e depois de amanha, e depois e depois de amanha...é como diz o poeta: Te vi amanha e já estou com saudades! É bom estar com você, sentir você perto.
Eu ouvi durante toda a minha vida pra que eu tivesse calma que você iria aparecer, e eu não me arrependo nenhum minuto de não ter ouvido ninguém e saído debaixo de chuva pra um festival de rock porque eu não queria mais ficar esperando, ainda bem que eu não fiquei esperando você no portão, porque foi debaixo daquela mesma chuva que eu te achei! E eu que não esperava mesmo você naquele dia, fiquei perdida, porque não queria agora que você fosse embora, desistisse de mim.
Eu sei que você nunca vai ser a minha paz, sei que ficar com você sempre será um misto de calmaria e tempestades, mas eu só peço pra você ser o meu porto, assim como quero ser o seu pra sempre, um porto pra descansar nos dias de calmaria, e nos dias de tempestade ver a luz do farol dele brilhando pra eu não me perder. Pode ser pra você Bo, você aceita ser meu porto??
Bom é isso, no fim desse textinho que fala sobre você, eu só queria agradecer como sempre faço, agradecer por esses nove meses ao seu lado, agradecer  por todos os dias você sorri, por ter saúde e por estar bem, por estar ao meu lado, me amar e sentir meu coração despedaçar quando você vai embora, mas concertar correndo quando volta! Obrigada por ouvir todos os meus segredos e me deixar repartir com você essa vida de menina atrapalhada, esse jeito de Alice perdida no mundo de maravilhas que às vezes é tão confuso. Obrigada por me deixar repartir as dores com você e também os sorrisos e quero que você saiba que é o meu motivo de sorriso maior.

 
Feliz Nove Meses amor *-*
Feliz Bodas de Maternidade  

♥ ** NONO MÊS ** ♥

quinta-feira, 8 de março de 2012






Saber amar é saber deixar alguém te amar...

Dia Internacional da Mulher

“No Dia 8 de março de 1857, operárias de uma fábrica de tecidos, situada na cidade norte americana de Nova York, fizeram uma grande greve. Ocuparam a fábrica e começaram a reivindicar melhores condições de trabalho, tais como, redução na carga diária de trabalho para dez horas (as fábricas exigiam 16 horas de trabalho diário), equiparação de salários com os homens (as mulheres chegavam a receber até um terço do salário de um homem, para executar o mesmo tipo de trabalho) e tratamento digno dentro do ambiente de trabalho. A manifestação foi reprimida com total violência. As mulheres foram trancadas dentro da fábrica, que foi incendiada. Aproximadamente 130 tecelãs morreram carbonizadas, num ato totalmente desumano. No ano de 1910, durante uma conferência na Dinamarca ficou decidido que o 8 de março passaria a ser o "Dia Internacional da Mulher", em homenagem as mulheres que morreram na fábrica em 1857. Ao ser criada esta data, não se pretendia apenas comemorar. Na maioria dos países, realizam-se conferências, debates e reuniões cujo objetivo é discutir o papel da mulher na sociedade atual. O esforço é para tentar diminuir e, quem sabe um dia terminar, com o preconceito e a desvalorização da mulher.”
Feliz dia das Mulheres pra todas nós *-*

quarta-feira, 7 de março de 2012


Canta o mar
Murmura o vento
Canta cada ser vivo nessa Terra de ninguém.
Ouço sussurro vindos dos montes
Ouço o barulho dos cavalos chegando.
Minhas malas estão prontas
Em cima das roupas dobradas levo a foto antiga da infância perdida.
Estou deixando algo pra trás...algo que não consigo me lembrar.
A carruagem chega.
Despeço-me da casa que me abrigou por 24 anos...
Estou de partida rumo ao deserto da minha alma!

“Assisti a algumas imagens do velório do Bussunda, quando os colegas do Casseta & Planeta deram seus depoimentos, parecia que a qualquer instante iria estourar uma piada, estava tudo sério demais, faltava a esculhambação, a zombaria, a desestruturação da cena, mas nada acontecia ali de risível, era só dor e a perplexidade, que é mesmo o que causa em todos os que ficam.
A verdade é que não havia nada a acrescentar no roteiro: a morte por si só, é uma piada pronta. A morte é ridícula. Você combinou de jantar com a namorada, está em pleno tratamento dentário. Tem planos para semana que vem, precisa autenticar um documento em cartório...Colocar gasolina no carro e no meio da tarde...MORRE. Como assim?
E os e-mails que você ainda não abriu? O livro que ficou pela metade? O telefonema que você prometeu dar a tardinha para um cliente? Não sei de onde tiraram esta ideia: MORRER...A troco de que? Você passou mais de 10 anos da sua vida dentro de um colégio estudando fórmulas químicas que não serviram para nada, mas se manteve lá, fez as provas, foi em frente.
Praticou muita educação física, quase perdeu o fôlego. Mas não desistiu. Passou madrugadas sem dormir para estudar pro vestibular mesmo sem ter certeza do que gostaria de fazer da vida, cheio de duvidas quanto à profissão escolhida... Mas era hora de decidir, então decidiu, e mais uma vez foi em frente...De uma hora pra outro, tudo isso termina...Numa colisão na freeway...Numa artéria entupida...Num disparo feito por um delinquente que gostou do seu tênis...Qual é? Morrer é um chiste.
Obriga você a sair no melhor da festa sem se despedir de ninguém, sem ter dançado com a garota mais linda, sem ter tido tempo de ouvir outra vez sua música preferida. Você deixou em casa suas camisas penduradas nos cabides, sua toalha úmida no varal, e penduradas também algumas contas...Os outros vão ser obrigados a arrumar suas tralhas, a mexer nas suas gavetas...A apagar as pistas que você deixou durante uma vida inteira.
Logo você que dizia: das minhas coisas cuido eu. Que pegadinha macabra: você sai sem tomar café e talvez não almoce, caminha por uma rua e talvez não chegue na próxima esquina, começa a falar e talvez não conclua o que pretende dizer.
Não faz exames médicos, fuma dois maços por dia, bebe de tudo, curte costelas gordas e mulheres magras e morre num sábado de manha. Se faz check-up regulares e não tem vícios, morre do mesmo jeito...Isso é para ser levado a sério?
Tendo mais de cem anos de idade, vá lá, o sono eterno pode ser bem vindo...Já não há muito mesmo a fazer, o corpo não acompanha a mente, e a mente também já rateia, sem falar que há quase nada guardado nas gavetas. Ok, hora de descansar em paz.
Mas antes de viver tudo? Morrer cedo é uma transgressão, desfaz a ordem natural das coisas. Morrer é um exagero. E, como se sabe, o exagero é a matéria-prima das piadas. Só que esta não tem graça.
Por isso viva tudo que há para viver. Não se apegue as coisas pequenas e inúteis da vida...
Perdoe... Sempre!

Pedro Bial

sexta-feira, 2 de março de 2012