sexta-feira, 30 de abril de 2010

Olhos Castanhos



Em seus olhos castanhos
Eu fui embora
Em seus olhos castanhos
Eu não pude ficar
Em seus olhos castanhos
Você a vê partir

E coloque o disco pra tocar
E se pergunte o que deu errado
O que deu errado?

Se tudo
Fosse tudo
Mas tudo acabou
Tudo
Poderia ser tudo
Se eu apenas fosse mais velha

Eu acho que essa é apenas uma música boba sobre você
E sobre como eu perdi você
E os seus olhos castanhos

Em seus olhos castanhos
Eu me sentia triste
Porque eles são castanhos
E você nunca saberá
Que teve alguns olhos castanhos

Eu sabia que isso estava errado
Então, baby, ligue o som
E toque aquela música

Tudo
Foi tudo
Mas baby, esse é o último show
Tudo
Poderia ser tudo
Mas é hora de dizer adeus, então
Tome suas últimas doses e seu último "hit"
Agarre sua velha garota, com seus novos truques

Amor, não é surpresa
Eu me perdi em seus olhos castanhos

Nos seus olhos castanhos...

quinta-feira, 29 de abril de 2010

Mistérios Inventados



"É por isso que eu prefiro não me apaixonar.
Todas as pessoas tem o que se considera "ideal" em um parceiro.
O meu ideal não se encontra nessa época.

Hoje o apaixonar-se requer muito jogo e muita regra.

O meu apaixonar-se é devastador,
desatinado,
simples,
gritante.
A paixão de hoje é com os limitadores de não parecer-se mandado,
de não ser menos que o outro,
de não querer mais,
não dizer mais e não declarar-se mais.

Não se mata e morre por isso.

Eu quero uma paixão que me faça sofrer,
sorrir,
desesperar,
amar...
eu quero uma paixão que me faça morrer cada vez que a pessoa vai embora
e me faça reviver com um sorriso.

Eu quero uma paixão que me domine,
que me destrua e me construa novamente.
Chega de rótulos de gritos de independência,
chega de mistérios inventados...
me deixem ser só pele."

Ƹ̵̡Ӝ̵̨̄Ʒ O Vento Ƹ̵̡Ӝ̵̨̄Ʒ



Posso ouvir o vento passar
Assistir a onda bater
Mas o estrago que faz
A vida é curta pra ver

Eu pensei que quando eu morrer
Vou acordar para o tempo
E para o tempo parar

Um século, um mês
Três vidas e mais
Um passo pra trás?
Por que será?
...
Vou pensar

Como pode alguém sonhar
O que é impossível saber
Não te dizer o que eu penso
Já é pensar em dizer
Isso eu vi, o vento leva!

Não sei mas sinto que é como sonhar
Que o esforço pra lembrar
É vontade de esquecer
E isso por que?
(diz mais)

Se a gente já não sabe mais
Rir um do outro meu bem
Então o que resta é chorar
E talvez
se tem que durar
Vem renascido o amor
bento de lágrimas.

Um século, três
Se as vidas atrás
São parte de nós
E como será?

O vento vai dizer lento que virá
E se chover demais
A gente vai saber,
Claro de um trovão,
Se alguém depois sorrir em paz
(Só de encontrar...)

terça-feira, 27 de abril de 2010




Eu costumava pensar
Que tinha respostas para tudo
Mas agora eu sei
Que a vida nem sempre
Segue meu rumo.
Sinto como se tivesse sido pega no meio do caminho
Isso é quando percebo...

Não sou mais uma menina e nem mulher sou ainda,
Tudo que preciso é de um tempo
Um momento só pra mim
Enquanto ele não chegar...

Eu não sou uma garota
Não é preciso me proteger
É tempo de encarar tudo isso sozinha
Eu já vi muito mais do que você possa pensar agora
Então não me diga para fechar os olhos

Eu não sou mais uma menininha
Mas se você me olhar de perto
Você vai ver em meus olhos
Essa garota aqui sempre vai achar seu caminho

Eu não sou uma garota não me diga no que acreditar
Eu estou estou tentando achar a mulher dentro de mim
Tudo que preciso é de tempo
Um momento que seja só meu
Enquanto ele não chegar
não saberei...

Não sou mais menina... E nem mulher sou ainda...

Lindo...Justin Timberlake, Britney Spears e Christina Aguilera crianças no Clube do Mickey...muito fofo *-*

domingo, 25 de abril de 2010

N ♥ M



Eu adoro o dia 25.
Todo mês eu gosto.
Todo mês tenho a mesma sensação,
todo o mês tenho uma sensação diferente.
è isso mesmo, uma mistura
Me sinto útil, por ser capaz de amar
Me sinto útil por ser capaz de fazer alguem feliz
Mais não é só por isso que gosto do dia 25
Porque eu tambem me sinto amada,
eu me sinto feliz e intensamente viva!
Eu penso 'mais um mês de amor'
è mais um mês com ele,
meu melhor amigo,
meu melhor namorado!
A pessoa que eu penso em passar o resto dos meus dias,
A pessoa que eu me entrego de corpo e alma
È o meu primeiro pensamento do dia,
e meu ultimo pensamento ao durmir
Mesmo não estando ao meu lado todas as noites na cama
Agradeço todo tempo ter encontrado você
Eu não sabia ao certo o significado da palavra FELICIDADE
até te encontrar
A tua calma, me acalma
As tuas palavras me confortam
O teu silencio eu posso decifrar
Teu abraço me proteje de qualquer mal que passe em meus pensamentos
Tuas mãos, meu abrigo!
A tua pele me embriaga
O teu beijo me afoga, de tanto amor, de tanto desejo, de tanta paixão!
Te abraço e sinto minha alma mergulhar dentro do teu corpo
Sinto excessiva necessidade de voce
E o meu desejo, é que você possa sentir o mesmo
A cada todo dia 25, de todo o mês!



N ♥ M



O que eu quero
Eu não vou lhe dizer
O que eu sinto
Você não vai saber
O que eu não posso
É o que eu quero ter
O que eu preciso
É um pouco de você
A tanto tempo
Eu tentei encontrar
O caminho certo pra você voltar
O tempo passa, passa devagar
Mas hoje eu sei
Não vai voltar...

O que eu vejo
É o que eu quero ver
Apenas ouço
O que eu quero ouvir
As vezes digo
O que eu não quero dizer
Mas hoje entendo
Porque que acabou
e Não vai voltar...

sábado, 24 de abril de 2010

Sorry, I can't be perfect



Ei pai, olhe para mim
Pense de novo e converse comigo
Eu cresci de acordo com seus planos ?
Você acha que eu estou perdendo meu tempo
fazendo as coisas que eu quero fazer ?
Mas dói quando você desaprova tudo
E agora eu dou duro para ser bem sucedido
Eu só quero te deixar orgulhoso
Eu nunca vou ser bom o bastante para você
Eu não posso fingir que eu estou bem
E você não pode me mudar

Porque nós perdemos tudo que temos
Nada dura pra sempre
Desculpe,
eu não posso ser perfeito
Agora é tarde demais,
e nós não podemos voltar atrás
Desculpe-me
eu não posso ser perfeito

Eu tento não pensar
Sobre a dor que eu sinto por dentro
Você sabia que era meu herói ?!
Todos os dias que você passou comigo
Agora parecem tão distantes
E parece que você não se importa mais

E agora eu dou duro para ser bem sucedido
Eu só quero te deixar orgulhoso
Eu nunca vou ser bom o bastante para você
Eu não posso suportar outra briga
E nada está bem

Nada vai mudar as coisas que você disse
Nada vai fazer isto ficar bem de novo
Por favor, não vire as costas
Não consigo acreditar que é difícil
só falar com você
Mas você não entende

Simples



Cuidou de mim
não me deixou chorar
acreditou em si
por isso me ajudou a lidar
com seu forte anseio
de ter em si
a coragem que me faz amar
até esquecer
tudo que me faz sofrer
buscar o céu é importante
quem sabe agora um de nós
trará aqui um sonho com final feliz
e fincará na rocha dos seus sonhos
imagens sufocantes de intensa alegria

Quem suspeitará
da nossa intenção
de fazer que todo mundo
compreenda um coração
de fazer que todo mundo
compreenda um coração
para mim valeu a fuga da prisão
uma vez que compreendi todas as lições

E que o simples aconteça
que o simples envelheça
que o simples não vá embora
que o simples não demore
que o simples possa vencer no final
que o simples possa mostrar seu valor
que o simples possa merecer um amor
que o simples possa contemplar
o seu olhar...

o seu olhar olhou para
o meu olhar...


...mil coisas acontecem ao seu redor,
você não as percebe
pois não pode distingüí-las,
talvez não faça diferença.
e o que resta pra você
são somente as coisas
que você pode suportar
acabei destilando meu sangue em algo forte
pra que eu pudesse me sentir melhor,
mas do contrário eu me senti pior.
e usei deste artifício pra ocultar a dor
por ter perdido um quase amor...

Os dias...



O que guardo aqui dentro
São lembranças de você
Ainda chove lá fora
E eu fico sem saber
Se ainda lembra o meu nome
E vivo por você

"Se foram os dias
E eu sigo sem você
Se foram os dias"

Estou jogando ao vento
Palavras por você
Depois de tanto tempo
Difícil esquecer
Desconstruo minha alma
Não há como saber
Onde estão as respostas
Que existem em você

Deixa chover...
Então...

