quinta-feira, 29 de abril de 2010

Mistérios Inventados



"É por isso que eu prefiro não me apaixonar.
Todas as pessoas tem o que se considera "ideal" em um parceiro.
O meu ideal não se encontra nessa época.

Hoje o apaixonar-se requer muito jogo e muita regra.

O meu apaixonar-se é devastador,
desatinado,
simples,
gritante.
A paixão de hoje é com os limitadores de não parecer-se mandado,
de não ser menos que o outro,
de não querer mais,
não dizer mais e não declarar-se mais.

Não se mata e morre por isso.

Eu quero uma paixão que me faça sofrer,
sorrir,
desesperar,
amar...
eu quero uma paixão que me faça morrer cada vez que a pessoa vai embora
e me faça reviver com um sorriso.

Eu quero uma paixão que me domine,
que me destrua e me construa novamente.
Chega de rótulos de gritos de independência,
chega de mistérios inventados...
me deixem ser só pele."

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