quarta-feira, 29 de junho de 2011


Me doeu...e como doeu, de repente aquelas recordações apareceram diante dos meus olhos..e me doeram...meu Deus como me doeram...
Fechei os olhos, o pensamento voou e eu me vi em um cemitério escuro, tantas mentiras, tantas....ao invez das pétalas de flores lá havia pedaços de vidros, vidros dos sonhos que sonhei, todos quebrados, o lugar estava sombrio, eu estava descalça e acabei cortando os pés naqueles restos que ainda sobravam ali..
Eu não queria nunca mais voltar aqui...porque voltei???
Me dói tanto, o que não foi não é
E nunca vai ser...
Mas como me dói saber que um dia eu acreditei..
Um objeto é isso que sou,
Sendo usada, largada, machucada,
A dor aumentava e eu queria chorar,
Porque sabia que chorando a dor passaria,
Mas as lagrimas não saiam dos olhos,
Foi aí que percebi que as lagrimas mais doloridas não são aquelas que nossos olhos choram,
Mas as que brotam do nosso coração e não temos nem se quer como enxuga-las...
Fiquei ali no meio do vazio
Ajoelhei naquele chão imundo, empoeirado e esquecido
Senti os cacos de vidro entrando pelas minhas pernas me ferindo
Coloquei as mãos no chão e a dor só aumentava...
Pelo menos aquela dor era fisica e eu poderia lidar com ela mais tarde....
Mas a dor no peito, o que sobrava do meu coração machucado,
Uma ferida aberta sangrando novamente...
Meu Deus porque eu estava ali...
Porque não me deixam em paz,
Pra que recordar...pra que me lembrar do quanto dói..
Era inutil...ali, eu estava morta e a dor se sobressaia a todos os outros sentimentos...

Um comentário:

  1. Noossa, que lindo.
    Adoreei este, bem coisa minha.. haha..

    Gostei mesmo, consegui enxergar o que você disse, a descrição ficou mto boa e, de certa forma, envolvente. :)

    ResponderExcluir