Me Odeie



Qual é o teu segredo
Do que você tem medo
Não sou nenhum brinquedo
Que pode se quebrar

Me dê algum motivo
Por não estar contigo
Quero saber se você
Tem um novo amigo
Que vai amar você
Como eu amei
E que também
Vai te proteger
E te dar o que
Eu não te dei

Me desgrace
Me odeie
Só nunca esqueça
Que eu amei você
Me difame, me odeie
Só nunca esqueça
Que eu amei você

Eu fui aos céus com você
E ao inferno também
Depois de ir às nuvens
Quase caímos no chão

Amar é muito fácil
Difícil é esquecer
Que um dia todo amor
Que tinha
Dei pra você

E quando percebi
Que não foi demais
Era muito tarde
Pra voltar atrás
Pra te dar o que eu não te dei

Por isso...

Me desgrace
Me odeie
Só nunca esqueça
Que eu amei você
Me difame, me odeie
Só nunca esqueça
Que eu amei você

quinta-feira, 22 de abril de 2010

♥♥♥♥♥ PARABENS PRA VC ALICE!!! ♥♥♥♥♥



Hoje estou aqui quebrando minha cabeça por causa de uma prova de Dir Internacional que esta me tirando o sono e entrei no meu blog pra poder relaxar um pouco a cabeça e ver oq tem de novidades por aqui. Me lembrei de uma postagem antiga escrita por uma amiga minha, uma das primeiras que coloquei e fui rele-la. Foi aí que percebia que esse blog já dura um ano. Ou seja, Alice fez aniversário e eu nem lembrei disso com essa correria do dia a dia, então La vai:

FELIZ ANIVERSÁRIO ALICE!!!!



Faz um ano que te criei pra escrever pensamentos, emoções, coisas que não podiam ser ditas pessoalmente, aflições do meu coração. Minhas paixões, minhas loucuras, meus desejos mais insanos e minhas mais inocentes brincadeiras. Hoje vc comemora um ano, um ano de muito amor, porque tudo que foi escrito aqui foi sempre semeado de amor, mesmo naqueles momentos em que eu estava tremendo de tanta raiva e minhas lágrimas deixavam minha vista tão turva a ponto de não conseguir digitar, ou meu coração sofria de tanto desespero por não saber o que fazer, vc foi minha única companhia. Por isso ainda sentia um amor tão grande por vc.

Eu não sei porque a primeira postagem do blog está com a data de 16 de abril de 2009, alias eu prefiro nem comentar o porque disso pq vc e eu sabemos que coincidências não existem e que vc naum foi criada nesse dia. Que vc foi criada em março e não sei porque esta marcando essa data, mas isso conversaremos mais tarde só eu e vc em meus sonhos mocinha, porque sinceramente é muito feio aprontar coisas com os outros, principalmente quando vc sabe o porque das desilusões e do vazio aqui dentro do coração.

Aos meus seguidores Tb obrigada por fazer parte desse um ano aqui comigo acreditando e lendo quando da tempo as coisas postadas aqui, que servem para alivio da alma ou como um passatempo de quem não tem nada pra fazer, rs, vcs que acompanharam as fases de Alice e seu crescimento (ou não, será que ela realmente cresceu?) obrigada sempre

Minha querida obrigada por todos os momentos de felicidade, alegria e esperança que eu pude compartilhar com vc. Obrigada pelo alivio que vc me proporcionou, obrigada pelo aconchego das suas páginas rosas e obrigada simplesmente pela surpresa do dia 16...rs...

Espero que possa continuar compartilhando com vc muitos e muitos momentos assim.

Com todo meu carinho e afeto

Marcela


Concordo inteiramente com você - disse a Duquesa. - E a moral disso é:
'Seja o que você pareceria ser'.
Ou se você preferir isso dito de uma maneira mais simples:
'Nunca se imagine como não sendo outra coisa do que aquilo que poderia parecer aos outros
que aquilo que você foi ou poderia ter sido não fosse outra coisa do que o que você poderia ter sido parecia a eles ser outra coisa'.

- Acho que eu poderia entender isso melhor - disse Alice de maneira muito educada - se estivesse tudo escrito.
Mas, desse jeito, eu não consigo entender o que você quer dizer

terça-feira, 20 de abril de 2010

Salmo do Amanhecer



"...Quero nascer de novo cada dia que nasce.
Quero ser outra vez nova,
pura, cristalina.
Quero lavar-me cada manhã da mulher velha
Da poeira velha, das palavras gastas,
Dos gestos rituais.
Quero reviver a primeira manhã da criação,
O primeiro abrir dos olhos para a vida.
Quero que cada manhã
A alma desabroche do sono
Como a rosa do botão, e surja,
Como a aurora do oceano,
Ao sorriso dos teus lábios,
Ao gesto de tua mão
Quero me engrinaldar para a festa renovada
Como que cada dia nos convidasse
E desdobrar as asas como a águia
Em demanda do sol.
Quero crer, a cada nova aurora,
Que esta é a definitiva,
A do encontro com a felicidade,
A da permanência assegurada,
A do teu sim definitivo..."

segunda-feira, 19 de abril de 2010



"Meu Deus! Meu Deus!
Como tudo é esquisito hoje.
E ontem era tudo exatamente como de costume!
Será que fui eu que mudei à noite?
Deixe-me pensar:
eu era a mesma quando eu levantei hoje de manhã?
Eu estou quase achando que posso me lembrar de me sentir um pouco diferente.
Mas se eu não sou a mesma,
a próxima pergunta é: Quem é que eu sou?
Ah, essa é a grande charada."

caindo dentro do buraco do coelho branco...me senti no mundo de Alice..simplesmente a melhor festa!!!

sábado, 17 de abril de 2010

Decodificando Alice....



Ah, se eu fizesse tudo que eu sonho.
Se eu não fosse assim tão tristonha
Não seria assim tão normal

Ah, se eu fizesse o que eu sempre quis,
Fosse um pouco mais feliz
Levantasse o meu astral

7 dias vão e eu nem fui ver
7 dias tão fáceis de se envolver

Ah, se eu tivesse fotografado
Se eu tivesse integrado
Ao mundo sobrenatural

Ah, eu seguiria o realejo
Desenharia o que eu vejo
No meu cereal

30 dias do mês que ficou pra trás
E eu sou só mais um desses meros tão mortais

Mas ah, se eu fizesse alguma diferença
Se eu curasse alguma doença
Com uma força genial

Ah, eu cantaria pra fazer sorriso
Eu perderia o meu juízo
Só pra ser especial

30 dias vão não e eu não fui ver
São 7 dias tão fáceis de se envolver

sexta-feira, 16 de abril de 2010


"Quem é você?” perguntou a Lagarta.

Não era uma maneira encorajadora de iniciar uma conversa.
Alice retrucou, bastante timidamente: “Eu - eu não sei muito bem, Senhora, no presente momento - pelo menos eu sei quem eu era quando levantei esta manhã, mas acho que tenho mudado muitas vezes desde então.

quinta-feira, 15 de abril de 2010

O preço dessa Flor



Qual o preço dessa flor?
que vem
de um lote enumerado
fabricação no estado
do Rio

e tem
alfinete tão fechado
tão desacostumado
com o frio

mas eu escondo o desejo
escolho no bairro
um lugar pra esconder
e vai mais um quase beijo
que só a noite cobre
os defeitos do ser

Qual o preço dessa flor?
que vai
entre tantos fios de cabelo
e nos vazios de cor

e cai
Se o vento sopra e prova
que a boca seca tem seu sabor

mas encolhe os dedos
e tendes nos olhos
o medo do fugir

e vai
mais um quase toque
na pele que arde
de tanto fingir

Qual o preço dessa flor?
que vem do lote enumerado
sem fabricação o estado do Rio
e tem alfinete tão fechado
tão desacostumado com o frio

mas encolho os dedos
e aperto em olhos
o medo do fugir
E vai mais um quase toque
A boca que arde
de tanto mentir


quarta-feira, 14 de abril de 2010

o doce e puro amor!!!



CAMPANHA NÃO LEVE A HANNA PRO JAPÃO!!!!

OOOOOOO MÃE DEIXA ELA COM O STEPHEN!!! TADINHA =[

Anarquismo - Emma Goldman



um dos textos mostrados na série Sons of Anarchy é este escrito por Emma, estudei sobre ela no primeiro ano de faculdade com a matéria Ciência Política e foi uma das coisas que mais me marcaram, sua coragem, sua garra, seu pensamento. Mas acabei esquecendo e ontem enquanto assistia os episódios da primeira temporada ela me voltou na cabeça. Então vou repartir este texto aqui com vocês e um pedacinho da história da grande mulher que foi Emma Goldman.





" A história do crescimento e desenvolvimento humano é ao mesmo tempo a luta terrível de novas idéias anunciando a chegada de um novo e brilhante amanhecer. Em sua obstinada persistência na tradição, o velho, com seus meios mais cruéis e repugnantes, pretende impedir o advento do Novo, qualquer que seja a forma e o período em que ele se manifeste. Tampouco necessitamos retraçar nossos passos até o passado, a fim de nos darmos conta da enorme oposição, dificuldades e adversidades postas no caminho de cada idéia progressista. A tortura, a tuerca[1]e o chicote permanecem conosco; assim como o traje do convicto e a ira social, tudo conspirando contra o espírito que vai marchando serenamente.

