quarta-feira, 22 de julho de 2009
Era Tão menina...
Ela cresceu ouvindo certas coisas
Mas acabou vivendo uma outra história
Enquanto tinha tempo, acreditava
Enquanto acreditava, via o tempo indo embora
Permaneceu meio complicada
Na medida que a vida vinha e atropelava
Carregou todos os seus sonhos como pôde
Até assistir, um por um, desmoronados
Não vai mais amanhecer
Pelas esquinas o medo sussurra
Não vai mais amanhecer
Entre seringas e guardanapos
Não vai mais amanhecer
Sem dono, ganhou a noite
E era tão menina,
Era tão menina...
Entre um desalento e um suicídio
Ela preferiu o gozo de um pesadelo
Suas lágrimas que nunca brotaram
Inundam sua alma, inundam sua alma
Ressecam o espírito, paralisam o corpo
Regelam seu rosto
Não vai mais amanhecer
Entre algemas e corações abandonados
Não vai mais amanhecer
Sua bandeira virou um alvo
Não vai mais amanhecer
Sem dono, ganhou a noite
E era tão menina
Era tão menina...
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