O anarquismo não pode ter a esperança de escapar do destino de todas as demais idéias inovadoras. Evidentemente, como o inovador de espírito mais revolucionário, o Anarquismo necessariamente deve se deparar com a ignorância e a envenenada repulsa do mundo que pretende construir.

Para refutar, ainda que de maneira sucinta, tudo o que está sendo dito e feito contra o anarquismo, seria necessário um livro inteiro. Portanto rebaterei somente duas das principais objeções. Ao assim fazer, tratarei de esclarecer o que verdadeiramente quer dizer Anarquismo.

O estranho fenômeno da oposição ao Anarquismo é o que trás à luz a relação entre a chamada inteligência e a ignorância. E isto não é tão estanho quando consideramos a relatividade de todas as coisas. A massa ignorante tem em seu favor a pretensão de não simular conhecimento ou tolerância. Atuando, como sempre faz, por puro impulso, suas razões são como as das crianças – “Por quê? Porque sim.” Ainda assim a oposição que o não educado faz ao Anarquismo merece a mesma consideração que a do homem inteligente.

Quais são, então, as objeções? Primeiro, o Anarquismo não é praticável, ainda que seja um ideal bonito. Segundo, o Anarquismo equivale a violência e destruição, por isso deve ser refutado, por ser vil e perigoso. Tanto o homem inteligente como a massa ignorante julgam, não a partir de um conhecimento profundo, mas de rumores e falsas interpretações.

Um esquema prático, diz Oscar Wilde, é um que já tem existência ou que poderia ser levado a cabo sob as condições existentes; mas são exatamente essas as condições que o objeta e qualquer propósito que pudesse aceitá-las, necessariamente é incorreto e uma loucura. O verdadeiro critério do prático, portanto, não é se pode manter intacto o incorreto e imprudente; até certo ponto consiste em averiguar se o esquema tem a vitalidade suficiente para abandonar, deixar para trás, as águas estancadas do velho e edificar, na medida em que sustenta uma nova vida. À luz desta concepção, o Anarquismo é definitivamente prático. Mais que nenhuma outra idéia, ajudando a acabar com todo erro e tolice; mais que nenhuma outra idéia, está edificando e sustentando uma nova vida.

As emoções do homem ignorante se vêem continuamente apaziguadas pela história sangrenta do Anarquismo. Não há nada demasiadamente ofensivo para ser empregado contra esta filosofia e seus expoentes. Portanto o Anarquismo representa pra o não-pensante, o que o homem proverbial malvado é para uma criança – um monstro obscuro empenhado em engolir-lhe todo; em poucas palavras, destruição e violência.

Destruição e violência! Como poderá saber o homem ordinário que o elemento mais violento da sociedade é a ignorância; que seu poder de destruição é justamente o que o Anarquismo está combatendo? Ele não está ciente de que as raízes do anarquismo são partes das forças naturais e destroem não as células saudáveis, mas o crescimento parasitário, que se nutre da mesma essência da vida social. Está meramente livrando o solo de erva-daninhas e arbustos para eventualmente produzir frutas saudáveis.

Alguém disse que se requer menos esforço mental para condenar, do que se requer para pensar. A indolência mental difundida mundialmente, tão prevalecente na sociedade, nos prova uma vez mais que este feito é muito acertado. Em vez de ir ao significado de qualquer idéia dada, para examinar sua origem e razão de ser, a maioria das pessoas a condenarão inteiramente, ou dependerão de definições de aspectos não essenciais e superficiais ou cheias de prejuízos.

O Anarquismo encoraja o homem a pensar, a investigar, a analisar cada proposição; mas para não pressionar o leitor médio começarei com uma definição e então por último elaborarei.

ANARQUISMO: a filosofia de uma nova ordem social baseada na liberdade sem restrição, feita da lei do homem; a teoria de que todos os governos descansam sobre a violência e, portanto, são equivocados e perigosos à medida que também são desnecessários.

A nova ordem social descansa, evidentemente, na base materialista da vida, mas enquanto todos os anarquistas concordam que o mal atual é um mal econômico, mantém que a solução dessa maldade pode ser conseguida somente sob a consideração de cada fase da vida – individual, a medida que também coletiva; interna, a medida que também a fase externa.

Um escrutínio a fundo na história do desenvolvimento humano descobrirá dois elementos em um amargo conflito, um contra o outro; elementos que agora começam a ser entendidos, não como estranhos entre si, mas como estreitamente relacionados e verdadeiramente harmoniosos, se são colocados em ambientes próprios: os instintos individuais e os sociais. O indivíduo e a sociedade travaram uma guerra implacável e sangrenta pela supremacia, porque ambos estavam cegos diante do valor e da importância do outro. Os instintos individuais e sociais – o primeiro, o fator mais poderoso para a iniciativa individual, seu crescimento, suas aspirações e auto-realização; o segundo, um fator igualmente importante para a ajuda mútua e o bem-estar social.

Não se está longe de encontrar a explicação para a tormenta atroz dentro do indivíduo, e entre este e seu meio. O homem primitivo, incapaz de entender seu ser, menos ainda a unidade de toda a vida, se sente absolutamente dependente de forças cegas e escondidas, sempre preparados para ridicularizar e provocar-lhe. Destas atitudes cresceram os conceitos religiosos do homem como uma mera partícula de pó, dependente dos poderes supremos e elevados que só podem ser satisfeitos através da submissão à sua vontade. Todas as sagas precoces sobre esta idéia, que continuam sendo o Leitmotiv das histórias bíblicas que lidam com a relação do homem com Deus, com o Estado e a sociedade. Outra vez o mesmo motivo, os homens não são nada e os poderes são tudo. Então, Jeová somente tolerará o homem que manifeste a condição de entrega completa. O homem pode ter todas as glórias da terra, mas não poderá ser consciente de si mesmo. O Estado, a sociedade e as leis morais, todas cantam o mesmo refrão: o homem pode ter todas as glórias da terra, mas não poderá ser consciente de si mesmo.

O Anarquismo é a única filosofia que devolve ao homem a consciência de si mesmo, a qual mantém que Deus, o Estado e a sociedade não existem, que suas promessas são vazias e inválidas, já que podem ser efetivadas somente através da subordinação do homem. O Anarquismo, portanto, é o maestro da unidade da vida, não meramente na natureza, mas também no homem. Não há conflito entre os instintos sociais e individuais, não mais do que existem entre o coração e os pulmões: o primeiro é o receptáculo da essência pura e preciosa da vida, o outro é o armazém do elemento que mantém a essência pura da vida social. O individual é o coração da sociedade, conservando a essência da vida social; a sociedade é o pulmão que está distribuindo o elemento para manter a essência da vida – ou seja, o individuo – puro e forte.

“A única coisa de valor no mundo,” disse Emerson, “é a alma ativa, a qual todo homem tem dentro de si. A alma ativa vê a verdade absoluta, a proclama e a cria.”[2] Em outras palavras, o instinto individual é a coisa de valor do mundo. É a alma verdadeira que visualiza e cria a vida de verdade, da qual sairá uma verdade maior, a alma social renascida.

O Anarquismo é o grande libertador do homem frente aos fantasmas que deteve-lhes preso; é o árbitro e o pacificador das duas forças para a harmonia individual e social. Para conseguir esta unidade o Anarquismo declarou guerra às influências perniciosas, as quais, até agora impediram a harmoniosa unidade dos instintos individuais e sociais, do indivíduo e da sociedade.

Religião, a dominação da mente humana; Propriedade, a dominação das necessidades humanas; Governo, a dominação da conduta humana, representa o baluarte da escravidão do homem e dos horrores que lhe exige. Religião! Como domina a mente do homem, como humilha e degrada a alma dele. Deus é o todo, o homem não é nada, diz a religião. Mas, desse nada, Deus cria um reino tão déspota, tirano, cruel, terrível, que nada que não seja desastre, lágrimas e sangue reinam no mundo desde que os Deuses surgiram. O Anarquismo impeli o homem a se rebelar contra esse monstro negro. Quebre seus grilhões mentais – fala o Anarquismo ao homem – pois não vai ser livre até que pense e julgue por si mesmo, e deixará o domínio da obscuridade, o maior obstáculo para todo o progresso.

Propriedade, a dominação das necessidades do homem, a negação do direito de satisfazer suas necessidades. O tempo nasceu quando a propriedade reclamou seu direito divino, quando veio para o homem com o mesmo refrão, igual o da religião, “sacrifica-te! abnega-te! entrega-te!”. O espírito do Anarquismo elevou o homem de sua posição humilhada. Agora ele está de pé, se faz cheio de luz. Aprendeu a ver a insaciável, devoradora e devastadora natureza da propriedade e está preparando-se pra dar o golpe de morte ao monstro.

“A propriedade privada é um roubo”, disse o grande anarquista francês Proudhon. Sim, mas sem risco e perigo para o ladrão. Monopolizando os esforços acumulados pelo homem, a propriedade lhe retirou de seu direito de nascimento transformando-lhe em um indigente e um pária. A propriedade nem sequer colocou a desculpa tão gasta de que o homem não crê o suficiente para satisfazer suas necessidades. Apenas aprendendo o ABC da economia, os estudantes já sabem que a produtividade do trabalho durante as últimas décadas excede em muito a demanda normal. Mas o que são demandas normais para uma instituição anormal? A única demanda que a propriedade reconhece é seu próprio apetite guloso para maior riqueza, porque riqueza significa poder, o poder de submeter, oprimir, explorar, o poder de escravizar, de ultrajar e degradar. A América se mostra orgulhosa de seu grande poder, sua enorme riqueza nacional. Pobre América, de que vale toda riqueza se os indivíduos que a compõem são miseravelmente pobres? Vivendo na podridão, na sujeira e no crime; perdida a esperança e alegria, perambula um exército exilado de presas humanas sem casa.

Geralmente se considera, que ao menos que as ganâncias de qualquer negócio excedam seu custo, a bancarrota é inevitável. Mas aqueles comprometidos no negócio de produzir riqueza não aprenderam nem esta simples lição. Cada ano o custo da produção da vida humana está crescendo mais (50.000 assassinados, 100.000 feridos na América no ano passado); os retornos para as massas, que ajudam a criar a riqueza, estão se reduzindo ainda mais. A América ainda continua cega sobre a bancarrota inevitável de nosso negócio de produção. Nem é este o último e único crime. Por enquanto o mais fatal dos crimes é o de converter o produtor em uma mera engrenagem de uma máquina, com menos desejo e decisão do que seu mestre de aço e ferro. Do homem está sendo roubado não apenas o produto de seu trabalho, como também o poder de livre iniciativa, de originalidade e o interesse ou desejo pelas coisas que estão fazendo.

A verdadeira riqueza consiste em objetos de utilidade e beleza, em coisas que ajudem a criar corpos fortes e preciosos, e meios estimulantes de vida. Mas se o homem está condenado a enrolar algodão ao redor do parafuso ou cavar carvão durante trinta anos da sua vida, não há de se falar em riqueza. O que dá ao mundo são coisas horríveis e sujas, reflexo de sua chata e tediosa existência – muito débil para viver e muito covarde para morrer. É estranho dizer, há muitas pessoas que exaltam o método mortal da produção centralizada como a realização de maior orgulho da nossa era. Eles falham absolutamente ao imaginar que se continuarmos na docilidade mecânica, nossa escravidão será mais completa do que foi nossa servidão ao Rei. Eles não querem saber, a centralização não é apenas a morte da liberdade, mas também da saúde e da beleza, da arte e da ciência, todas estas sendo impossíveis em uma atmosfera mecânica parecida a um relógio.

O Anarquismo não pode outra coisa senão repudiar tal método de produção: sua meta é a expressão mais livre possível de todos os poderosos talentos do indivíduo. Oscar Wilde define uma personalidade perfeita como sendo “uma que se desenvolve em condições perfeitas; aquela que não está ferida, mutilada, preocupada ou em perigo.” Uma personalidade perfeita só é possível então em um estado de sociedade onde o homem seja livre para escolher o modo de trabalho, as condições de trabalho e tenha a liberdade para trabalhar. Para quem a fabricação de uma mesa, a construção de uma casa ou a preparação da terra é como a pintura para um artista e a descoberta para um cientista – o resultado de inspiração, de intenso desejo e um interesse profundo no trabalho como uma força criativa. Sendo esse o ideal do Anarquismo, a organização econômica deve consistir na produção voluntária e associações distributivas, gradualmente desenvolvendo-se em comunismo livre, como o melhor meio de produção, com o mínimo gasto de energia humana. O Anarquismo, todavia, também reconhece o direito do indivíduo, ou números de indivíduos, para arrumar todo o tempo para outras formas de trabalho, em harmonia com seus gostos e desejos.

Tal exibição livre da energia humana é possível somente sob a liberdade completa, individual e social. O Anarquismo dirige suas forças contra o terceiro e maior inimigo de toda equidade social, a saber, o Estado, a autoridade organizada ou lei estatuária – a dominação da conduta humana.

Igual a religião que acorrentou a mente humana e a propriedade, o monopólio das coisas, que reprimiu e sufocou as necessidades humanas, o Estado escravizou seu espírito, ditando cada fase da conduta. “Todo governo em essência,” diz Emerson, “é tirania.” Não importa se é um governo por direito divino ou regra da maioria. Em toda instância sua meta é a subordinação absoluta do indivíduo.

Referindo-se ao governo Norte-americano, o grande anarquista americano David Thoreau, disse: “O governo, que é senão tradição, ainda que recente, tentando-se transmitir intacto à posteridade, mas a cada instante perdendo sua integridade; este não tem a força nem a vitalidade de um simples homem vivente. A lei nunca fez os homens sequer um pouco mais justos e por seu meio de respeito para esta, até os bem dispostos são diariamente convertidos em agentes da injustiça.”

De fato a idéia central do governo é a injustiça. Com a arrogância e auto-suficiência do Rei, que não podia fazer errar, os governos ordenam, julgam, condenam e castigam as ofensas mais insignificantes, enquanto se mantém pela maior de todas ofensas: a aniquilação da liberdade individual. Assim Ouida[3] está certa quando ela diz que “o Estado só busca, ainda assim, inculcar aquelas qualidades necessárias no público, pelas quais suas demandas sejam obedecidas e seus cofres se encontrem cheios. Sua conquista máxima é a redução da humanidade a um relógio. Em sua atmosfera todas essas liberdades finas e muito delicadas, que requerem tratamento e uma expansão espaçosa, inevitavelmente se secam e morrem. O estado requer uma máquina de pagar impostos que não tenha empecilhos, um cofre que nunca tenha déficit; um público monótono, obediente, sem cor, sem espírito, movendo-se humildemente, como um rebanho de ovelhas junto em um caminho alto e reto entre duas paredes.”

Mas até um rebanho de ovelhas resistirá a vã sutileza do Estado, se não fosse pelos métodos opressivos, tirânicos e corruptos empregados para servir de seus propósitos. Portanto Bakunin repudia o Estado, o vê como sinônimo de entrega da liberdade individual ou das pequenas minorias – destruição da relação social, restrição ou até completa negação da própria vida, para seu engrandecimento. O Estado é o altar da liberdade política e, como o altar religioso, é mantido para o propósito do sacrifício humano.

De fato, quase não há nenhum pensador moderno que não concorde que o governo, a autoridade organizada ou o Estado, são unicamente necessários para manter ou proteger a propriedade e o monopólio. Só se mostram eficiente para esta função.

Até George Bernad Shaw[4], que tem esperanças de um milagre do Estado sob o Fabianismo[5], porém admitindo que “este é, no presente, uma imensa máquina de roubar e escravizar o pobre com a força bruta.” Sendo este o caso é difícil entender porque o inteligente introdutor deseja manter o Estado depois que a pobreza cesse de existir.

Desafortunadamente, ainda há um número de pessoas que continuam com a crença fatal de que o governo descansa sobre leis naturais, que estas mantêm a ordem social e a harmonia, que diminuem o crime e que previne que o homem indistinto engane seu semelhante. Portanto examinarei estas alegações.

Uma lei natural é aquela pela qual o homem afirma a si mesmo livremente e espontaneamente, sem nenhuma força externa, em harmonia com os requisitos da natureza. Por exemplo, a demanda por nutrição, satisfação sexual, luz, ar e exercício é uma lei natural. Mas a sua expressão não necessita da maquinaria do governo, nem do cassetete, da pistola, das algemas ou da prisão. Obedecer tais leis, se é que podemos chamar de obediência, requer somente espontaneidade e livre oportunidade. Que os governos não se mantêm através de tais fatores harmoniosos, é provado com as terríveis demonstrações de violência, força e coerção que usam todos os governos para poder viver. Portanto, Blackstone está correto quando diz “As leis humanas são inválidas, porque estas são contrárias a lei da natureza.”

A menos que seja a ordem de Varsóvia depois da matança de milhões de pessoas, é difícil atribuir aos governos a capacidade para a ordem ou a harmonia social. A ordem derivada da submissão e mantida com terror não garante muita segurança, ainda que essa seja a única “ordem” que os governos manteriam. A verdadeira harmonia social cresce naturalmente da solidariedade de interesses. Em uma sociedade onde os que sempre trabalham nunca tiveram nada, enquanto os que não trabalham desfrutam de tudo, a solidariedade de interesses não existe, portanto a harmonia social é mais um mito. A única maneira de a autoridade organizada enfrentar esta situação grave é estendendo os privilégios dos que já monopolizaram a terra, escravizando ainda mais as massas deserdadas. Assim todo o arsenal do governo – leis, polícia, soldados, as cortes, legislaturas, prisões – é energicamente engajado na “harmonização” dos elementos mais antagônicos da sociedade.

A desculpa mais absurda para a autoridade e a lei é que elas servem para diminuir o crime. À parte do fato que o Estado é em si mesmo o maior criminoso, rompendo toda lei escrita e natural, roubando na forma de impostos, assassinando na forma de guerra e pena capital, chegou a se ver completamente superado em sua luta contra o crime. Falhou totalmente em destruir ou mesmo minimizar o terrível flagelo de sua criação.

O crime não é nada mais que energia mal dirigida. Enquanto toda instituição de hoje, econômica, política, social e moral, conspira para dirigir erradamente a energia humana por canais equivocados; enquanto a maioria das pessoas estão fora de lugar, fazendo as coisas que odeiam fazer, vivendo uma vida que detestam viver, o crime será inevitável e todas as leis nos estatutos somente podem aumentar, mas nunca terminar com o crime. O que sabe a sociedade, como a que existe hoje, do processo de desespero, da pobreza, dos horrores, da pusilânime luta que passa a alma humana em seu caminho até o crime e a degradação. Quem conhece este processo terrível não pode deixar de ver a verdade nestas palavras de Piotr Kropotkin:

“Esses que calcularão o balanço entre os benefícios atribuídos a lei e ao castigo e o efeito degradante destes sobre a humanidade; que estimarão a torrente de maldade derramada sobre a sociedade humana pelo informante, favorecido até pelo Juiz e pago em moeda-ressonante por governos, sob o pretexto de ajudar a desmascarar o crime; esses que irão para dentro das paredes da prisão e ali verão no que se converteu os seres humanos quando privados de sua liberdade, quando são sujeitos ao cuidado de guardas brutais, com grosserias, com palavras cruéis, enfrentando-se milhões de humilhações pungentes e agudas, concordarão com nós que o aparato inteiro da prisão e seu castigo é uma abominação que deve terminar.”

A influência dissuasiva da lei sobre o homem ocioso é demasiadamente absurda para merecer alguma consideração. Somente em liberar a sociedad do gasto e dos desperdícios que causa manter uma classe ociosa e do igualmente gasto grande da parafernália de proteção que esta classe de ociosos requer, na sociedade existiria abundância para todos, inclusive até para o individuo ocioso ocasional. Além disso, é bom considerar que a vagabundagem é resultado dos privilégios especiais ou das anormalidades físicas e mentais. Nosso demente e insano sistema de produção patrocina a ambos e o fenômeno mais surpreendente é que as pessoas desejem trabalhar, ainda agora. O Anarquismo visa despir o trabalho de seu aspecto estéril e tedioso, de sua tristeza e compulsão. Tenta fazer do trabalho um instrumento de alegria, de força, de cor, de harmonia real, para que ainda o mais pobre dos homens possa encontrar no trabalho recreação e esperança.

Para realizar tal arranjo da vida, o governo, com suas medidas injustas, arbitrárias e repressivas, deve ser eliminado. O melhor que faz é impor um só modo de vida em tudo, sem respeitar as variações individuais e sociais, além de suas necessidades. Destruindo o governo e as leis estatuídas, o Anarquismo propõe resgatar o respeito próprio e a independência do indivíduo de toda a proibição e invasão pela autoridade. Só em liberdade o homem pode cultivar sua completa importância. Somente em liberdade aprenderá a pensar, a se mover e a dar o melhor de si. Só em liberdade realizará a verdadeira força dos laços sociais que atam os homens entre si e que são a verdadeira base de uma vida social normal.

Mas, o que é a natureza humana? Pode ser mudada? E se não, resistirá sob o Anarquismo?

Pobre natureza humana, que crimes horríveis cometeram em teu nome! Todo tonto, desde o rei até a polícia, desde a pessoa mais cabeça fechada até o ignorante sem visão da ciência, presume falar com autoridade da natureza humana. Quanto maior for o charlatão mental, mais definitiva será sua insistência na perversidade e debilidade da natureza humana. Mas como pode qualquer um falar disso hoje, com tantas almas na prisão, com cada coração acorrentado, ofendido e mutilado?

John Burroughs[6] declarou que o estudo experimental de animais em cativeiro é absolutamente inútil. Seu caráter, seus hábitos e seus apetites são submetidos a uma transformação completa quando são arrancados de seu solo no campo e no bosque. Com a natureza humana enjaulada em um estreito espaço, chicoteada diariamente até a submissão, como podemos falar de suas potencialidades?

A liberdade, a expansão, a oportunidade e, sobretudo a paz e o repouso, podem ensinar-nos os fatores dominantes e reais da natureza humana e todas suas magníficas possibilidades.

O anarquismo, então, realmente favorece a liberação da mente humana da dominação da religião, a liberação do corpo humano da dominação da propriedade, a liberação das cadeias e proibições do governo. O Anarquismo significa uma ordem social baseado no agrupamento livre dos indivíduos, com o propósito de produzir a verdadeira riqueza social, uma ordem que garantirá a todo ser humano acesso livre a terra e ao gozo completo das necessidades da vida, de acordo com aos desejos individuais, gostos e inclinações.

Isto não é uma idéia selvagem ou uma aberração da mente. É uma conclusão em que chegaram grandes homens e mulheres inteligentes de todo o mundo, uma conclusão resultante da observação íntima e estudiosa das tendências da sociedade moderna; liberdade individual e equidade econômica, as forças gêmeas para o nascimento do que é bom e verdadeiro no homem.

Quanto aos métodos. O Anarquismo não é, como muitos podem supor, uma teoria do futuro a ser alcançado através da inspiração divina. É uma força viva nos assuntos de nossa vida, constantemente criando novas condições. Os métodos do Anarquismo portanto não compreendem um programa vestido de ferro para se levar a cabo sob qualquer circunstância. Os métodos devem sair das necessidades econômicas de cada lugar, clima, requisitos intelectuais e temperamentais do indivíduo. O caráter calmo e sereno de Tolstoi desejarão diferentes métodos para a reconstrução social, que a intensa e transbordante personalidade de Mikhail Bakunin ou Piotr Kroptkin. Da mesma forma deve ser óbvio que as necessidades econômicas e políticas da Rússia prescreveram medidas mais drásticas que as da Inglaterra ou América. O Anarquismo não significa exercícios militares e uniformidade; entretanto significa espírito revolucionário, em qualquer forma, contra tudo o que impeça o crescimento humano. Todos os Anarquistas concordam com isso, da mesma forma em que estão de acordo em sua oposição à maquinaria política como um meio de causar a grande transformação social.

“Toda votação”, disse Thoreau, “é um jogo de sorte, semelhante a damas ou gamão, o jogo com o bem e o mal, sua obrigação nunca excede sua conveniência. Mesmo votando para o correto é fazer nada por isto. Um homem sábio não deixará o que é certo nas mãos incertas do acaso e nem esperará que a sua vitória se dê através da força da maioria.” Um exame íntimo acerca da maquinaria da política e suas realizações nos levarão à lógica de Thoreau.

O que demonstra a história do parlamentarismo? Nada mais que fracasso e derrota, nem mesmo uma única reforma para melhorar a tensão econômica e social das pessoas. Aprovaram-se leis e fizeram-se estatuto para o melhoramento e proteção do trabalho. Assim sendo, observou-se em Illinois, no ano passado, com as leis mais rígidas para a proteção mineira, os maiores desastres mineiros. Em estados onde as leis de trabalho das crianças prevalecem, a exploração infantil está em níveis altíssimos, e, embora os trabalhadores desfrutem de oportunidade políticas completas, o capitalismo chegou a seu momento de maior insolência.

Mesmo se os trabalhadores pudessem ter seus próprios representantes, que é o que nossos bons políticos socialistas estão clamando, que chances há para sua honestidade e boa fé? Tem mais que se ter em mente o processo da política, para dar-se conta de que seu caminho de boas intenções está repleto de armadilhas: maquinações secretas, intrigas, adulações, mentiras e trapaças; de fato, mentiras de todas as descrições, pelo qual o aspirante político pode conseguir o êxito. Incorporado a isto está a desmoralização completa do caráter e das convicções, até que não reste nada, fazendo com que qualquer humano desamparado tenha esperança. De tempo em tempo as pessoas ficam suficientemente tontas para confiar, crer e apoiar até o seu último centavo, os aspirantes políticos, para ver-se ao final, traídas e enganadas.

Pode-se dizer que os homens íntegros não se converteriam em corruptos, em moinho opressivo político. Talvez não, mas como homens seriam absolutamente impotentes para exercer a mais ínfima influência em nome do trabalho, como de fato foi demonstrado em numerosos exemplos. O estado é o mestre econômico de seus servidores. Os bons homens, se tais existirem, ou permaneceriam fieis a sua fé política e perderiam seu suporte econômico, ou se agarrariam a seus mestres econômicos e seriam completamente incapazes de fazer o menor bem. A arena política não deixa uma alternativa, deve ser um burro ou trapaceiro.

A superstição política ainda domina os corações e as mentes das massas, mas os verdadeiros amantes da liberdade não têm nada a ver com isto. Ao contrário, eles crêem, como Stirner, que o homem tem tanta liberdade tanto quanto ele está disposto a tomar. O Anarquismo, portanto, defende a ação direta, o desafio aberto e a resistência frente a todas as leis e restrições econômicas, sociais e morais. Mas o desafio e a resistência são ilegais. Nisto descansa a salvação do homem. Tudo ilegal necessita de integridade, segurança própria e coragem. Busca por espíritos livres e independentes, por “homens que são homens e que tem osso em suas costas, o qual não pode se atravessar com as mãos.”

O sufrágio universal deve a sua existência à ação direta. Se fosse não pelo espírito de rebelião, de desafio por parte dos pais revolucionários americanos, seus descendentes ainda estariam sob o abrigo do Rei. Se não fosse pela ação direta de um Juan Brown e seus camaradas, a América estaria comercializando a carne do homem negro. Certo, o comércio da pele branca ainda é atual, mas esse, também, terá que ser abolido pela ação direta. O sindicalismo, a arena econômica do moderno gladiador, deve sua existência à ação direta. Mas até recentemente essa lei e governo trataram de oprimir o movimento sindical e condenaram à prisão, como conspiradores, os expoentes do direito do homem a organizar-se. Se eles tivessem procurado lograr suas causas rogando, suplicando e pactuando, os sindicatos hoje seriam quantitativamente insignificantes. Na França, Espanha, Itália, Rússia, até a Inglaterra (testemunha da crescente rebelião das uniões laborais), a ação direta, revolucionária, econômica torna-se uma força tão poderosa na luta pela liberdade industrial que conseguiu fazer com que o mundo desse conta da tremenda importância do poder do trabalho. A greve geral, a expressão suprema da consciência econômica dos trabalhadores foi ridicularizada na América, faz pouco tempo. Hoje toda grande greve, a fim de ganhar, deve dar-se conta da importância do protesto solidário geral.

A ação direta, havendo provado sua efetividade junto às linhas econômicas, é igualmente poderosa no ambiente individual. Ali centenas de forças avançam sobre seu ser e só a resistência persistente frente a elas o libertará, finalmente. A ação direta contra a autoridade no local de trabalho, ação direta contra a autoridade da lei, ação direta contra a autoridade impertinente e invasiva do nosso código moral, é o método lógico e consciente do Anarquismo. Nos conduzirá a uma revolução? De fato, o fará. Nenhuma mudança social veio sem uma revolução. As pessoas estão ou não familiarizadas com sua história, ou ainda elas não aprenderam que a revolução é o pensamento levado à ação.

O Anarquismo, a grande fermentação do pensamento, está hoje imbricado em cada uma das fases do esforço humano. A ciência, a arte, a literatura, o drama, o esforço para a melhoria econômica, de fato, toda oposição individual e social existindo em desordem com as coisas, é iluminada pela luz espiritual do Anarquismo. É a filosofia da soberania do indivíduo. É a teoria da harmonia social. É o grande renascimento da viva verdade que está reconstruindo o mundo e nos anunciará ao amanhecer."


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[1] Instrumento de tortura para apertar polegares.


[2] Ralph Waldo Emerson (25 de maio de 1803, Boston – 27 de abril de 1882, Concord, Massachusetts) foi um famoso escritor, filósofo e poeta estado-unidense. (Informação retirada da enciclopédia livre Wikipédia.org)

[3] Pseudônimo utilizado pela escritora americana Maria Louisa de La Ramée. (Informação retirada da enciclopédia livre Wikipédia.org)

[4] “George Bernard Shaw (Dublin, 26 de julho de 1856 — Ayot Saint Lawrence, 2 de novembro de 1950) foi um escritor, jornalista e dramaturgo irlandês, autor de comédias satíricas que o tornaram espírito irreverente e inconformista.” (Informação retirada da enciclopédia livre Wikipédia.org)

[5] “O Fabianismo é uma doutrina e um movimento político-ideológico socialista democrático, reformista e não-marxista, de concepção inglesa. Teve origem na Fabian Society fundada em Londres no final de 1883 e início de 1884 por um grupo de jovens intelectuais de diferentes linhas socialistas, com o propósito de reconstruir a sociedade com o mais elevado ideal moral possível.” (Informação retirada de http://br.geocities.com/portal_verde_amarelo/Fabianismo.html)

[6] John Burroughs (April 3, 1837-March 29, 1921) foi um naturalista e ensaísta americano importante na evolução do the U.S. conservation movement. (Informação retirada da enciclopédia livre Wikipédia.org)

GOLDMAN, Emma. Anarquismo: lo que significa realmente. Traidores: Espacio Comunitario y Libreria Anarquista Emma Goldman, [Santiago]. Disponível em: . Acesso em: 21 de nov. 2009.

Traduzido por Antonio Henrique do Espírito Santo Loula. Revisado por Íris Nery do Carmo.


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Emma Goldman (Kaunas, 27 de junho de 1869 — Toronto, 14 de maio de 1940) foi uma anarquista conhecida por seu ativismo, seus escritos políticos e conferências que reuniam milhares de pessoas nos Estados Unidos. Teve um papel fundamental no desenvolvimento do anarquismo na América do Norte na primeira metade do século XX.

Nascida em Kovno, no Império Russo (atual Kaunas, na Lituânia), Goldman emigrou para os Estados Unidos da América em 1885 e viveu em Nova Iorque, onde conheceu e passou a fazer parte do florescente movimento anarquista.[1] Atraída pelo anarquismo após a Revolta de Haymarket, Goldman tornou-se uma renomada ensaísta de filosofia anarquista e escritora, escrevendo artigos anticapitalistas bem como sobre a emancipação da mulher, problemas sociais e a luta sindical.[1] Ela e o escritor anarquista Alexander Berkman, seu amante e companheiro por toda vida, planejaram assassinar Henry Clay Frick como uma ação de propaganda pelo ato. Embora Frick tenha sobrevivido ao atentado, Berkman foi sentenciado a vinte e dois anos na cadeia.[2] Goldman foi presa várias vezes nos anos que se seguiram, por "incentivar motins" e ilegalmente distribuir informações sobre contracepção.[3] Em 1906, Goldman fundou o jornal anarquista Mother Earth (Mãe Terra).[4]

Em 1917, Goldman e Berkman foram sentenciados a dois anos na cadeia por conspirarem para "induzir pessoas a não se alistarem" no serviço militar obrigatório, que havia sido recentemente instituído nos Estados Unidos. Depois de serem soltos da prisão, foram novamente presos - junto com centenas de outros progressistas - sendo deportados para a Rússia. Inicialmente simpatizantes da Revolução Bolchevique daquele país, Goldman rapidamente expressou sua oposição ao uso de violência dos sovietes e à repressão das vozes independentes. Em 1923, ela escreveu sobre suas experiências entre os bolcheviques, dando forma ao livro Minha Desilusão na Rússia (My Disillusionment in Russia). Enquanto viveu em Inglaterra, Canadá e França escreveu uma autobiografia chamada Vivendo Minha Vida (Living My Life).[5] Com o início da Guerra Civil Espanhola, em 1936, Emma, já com mais de 60 anos, viajou até a Espanha para apoiar a Revolução Anarquista.[6]

Durante sua vida, Goldman foi celebrada por seus admiradores, como uma livre pensadora e "mulher rebelde", e achincalhada pelos adversários, como sendo defensora de assassinatos políticos e revoluções violentas.[7] Seus escritos e conferências abrangeram uma variedade de assuntos, incluindo o sistema prisional,[8] ateísmo,[9] liberdade de expressão,[10] militarismo, capitalismo,[11] casamento e emancipação das mulheres. Também desenvolveu novas formas de incorporar políticas de gênero no anarquismo.[12] Emma Goldman faleceu na cidade de Toronto, no Canadá em 14 de Maio de 1940.[13]

Após décadas de obscuridade, nos anos 1970 a vida e a obra de Emma Goldman voltaram a ser reconhecidas na medida em que acadêmicas, feministas e anarquistas passaram a se interessar por ela. Este interesse implicou em uma nova onda de divulgação de seu legado, com publicações de seus artigos e livros sendo relançados, e citações e imagens suas sendo estampadas em camisetas e cartazes.

É creditada a ela diversos ditos marcantes do anarquismo entre estes a famosa frase que diz - "Se não posso dançar, não é minha revolução" - capaz de definir de maneira simples a ideia anarquista de liberdade.

Sons of Anarchy



uma das melhores coisas mostradas e me apresentadas por um amigo foi a série Sons of Anarchy(filhos da anarquia) da Fox. Simplesmente incrível, pra quem gosta do bom e velho rock n' roll, e detesta séries sem lógica nenhuma como Lost ou que no final tudo da certo como 24h, ou simplesmente não suporta a cara da Blad Woldford de Gossip Girls bem vindos ao lar...rs...brincadeiras a parte...das séries citadas acima só não gosto de Lost..essa coisa de não ter fim me deixa impaciente...e convenhamos essa série não tem lógica nenhuma...no final vai estar todo mundo morto tenho certeza...mas enfim...voltando aos Sons of Anarchy, ela é uma série dramática da televisão americana criada por Kurt Sutter sobre a vida de um clube de Motociclistas ou Motoclube que se passa em Charming, uma cidade fictícia no norte da Califórnia. O protagonista principal é Jackson Teller (Charlie Hunnam)que é o cara mais parecido com o Kurt Cobain que já vi na minha vida, também chamado de "Jax" é o vice-presidente do clube Sons of Anarchy, formado por seu falecido pai. Nos dias hoje, o clube é comandado por Clarence Morrow (Ron Perlman), apelidado por "Clay", presidente do clube. Sons of Anarchy estreou em 3 de setembro de 2008 da rede a cabo FX (FX Networks). A sua segunda temporada estreou em 8 de setembro de 2009. A primeira temporada da série alcançou 5,4 milhões de telespectadores semanais fazendo que fosse a serie mais acompanhada de 2008/09 no canal FX.

Uma série forte, motivadora e até poética...os passos anárquicos do pai de Jax são contados através de um diário que o próprio acha no depósito da sua casa. Confiram o vídeo de abertura e dêem uma olhada na série. Vale a pena conferir. beijinhos

terça-feira, 13 de abril de 2010

Baile, beijinho, beijo, beijoca...o "B" da brincadeira, brinquedo balbuciar!!





A TODOS OS BEIJOQUEIROS DE PLANTÃO HOJE É DIA DE COMEMORAR!!!

Duas bocas, duas línguas
Quatro mãos com a mesma intenção
A lembrança da bocança
O que é que vai fazer se o gosto é bom?
Fervendo a saliva
Derretendo a gengiva
Eu quero um beijo
Eu quero um beijo
Eu quero mesmo é um beijo seu
Tão ligando pra polícia
O beijo é o alvo da reclamação
Te incomoda? Tá com inveja?
Vai continuar no camburão
Fervendo a saliva
Derretendo a gengiva
Eu quero um beijo
Eu quero um beijo
Eu quero mesmo é um beijo seu
Não desgruda nem na delegacia
"Splish Splash" fez o beijo que ele deu
O meu beijo é muito louco até o chão tremeu
Até o chão tremeu
Até o chão tremeu
Lá na delegacia
Lá na escadaria
Em frente à padaria
Até na sorveteria
Na casa da sua tia
Dentro da sacristia
Lá na borracharia
E até na pastelaria
Eu quero um beijo
Eu quero um beijo
Eu quero mesmo é um beijo




FELIZ DIA DO BEIJO!!!!!!!!!!


Reconstruindo pedacinhos de Allice...



Tarde demais a cidade adormeceu
Tarde demais o silencio nos venceu
E se calou so pra ouvir a tristeza chorar
Mais uma vez 3:30 da manha
Facil demais esse virus infectou
Partes vitais no meu corpo congelou
E arrancou com as duas maos toda a vida em mim
Tarde demais nossa historia chega ao fim
E antes que aumente a dor
Esqueca tudo o que passou
Pra nunca mais
Tarde demais esse tiro atravessou
Tarde demais o meu peito acertou
E dividiu o coracao me tirando a paz
Perto do cais engolindo a propria voz
O tempo vai reconstruir
Os pedacos que perdi...

Esse negócio de ser a última romântica atrás do oceano atlântico está me fazendo sentir cada vez mais solitária...



Coloquei uma carta numa velha garrafa
mas uma carta de solidão
coloquei uma carta, um pedido da alma
salvem meu coração

Nessas areias que me sujam os pés
esse é o meu chão mais uma vez
há muitas luas nessa ilha tão só

será que ao menos um navio eu vou ver
e alguma civilização
e a cada dia sobe mais a maré

Alguém aí ?
devolva o amor que você tirou de mim no fim
Alguém aí ?
Vou queimando no sol a esperança de ter aqui
Bem aqui


Como eu posso decidir o que é certo?
Quando você está confundindo minha mente
Não consigo ganhar sua luta perdida todo tempo
Eu nunca vou possuir o que é meu
Quando você sempre está tomando partido
Você não tomará meu orgulho
Não, não desta vez

Como chegamos aqui?
Eu costumava te conhecer tão bem
Como chegamos aqui?
Bem, eu acho que nem sei

A verdade está escondida nos seus olhos
E está pendurada na sua língua
Apenas fervendo no meu sangue
Mas você acha que eu não consigo ver
Que tipo de homem você é
Eu vou entender por conta própria.

Eu estou gritando pra mim mesma "Eu te amo tanto",
mas meus pensamentos você não pode decodificar

Você vê o que temos feito?
Nós vamos nos fazer de bobos

Tem algo que eu vejo em você
Isso pode me matar
Eu quero que seja verdade...

Projeto Ficha Limpa

Em breve o Congresso vai votar uma lei que propõe eliminar do processo eleitoral candidatos acusados de corrupção, lavagem de dinheiro e outros crimes sérios!

Essa é a nossa chance de dar um passo gigante para acabar com a corrupção no Brasil. Porém, convencer os deputados a aprovarem esta lei não será fácil. Sendo ano de eleição, só vamos conseguir com uma mobilização popular massiva -- assine a petição que será entregue ao Congresso, só leva 2 min!

É incrível - mais de 1.6 milhões de brasileiros se mobilizaram contra a corrupção e a petição continua crescendo rapidamente! Nós temos pouco tempo até a votação do Projeto de Lei Ficha Limpa – assine a petição e encaminhe este alerta para todos os seus amigos - nós podemos conseguir 2 milhões de assinaturas!

Essa lei irá barrar das eleições candidatos que cometeram crimes graves como lavagem de dinheiro, tráfico de drogas e corrupção. Esse pode ser um momento histórico na luta contra a corrupção na política brasileira.

Interesses corruptos são fortes dentro do Congresso e um grupo de deputados vem tentando convencer o Presidente da Câmara, Michel Temer, a não enviar esta lei para votação. Somente uma mobilização em massa poderá fazer com que essa lei seja aprovada - vamos levar 2 milhões de vozes ao Congresso quarta-feira!

A petição da Ficha Limpa invadiu o Twitter e todos os principais jornais do país estão acompanhado a lei e a campanha para passá-la. O Brasil está se erguendo contra a corrupção, levante a sua voz – assine abaixo!


galera é o seguinte...copiem e colem o link abaixo no espaço de navegação de vcs na net..vai abrir uma página escrito AVAAZ.org para acabar com a corrupção...depois é só assinar..é rapidinho e faz muita diferença...

http://www.avaaz.org/po/brasil_ficha_limpa/#SIGA_NO_TWITTER__LeiFichaLimpa

vamos lutar pra fazer do nosso país um lugar melhor...

...



e é exatamente quando agente tá cansada
que o coração distrai e então a sorte vem...


GIRA A RODA DA VIDA...

RECOMEÇAR

O mesmo erro novamente...



Enquanto me reviro em meus lençóis
E mais uma vez não consigo dormir
Saio porta fora e subo a rua
Olhar as estrelas sob os meus pés
Recordar os justos que eu tratei injustamente
Então aqui vou eu

Não há nenhum lugar aonde não possa ir
Minha mente está turva mas
Meu coração é pesado, não se nota?
Eu perco a trilha que me perde
Então aqui vou eu

E assim eu mandei alguns homens à luta,
E um voltando morto a noite
disse "você viu meu inimigo?"
disse "ele se parecia comigo"
Assim eu parti para me cortar
E aqui vou eu

Não estou pedindo uma segunda chance,
Eu estou gritando no topo da minha voz
Me dê razão, mas não me dê escolha,
Porque eu cometerei o mesmo erro outra vez,

E talvez um dia nós nos encontremos
e iremos conversar e não apenas falar
Não acredite nas promessas
Porque eu não as cumpro
e minha reflexão me incomoda
e aqui vou eu

Enquanto me reviro em meus lençóis
E mais uma vez não consigo dormir
Saio porta fora e subo a rua
Olho as estrelas...
Olho as estrelas, caindo
Eu desejo saber,
Onde foi que eu errei????

segunda-feira, 12 de abril de 2010

Aprendi...




“ Aprendi que eu não posso exigir o amor de ninguém.

Posso apenas dar boas razões para que gostem de mim e Ter paciência, para que a vida faça o resto.

Aprendi que não importa o quanto certas coisas sejam importantes para mim, tem gente que não dá a mínima e eu jamais conseguirei convencê-las.

Aprendi que posso passar anos construindo uma verdade e destruí-la em apenas alguns segundos.

Que posso usar o meu charme por apenas 15 minutos, depois disso, preciso saber do que estou falando.

Eu aprendi...Que posso fazer algo em um minuto e ter que responder por isso o resto da vida.

Que por mais que se corte uma pão em fatias, esse pão continua tendo duas faces, e o mesmo vale para tudo o que cortamos em nosso caminho.

Aprendi... Que vai demorar muito para me transformar na pessoa que quero ser, e devo ter paciência.

Mas, aprendi também que posso ir além dos limites que eu próprio coloquei.

Aprendi que preciso escolher entre controlar meus pensamentos ou ser controlado por eles.

Que os heróis são pessoas que fazem o que acham que devem fazer naquele momento, independentemente do medo que sente.

Aprendi que perdoar exige muita prática.

Que há muita gente que gosta de mim, mas não consegue expressar isso.

Aprendi... Que nos momentos mais difíceis, a ajuda veio justamente daquela pessoa que eu achava que iria tentar piorar as coisas.

Aprendi que posso ficar furioso, tenho o direito de me irritar, mas não tenho o direito de ser cruel.

Que jamais posso dizer a uma criança que seus sonhos são impossíveis, pois seria uma tragédia para o mundo se eu conseguisse convencê-la disso.

Eu aprendi que meu melhor amigo vai me machucar de vez em quando, e que eu tenho que me acostumar com isso.

Que não é o bastante ser perdoado pelos outros, eu preciso me perdoar primeiro.

Aprendi que, não importa o quanto meu coração esteja sofrendo, o mundo não vai parar por causa disso.

Eu aprendi... Que as circunstâncias de minha infância são responsáveis pelo que eu sou, mas não pelas escolhas que eu faço quando adulto;

Aprendi que numa briga preciso escolher de que lado eu estou, mesmo quando não quero me envolver.

Que, quando duas pessoas discutem, não significa que elas se odeiem; e quando duas pessoas não discutem não significa que elas se amem.

Aprendi que por mais que eu queira proteger os meus filhos, eles vão se machucar e eu também. Isso faz parte da vida.

Aprendi que a minha existência pode mudar para sempre, em poucas horas, por causa de gente que eu nunca vi antes.

Aprendi também que diplomas na parede não me fazem mais respeitável ou mais sábio.

Aprendi que as palavras de amor perdem o sentido, quando usadas sem critério.

E que amigos não são apenas para guardar no fundo do peito, mas para mostrar que são amigos.

Aprendi que certas pessoas vão embora da nossa vida de qualquer maneira, mesmo que desejemos retê-las para sempre.

Aprendi, afinal, que é difícil traçar uma linha entre ser gentil, não ferir as pessoas, e saber lutar pelas coisas em que acredito.”

William Shakespeare
só acho que aprender certas coisas podiam doer bem menos....

sexta-feira, 9 de abril de 2010

vergonha alheia do meu país...



Hoje viajando pela net pra saber as novidades do dia me deparo com o seguinte titulo:

"Ratinho exibe entrevista com Guilherme de Pádua; Glória Perez fica indignada

Mesmo depois da discussão com Glória Perez no Twitter, Carlos Massa entrevistou Guilherme de Pádua, condenado pelo assassinato de Daniella Perez, filha da autora, em seu programa na última quinta-feira (8). Pela primeira vez na televisão, o ex-ator contou detalhes de quando estava na prisão e como se tornou um pastor evangélico.

Depois da apresentação, Glória Perez desabafou em sua página pessoal. “A iniciativa do programa foi um insulto a mim e a todas as mães de filhos assassinados. Se deu algum Ibope, senhor Ratinho – que o lucro lhe seja leve!”, disse.

Na entrevista, Pádua também disse ao apresentador que foi julgado, condenado e pagou pelo que fez. Além disso, ele revelou que pensou em pedir perdão para a mãe de Daniella, mas não o fez. No final, Ratinho declarou: “Se eu fosse a Glória Perez também não te perdoaria".

“Esse assassino cruel teve amplo direito de defesa, foi julgado e condenado por homicídio duplamente qualificado no Tribunal do Júri. Portanto, não posso admitir que, 18 anos depois, a título de divulgação pessoal, venha querer fazer seu júri particular no programa do Ratinho”, escreveu Glória indignada com a situação.

A autora também declarou que seus advogados foram acionados para intervir com ação judicial se acontecesse qualquer deslize de Pádua no sentido de desrespeitar a memória de Daniella Perez.

Com a exibição da entrevista, Carlos Massa teve um dos melhores índices de audiência de seu programa, chegando a 10 pontos – O “Programa do Ratinho” costuma dar entre 5 e 6 pontos de Ibope.

Guilherme de Pádua foi condenado em 1997, junto com a ex-mulher Paula Thomaz, a 19 anos de prisão, mas cumpriu apenas seis anos de pena."


essas coisas me deixam tão transtornada e abismada que perco até a vontade de seguir rumo a uma carreira jurídica. Sempre digo que a mídia esta corrompendo a mente das pessoas, elas estão perdendo o senso de auto crítica e seus principios. Um assassino vira famoso, uma menina que faz um escandalo numa faculdade vira estrela, político corruptos virão heróis... oooo meleca de país!

Não estou fazendo essa crítica apenas pelo fato de ser com a filha da Glória Perez não, estou fazendo essa crítica porque as pessoas estão perdendo e ultrapassando seu limite pessoal. Lembram daquela frase que agente aprende no colégio e vira até frase de miss Brasil: "o meu direito de liberdade termina quando o do outro começa." Pelo amor de Deus, vocês já pensaram no sofrimento dos parentes de uma menina assassinada ainda por cima por motivo fútil, vocês já imaginaram essa dor? E num belo dia esses mesmos parentes ligam a TV e se deparam com o assassino dando entrevista num programa, cadê o respeito pelo ser humano? Pelos sentimentos Humanos? Daqui a pouco eles vão querer colocar os Nardoni aí pra dar entrevista de qual foi a sensação de jogar a filha pela janela. Ou então um estuprador falando do prazer que dá em ver sua vitima fugindo apavorada dele. Meu Deus cadê o limite social, cadê o respeito? PQP....

tudo isso só pra conseguir IBOPE numa guerrinha pessoal entre emissoras de TV...qual delas corrompe mais a sua mente? Qual delas vc se diverte mais? Em qual delas vc quer aparecer? Qual revista vc quer ler a de mulher pelada ou aquela que manipula seu pensamento? to cansada disso tudo...

só acho que as pessoas deveriam aprender a conviver como seres humanos e não numa guerra social embusca de um título de quem tem mais poder.

Meus pesames ao sr Ratinho por ter ido tão baixo...
Meus pesames a nós brasileiros que estamos perdendo cade vez mais o senso critico do que é certo e errado...

Brad Pitt e Jen Aniston



Hoje é dia dos bafões...acabei de me deparar com a seguinte reportagem:

"Por FAMOSIDADES

SÃO PAULO - Novos boatos de que Brad Pitt estaria traindo Angelina Jolie com a ex-mulher Jennifer Aniston estão se repercutindo cada vez mais. Dessa vez, uma fonte anônima - um ex-guarda-costas do casal Pitt e Jolie - fez a sua declaração quanto ao assunto.

Identificando-se apenas como "Bill", a fonte afirmou que Brad, inúmeras vezes, teve encontros secretos com a sua ex-esposa. Quando o profissional fazia a escolta do galã, chegou a presenciar uma dessas situações. Numa estrada remota de Los Angeles, no dia 9 de dezembro, os dois teriam se visto.

"Eles foram muito carinhosos um com o outro, claramente se abraçando. Muitas vezes, Brad e Jen se beijaram", contou.

Mas, quando Bill percebeu a presença de um paparazzo e alertou o ator, os dois logo se separaram. "Jennifer saiu primeiro. (...) Brad correu de volta para a sua moto e também foi embora", explicou ele.

Os rumores de que Brad Pitt está traindo sua atual com a ex se deu com base em declarações de que o ator tem tido problemas em seu casamento com Jolie."


Pois é amores...o negócio ta feio...se até a Jolie anda sendo traída imagina nós simples mortais...ah...mas ela SÓ É a mulher mais sexy do mundo também coitada.¬¬'''

isso traz a tona uma ideia que anda se formando na minha cabeça...será que nós, seres humanos somos mesmo uma raça de seres racionais...será que nascemos para sermos fiel um ao outro...ou simplesmente não existe fidelidade conjugal?????? eis as questões...

o que mais me intriga é que agente quer tudo mas não esta disposto a perder nada...ele ter sentido uma queda pela ex é até compreensivo, mas poxa, pra que enganar a atual....dá um pé na bunda dela de uma vez....porque eu tenho certeza meu filho que linda do jeito que ela é não vai ficar solteira por muito tempo não...hahaha...agora fica aí segurando a mulher e impedindo ela de ser feliz...ainda pior humilhando ela em rede internacional....faça-me um favor né senhor Brad Pitty....runnnn...

anda meio desesperançosa do amor, acho que ele só existe nos contos de fadas mesmo...vc nunca vai achar um príncipe ou uma princesa encantada...aquele ou aquela que vai te fazer o homem ou a mulher mais feliz do mundo...tenho um amigo que sempre me diz que pra tudo tem um tempo na vida e que eu tenho a mania de tentar antecipar as coisas...hahaha...mas na verdade eu queria é ser feliz mesmo...com alguém que vale a pena lutar até o fim...talvez eu caia sempre naquela maldita projeção..é aquela mesma da musica da Pitty....fico idealizando uma pessoa que na verdade não existe...não que eu queira uma pessoa perfeita...porque sinceramente eu não procuro perfeição, mas uma pessoa que tenha defeitos suportáveis e que precise de um olhar pra me entender...ou pra ser entendido por mim...mas pelo contrário....fico fazendo da minha vida um novelo embaraçado de linha, e o pior de tudo é que eu sei onde desatar esse nó...mas eu não consigo por causa dessa droga de sentimento chamado "amor"...amor que anda junto com a tristeza...sofrimento....alegria..paixão..tesão...e que de vez enquanto deixa agente tão perdida que dá até vontade de amarrar uma pedra no pescoço e se jogar no Ganes...

mas enfim, sempre vai haver discussões sobre o amor e seus compostos...mas oq não se pode deixar de ter em qualquer relacionamento é o respeito e a consciência de que vc está lidando com um ser humano..que tem sentimentos como vc e que sofre como vc...aprender a respeita o próximo é o primeiro passo pra se viver em paz...e não faça peloamordedeusss como esse babaca do Brad Pitt, que aliás eu nunca achei assim tão bonito não, prefiro o Tom Cruise...rs...ou o Van Diesel *-* aiaiai...

pra encerrar termino com o seguinte pensamento:

"O amor é um ratinho que rói...rói...rói...
e no fim deixa um buraquinho que dói...dói..dói..."
hahaha